Capítulo 26

187 17 4
                                    

n/a: não sei se já repararam na minha falha, mas há um capítulo a menos publicado. não sei se foi falho meu, ou realmente foi apagado. em seguida vou já verificar e em princípio este será o capítulo 26.

//provavelmente eu esqueci-me de escrever o capítulo 18, perdoem-me por isso 😱//

MATILDE

Mafalda integrava-se no desconhecido que era a sua nova casa. A gata avançava sem medos pela madeira, aventurando-se por todo um novo ambiente. Pablo fora o seguinte, e o que demoraria mais a sair da sua mala transportadora.

- Pablo, vai ter com a Mafalda, não sejas tímido - Filipe falava, e eu apenas ria dado os momentos iniciais em que os dois animais da mesma espécie se cruzaram e a gata branca se atiçou a ele. - Já tens idade para te defenderes de uma gata - e mais uma vez, tentava.

O moreno acabou por retirá-lo do abrigo e expondo-o cá fora, no mundo real. O gato de quinze anos correra então até um dos quartos, onde permaneceu o resto do tempo, sem se voltar a mostrar perto de nós.

- Eventualmente ele vai deixar-se conhecer - Filipe convencia-se, arrumando uma tigela de comida para os dois. - Mafalda! - ele chama, e a pequena logo aparece ao seu lado.

Uns minutos depois, ainda as caixas estavam a ser pousadas na nova moradia e Francisco e Catarina chegam para nos ajudar com a mudança. Os poucos sacos que eu trazia, foram-me logo retirados das mãos, e o casal, preocupado, disponibilizou-se para tratar de tudo.

Nesta nova fase da minha vida as semanas passavam a velocidades alucinantes. Hoje faz exatamente um ano que conheci Filipe. A data da sua candidatura ao cargo ficara-me marcada na memória, e eu só conseguia sorrir com o bom ambiente que me envolvia.

- Matilde, onde queres estas roupas? - com algum esforço, levantei-me do sofá em que me havia deitado faz pouco tempo. Vi a minha melhor amiga ocupada com as decorações e os homens com a colocação dos móveis que faltavam para completar a casa. - Deixa-te estar aí, apenas diz-me onde são - eu sorri, e segurando algumas paredes fui até ao quarto onde ela se encontrava.

- Este é o quarto da Joana, deixa-me ver - espreitei os sacos e apercebi-me serem as suas roupas pequeninas, de quando ela nasceu. - Estas são para a mais pequenina - em certa parte, é tão bom poder reutilizar estas peças tão adoráveis na minha filha mais nova. - Algures por aí devem andar as roupas da minha traquina - falando nela, Joana aparece vinda da beira do tio, arrastando-se pelo chão. Chegada a nós, segura-se na perna da madrinha e, sozinha, mantém-se de pé. - Matilde - abre uma expressão admirada.

- Ela começou a fazê-lo à uns dias. É tão bom vê-la finalmente aprender a dar os primeiros passos - a menina sobe os seus bracinhos e pede o colo da tia. - Quem diria que já tem quase um ano - ela começa a bater com as palmas das suas mãos e a gritar algumas coisas impercetíveis de serem traduzidas.

- Estes miúdos hoje em dia crescem depressa. - Joana cansa-se e logo se volta a arrastar pelo soalho de madeira.

- Sim, têm uma evolução incrível, só queria era que ela nunca crescesse - vemos já Mafalda a correr pela casa, e Joana, contente, tenta alcança-la. - Esta bebé vem trazer-me de novo a alegria de ter uma bebé ao colo. - admiti, acarinhando a minha barriga de sete meses.

- Já pensaram nos nomes? - nego, olhando para a enorme saliência que quase não deixa os meus pés visíveis. - Ainda têm tempo. Faltam dez semanas, certo? - assinto, sorrindo. Estava tão próximo.

Sentada sobre a cama que já havíamos colocado no quarto da minha filha mais velha, ajudei-a a descobrir onde se encontravam todas as roupas dela e os seus bens essenciais, arrumando-os em seguida.

(desa)sossegoOnde histórias criam vida. Descubra agora