— Você tem certeza disso? — Julian me perguntou, a dúvida era nítida em seu tom de voz.
— Eu quero despistar que tentou me matar Julian — Expliquei.
— Digamos que eu faça isso e depois, se ela não aceitar Tristan? Você entra em guerra com a Yakuza por nada?Dei de ombros — Eu posso.
— Isso pode devastar L.A!
Soltei uma risada e meu melhor amigo continuou a me olhar um tanto nervoso — Você sabe que eu só ataco pra dizimar Julian, eu não deixo sobreviventes — O lembrei.Baforei a fumaça do charuto e encarei Julian com uma expressão de tédio.
— Ela vai aceitar Julian — Falei e ele continuou com aquele olhar de dúvida — Quem te garante isso? — Contestou.— Todos desejamos alguma coisa que achamos ser errada, ter alguém por perto que nos obrigue a fazer isso é como receber uma autorização, sem consequências, sem mágoas.
— Então tudo isso se trata de um incentivo?! — Ironizou.
— Ela sempre quis isso, ela está destinada a isso — Simplifiquei.Julian soltou um longo suspiro.
— Eu realmente espero que você esteja certo.
— E quando foi que eu falhei?Seu silencio respondeu minha pergunta, abri um sorriso e voltei a tragar meu charuto.
(...)
Ouço duas batidas na porta e mando que entrem, meu irmão surgi da porta com uma expressão confusa.
— Entre logo! — Ele adentra a sala e fecha a porta atras de si, olho para a cadeira vazia e ele entende o recado.
— Por que queria me ver? — Perguntou se sentando.
— Você não estava se queixando que eu só te dou tarefas idiotas? Então, surgiu uma oportunidade perfeita para você se mostrar útil.Ele ficou em silêncio.
— Você e Julian vão atacar os japoneses — Revelei — E eu quero que matem um em específico.
Abri uma das gavetas do escritório e lhe entreguei uma pasta arquivo, ele pegou a pasta e a folheou por breves segundos.
— Quem é esse cara?
— É a cabeça da Yakuza de L.A — Informei.
— Ele fez alguma coisa contra nós? — Soltei uma risada nasalada — Apenas acompanhe Julian e volte vivo disso.— Você não respondeu minha pergunta Tristan — Meu irmão insistiu e eu lhe lancei um olhar sério.
— Eu preciso dele morto — Informei sem dar mais detalhes — Você queria fazer parte desse mundo, sugiro que cumpra sua missão.Observei Bryan travar seu maxilar e uma expressão de raiva pairar sob seu olhar.
— Alguma reclamação por acaso? — Abri um sorriso falso — Você é meu subordinado Bryan, só precisa saber o que EU achar que deva saber. — Falei autoritário.— E Julian? — Perguntou — Ele só sabe o necessário também? — A palavra "necessário" saiu de sua boca com sarcasmo.
Bufei e me levantei da cadeira.
— Julian é meu braço direito — Anunciei — Se você quiser participar ótimo, se não, não importa também. — Expliquei indo em direção à porta.— Feche a porta quando sair — Mandei irritado abrindo a porta e saindo do escritório.
(...)
Já estava entardecendo quando recebi a ligação de Julian.
— Algum problema? — Questionei.
— Daqui a alguns horas o show começa — Avisou — Você tem certeza disso Tristan?
— Isso é sério, você me ligou pra isso?
— Eu ainda acho que isso é um erro.
— Ajudar Victória? — Questionei.
— Não é ajudá-la que está errado trata-se de como você está fazendo isso.
— Você melhor do que ninguém deveria saber que todas as minhas decisões tem seus motivos.
— Você pretende contar a verdade pra Lisa?
— Apenas o conveniente — Ralhei.
— Tristan — Julian me repreendeu — Eu tenho a leve impressão de que isso lhe causara problemas.
— Não deveria, isso será útil para nós.
— Esse lance da encolha eu entendo mas mentir pros seus irmãos? É sério?
— Estou cansado dessa ladainha — Resmunguei impaciente.
— Não está mais aqui quem falou — Ele percebeu que estava me irritando.
— Meu irmão está aí?
— Não, nenhum sinal dele — Julian me informou.
Abri um sorriso sem humor — Isso não me surpreende.
— Quer que eu espere?
— Não, apenas faça seu trabalho e volte vivo seu filho da puta.
— Sua confiança é reconfortante — Ironizou — Agora se me der licença, eu tenho que matar alguns ninjas.
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Mr. Blake - King Of Crime (Sem Revisão) Hiatus
Fanfiction"Meu pai me forçou a entrar nisso e uma vez que dentro você acaba se acostumando, não existe dignidade, sua alma é corrompida, você não se reconhece mais, chega um ponto em que você começa a gostar do seu lado sombrio. Eu nunca quis ser um criminoso...