Mr. Blake - King Of Crime (Sem Revisão) Hiatus

Intrometido

Encarei minha irmã mais nova.
— Esses assuntos não lhe dizem respeito.
— É claro que sim Tristan — Ela rebateu num tom de indignação. — Por acaso não confia mais em mim?
— Não é isso Lis — Respondi apreensivo.
— Então me diga o que está acontecendo! — Exigiu, soltei um longo suspiro.
— Foi a Yakuza — Falei e ela me olhou por uns segundos em silêncio — Por que? — Ela perguntou entendendo do que se tratava — O que eles iriam ganhar com isso?

— Mais território? Satisfação... quem sabe! O fato é que eu era o alvo e você acabou sendo atingida — Blefei.
— Não pode ser... — Pronunciou olhando o chão desnorteada. — Você prometeu Tristan, você disse que nós dois faríamos quem quer que tivesse me feito isso, implorar por misericórdia — Ela me lembrou.

— Acontece que eu resolvi agir por estratégia e não por vingança Lis — Tentei lhe fazer engolir essa história, acontece que sem Lisa preocupada em encontrar um culpado e a pessoa que tivesse encomendado a minha morte acreditando que eu tivesse me enganado tornaria minha investigação mil vezes mais fácil. Minha irmã é terrível quando torna-se obcecada por algo e eu precisava fazê-la engolir aquilo por hora.
— Isso está mal contado.
— Sente-se e eu contarei tudo — Pedi lhe mostrando o lugar vazio, Lisa resolveu seguir meu conselho.

(...)

Eu estava tento uma refeição agradável com um possível novo associado, Gabriel Montenegro dominava a metade de Dallas e precisava de alguém que lhe fornecesse cocaína o mais rápido possível pois tinha que cobrir um prazo e os mexicanos não conseguiriam fazer a droga passar pela fronteira de acordo com seu prazo.
Ele precisava de aproximadamente 800 kg de coca pois a narcóticos havia apreendido sua mercadoria e seus clientes estavam insatisfeitos.
Nós estávamos quase chegando a um acordo quando fomos interrompidos pela presença de Matthew Brutelesk.

— Parece que é o rei de L.A — Ele disse nos interrompendo e sentando-se na mesa conosco.
— Seu amigo? — Gabriel perguntou arqueando as sobrancelhas.
— Está mais pra conhecido — Respondi olhando para estado dele, sem sombra de dúvidas estava bêbado.
— Não seja tímido Tristan... — Disse soltando uma risada escandalosa — Somos parceiros de crime — Ironizou.
— Inferno, dividimos até a mesma mulher. — Disse sarcástico para Gabriel que parecia não gostar nada daquela situação.

Inspirei e suspirei tentando manter o controle e não arrancar o globo ocular daquele imbecil ali, tinham muitas testemunhas.

— O que está fazendo em Los Angeles Matt? — Questionei tentando parecer civilizado.
— Pergunte a Julian, afinal, foi o filha da puta que me ligou semana passada marcando um dia e horário para encontro.

Bufei e praguejei mentalmente contra o idiota do Castle.

— Se seu encontro era com ele e não comigo, o que faz aqui?
— Você sabe... — Ele pegou meu copo de uísque e tomou minha bebida — Eu nunca quis te provocar Blake, estava indo na sua casa ter alguma notícia do Julian pois o idiota não atendia minhas ligações quando vi Victória passando pela sua porta.

Bufei uma segunda vez e Gabriel continuava calado apenas prestando atenção em Matt.

— Eu não lhe devo explicações, vá embora antes que eu me irrite pra valer Matt — Avisei num tom sério.

— Se me permitem — Gabriel disse levantando-se e tirando quinhentos dólares da carteira, ele colocou as notas debaixo de seu copo com desgosto — Eu tenho mais o que fazer Tristan — Argumentou com raiva.
— Onde pensa que vai? — Me levantei indignado — Atrás de alguém que me leve a sério quando eu peço discrição.

Ele saiu nos deixando, tentei alcançá-lo mas ele me ignorou completamente enquanto Matt acabava-se de rir. Tornei a mesa e o encarei.

— Você sabia sobre Londres, não pode se conter não é Tristan? — Matt Pronunciou levantando-se — Você é um invejado de merda Blake!
— Minha história com a Victória é bem mais antiga que a sua — Rebati nervoso.
— Vim te dar os parabéns, você realmente consegue tudo que quer. — Me aproximei dele e o puxei pela gola — Eu não há obriguei a merda nenhuma, na verdade, talvez tenha sido a melhor transa da vida dela — O sacudi irritado e em seguida o larguei saindo daquele maldito restaurante e entrando no meu carro, tirei meu celular do bolso, era melhor que Julian atendesse aquela merda ou eu iria pessoalmente em Nova York acabar com a raça dele.

— Algum problema Blake? — Ele atendeu no terceiro toque.
— Sim Julian, eu tenho um problema... MATT BRUTELESK ME FEZ PERDER ONZE MILHÕES DE DÓLARES — Berrei.
— Puta que o pariu, eu tinha me esquecido...
Bufei tentando manter o controle — Julian — Pausei buscando controle — Me dê um bom motivo pra não acabar com a sua raça!
— Não me odeie Blake mas eu havia marcado isso na semana passada, como eu podia adivinhar que você resolveria derrubar a Yakuza da noite pro dia — Resmungou e eu quis quebrar meu celular de ódio.
— NÃO ME INTERESSA — Berrei — Matt era sua responsabilidade.
— E o que foi que ele fez?
— Ele apareceu na minha reunião com Gabriel... pelo visto estava me vigiando — Conclui massageando minhas têmporas.
— Inferno — Julian resmungou — Eu vou ligar para ele, ele não o importunara mais.

Suspirei — Eu espero, porque sinceramente, estou a um ponto de arrancar a cabeça dele. — Avisei.
— Por que diabos ele foi te provocar?
— Porque aparentemente viu Victória saindo lá se casa quando foi te procurar — Bufei de ódio mais uma vez — E VOCÊ NÃO ATENDIA O CARALHO DO CELULAR!
— Droga! — Ele pausou — Olha Tristan me desculpa, por favor releva isso. Ele tem grande utilidade pra nós.
— Julian você sabe como eu odeio aquele idiota e mesmo assim eu concordei com essa palhaçada, era pra você cuidar dessa merda.
— É, mas recentemente eu tive que me multiplicar em mil graças ao fato de você resolver atacar a Yakuza.
— Você está mesmo me criticando? Não tem medo de perder o emprego não? — Debochei.
— Olha, relaxa... eu vou resolver isso.
— Acho bom — Avisei num tom sério e desliguei a ligação.

Fui pra casa e tentei esquecer Matt, atendi o interfone pois não havia ninguém na cozinha, ainda surpreso autorizei a entrada de Nikki Martínez.
Ela havia me feito uma proposta e eu havia ignorado-a com sucesso. Nunca pensei que a mesma tivesse peito de vir na minha casa.