Enemy Brothers (BITP)

32- The Pain Of Loss

3 dias depois...

P.O.V Justin

Era torturante viver com a certeza em mente, que a pessoa que você ama e transformou em sua própria vida não faz mais parte dela. Eu amei a Scarlett e continuo amando profundamente, não irei suportar a dor de ter que viver sem ela, não irei.

Era uma quinta feira e como nos últimos quatro dias que se passaram, não consegui dormir bem, a memória, a imagem dela na minha mente não me deixavam em paz de modo algum.

— Justin? — a minha mãe bateu na porta e permaneci calado, ainda deitado. — Filho por favor, você não pode se trancar aí pelo resto da vida. Já faz 4 dias que você não sai daí, fala comigo por favor.

— Mãe me deixa em paz.

— Por favor Justin... eu tô preocupada com você. — passei as mãos nos olhos e engoli em seco.

— Pois não precisa, se preocupe com o seu outro filho. — nem coragem pra falar o nome daquele míseravel eu tenho, quero distância dele acima de tudo.

— Me ouve amor... não precisa ser assim. Eu sei que tá com ódio, raiva, triste... mas a vida tem que continuar Justin, você não pode deixar isso te afetar.

— Já afetou. — falei, começando a encher os olhos de lágrimas. — Me deixa em paz mãe.

— Por favor Justin... eu tô pedindo. — revirei os olhos e fui abrir a porra daquela porta. Vi ela com os olhos cheios de lágrimas e respirei fundo.

— O que quer?

— Te tirar desse quarto.

— Pois foi em vão, porque eu não vou sair daqui. — falei, e voltei a me deitar de barriga pra baixo.

— Justin por favor... não piore as coisas.

— Mãe me deixa em paz! — falei, irritado e bati o olho no porta retrato do meu criado mudo.

— Tudo bem. — ela saiu do quarto e meus olhos se encheram de lágrimas.

— Nunca irei amar ninguém novamente, eu te prometo Scarlett. — sussurrei, e mais uma vez me encontrei chorando por ela. — Eu te amo. — fechei os olhos e senti o meu interior desabar novamente pela falta absurda que ela me faz.

P.O.V Luke

Ter que abrir os olhos todos os dias e carregar em mente a culpa pela perda de alguém, é a pior sensação que existe no mundo. A morte da Scarlett me atormentava dia e noite sem parar, me causava piores das sensações, me fazia se sentir a pior pessoa do mundo, porque foi tudo culpa minha.

Não existia palavras, línguas, gestos ou mesmo pensamentos que podiam expressar a dor insuportável que eu sentia da perda dela. Era uma dor profundamente dolorida e feria a minha alma com esmero desmedido, cortando lentamente e dolorosamente com o lado cego da faca.

— Luke, posso entrar? — minha mãe bateu na porta e terminei de por a minha tipóia.

— Sim, mãe. — respondi, e ela entrou se aproximando de mim.

— Tá melhor filho? — respirei fundo e meus olhos se encheram de lágrimas.

— Não mãe, não consigo seguir em frente com esse peso na consciência. — falei, triste e sentei na cama, voltando a chorar novamente.

— Meu amor não pense assim... eu sei que você se sente culpado porquê ela tava junto de você, mas Luke... não foi culpa sua. Não tem porque viver com isso na mente, não precisa carregar isso nas suas costas. Todos temos a hora certa pra nascer e pra morrer, a morte faz parte do clico da vida... não precisa carregar toda essa dor sozinho, você não merece isso.