O Rei é Desafiado

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Ela estava sozinha no bar de luxo tomando uma taça de champanhe, consegui vestir a minha capa invisível de coragem, era preciso sangue frio para fazer eu estava prestes a fazer. Me aproximei sorrateiramente e me sentei do seu lado.

Ela soltou uma risada nasalada após um gole da bebida — Droga — Resmungou.

— Pensei que fosse mais difícil de engana-lá — Eu comentei sarcástico contando minha "vitória"  pedindo uma dose ao garçom, ele confirmou com a cabeça.
— O que você quer Tristan? — Ela questionou aborrecida.
— Conversar! — Respondi lhe olhando, ela apenas encarava sua taça com tédio.
— Conversar? — Repetiu dando uma risada nasalada — Depois daquela festa era tudo o que eu menos esperava.
Coloquei minhas mãos em cima do balcão, o garçom me trouxe um copo de uísque, virei o conteúdo na boca sentindo aquela ardência costumeira e agradável.
— Eu lhe garanti que nunca tive sentimentos profundos — Falei.

Sophie gargalhou — Você admitiu que me amava Tristan.
— Eu estava bêbado! — Tentei disfarçar.
— Essa é a questão, o álcool costuma a nós encorajar a fazer aquilo que não temos coragem de fazer quando estamos sóbrio.

Soltei um longo suspiro, aquela conversa era perigosa e estava tomando um rumo que não me agradava nem um pouco.

— Todo mundo diz esse tipo de coisa durante o sexo — Continuei a insistir.
— Sei... – Falou incrédula colocando a boca na taça e tomando mais um gole.
— De qualquer maneira o que me traz aqui é outra coisa — Falei num tom perverso. — Vim lhe convidar para minha casa, teremos mais privacidade para conversar lá.
— Não vai rolar — Disse após dar uma risada forçada. — E eu espero que meu cliente ainda esteja respirando, caso não, você me deve duzentos mil — Me cobrou cínica.
Abri um falso sorriso, minha vontade era de afundar a sua cara naquele balcão e retalhar seu lindo rosto, porém, a diversão podia ficar pra mais tarde.

— É a quarta esposa dele que você mata? — Questionei.

Sophie abriu sua bolsa e tirou seu cigarro.
— Você tem um isqueiro? — Questionou cínica, escondi a mão que agora estava fechada em punho e provavelmente tremia de ódio no meu outro bolso, com a outra eu retirei um isqueiro do meu bolso e acendi seu cigarro friamente, seus olhos azuis tentavam me seduzir.
Após uma longa tragada ela suspirou a fumaça, observei seus lábios ganhando destaque naquele tom de batom vermelho.

— A terceira — Me corrigiu — Mas você não está aqui para falar do meu cliente golpista.

Eu sorri — Ele me disse que você costumava a transar com ele de vez em quando, o melhor oral da vida dele — Comentei lhe provocando, sim eu estava a desprezando e lhe chamando de puta, basicamente isso.
— Eu sou uma mulher livre Tristan, eu posso transar com quem eu quiser! — Declarou.
— Não estou querendo dizer isso, pensei que tivesse algum acordo de exclusividade com Kyle! — Provoquei.
Finalmente consegui tirar sua expressão de tédio do rosto, Sophie me olhou com raiva e tentou me dar um tapa, segurei sua mão lhe impedindo, ela me olhava indignada.
— CRE-TI-NO! — Sibilou soltando-se de minha mão de forma bruta, ela abriu a bolsa deixando três notas de cem dólares e se levantou irritada indo para a saída, paguei linha bebida prestes a segui-la.

— TRISTAN! — Ouvi ela resmungar num grito, me levantei e fui para fora, Julian apontava a pistola para ela.
— Não era um convite que você pudesse recusar — Comentei sínico.

(...)

Sophie estava sentada no meu escritório com os pulsos amarrados a cadeira.
— Que droga é essa? — Ela perguntou confusa.
— Eu vou lhe fazer perguntas e quero que você me responda com sinceridade! — Avisei.

Mr. Blake - King Of Crime (Sem Revisão) HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora