Alguns dias depois...
P.O.V Justin
Era 02h21 da madrugada e o sono não consumia me atingir de maneira alguma, um vazio agonizante tomava conta do meu eu. A angústia e a tortura aos poucos estavam indo pra longe de mim, estavam sendo vencidas enfim pelo meu correr dos longos dias causados pela sua ausência, mas eu não sentia nenhum alívio, mas sim um vazio e frustração.
Eu não imaginava o quanto a dor de um amor perdido era algo sem explicação. No momento eram tantos sentimentos que podiam ocorrer que seria possível confundi-los como mágoa, inconformismo, tristeza, medo, desejo de vingança entre outros.
Acho que deve ser comum a pessoa que sofre de amor pensar que não há ninguém no mundo igual aquele que se foi. Naquele momento até mesmo os poucos defeitos que eu sabia dela e que me incomodavam, passaram todos a ser despercebidos na minha mente, pois o meu amor era perfeito.
Mas de fato, no mundo não haverá outra pessoa igual a ela, o que parece ser ótimo para as francas diversidades das coisas, para novas experiências e para novos recomeços... onde eu não tô afim nenhum pouco de conhecer, porque nunca irei me permitir a amar alguém novamente, foi ela e sempre será.
— Justin? — ouvi a voz da minha mãe no meu quarto e nem olhei pra ela, continuei fumando e bebendo na varanda dele. — Tá melhor? — ela se aproximou de mim e continuei ignorando. — Sabe... eu continuo gostando dela mesmo depois de tudo que aconteceu. Sei que ela não foi obrigada a nada e que nenhum dos dois foi santo, mas filho... Somos filhos de Deus, devemos perdoar um aos outros.
— Isso não existe pra mim. — falei, e enchi meu copo novamente.
— Justin não julgue Deus, ele jamais te colocaria nessa situação se não fosse por uma causa maior. — ela, falou e eu rir pelo nariz, ascendendo outro cigarro, mas dessa vez era de maconha.
— Causa maior mãe? Se Deus existisse não levaria embora da sua vida as coisas que te faziam bem, como se ele supostamente existisse, sabia que a Scarlett era importante pra mim, mas não... Como dizem "na sua imensa bondade" ele a levou, contraditório não? — perguntei, enquanto inalava a fumaça, soltando pra cima e o vento que corria ali em cima a levava.
— Justin, eu conheço Deus, ele existe.
— Não pra mim.
— Se não fosse por ele, nem você e nem seu irmão teriam vida. — rir com deboche e tomei o whisky todo de uma vez, logo enchendo o copo novamente.
— Pois eu preferia não ter vida nenhuma, se fosse pra ter nascido e ter que viver com toda essa porra de dor que rasga o meu peito, que diminui cada vez mais a minha vontade de viver, a senhora poderia ter me abortado junto ao Luke, porque só assim eu não teria o desgosto de tê-lo como irmão. — falei, arrogante e tomei o whisky todo, enchendo novamente o copo.
— Não diz isso filho... você sabe que eu amo vocês com toda a minha vida, sabe de tudo o que eu passei pra que vocês tivessem saúde e que nunca faltassem nada... e é dessa maneira que você me recompensa? Atingindo todo o meu emocional por algo que eu não tive culpa? — ela começou a chorar e aquilo realmente me atingiu.
— Mãe. — me levantei, mas a mesma já havia saído do meu quarto e fui atrás, segurando no seu braço e fiz ela me olhar. — Eu não quis dizer aquilo, não redirecionado a você. Me perdoa mãe. — abracei ela forte, enquanto chorava e pus minhas mãos no seu rosto. — Olha pra mim. — ela me olhou e a vi chorando. — Me desculpa falar isso... eu juro que nunca mais falo isso novamente, ok?
— Promete?
— Eu prometo. — abracei ela mais uma vez e beijei sua cabeça, vendo o Luke saí do seu quarto com cara de sono.
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Enemy Brothers (BITP)
Teen FictionJustin e Luke são dois irmãos gêmeos, que se amam independente de tudo. Cursando o último ano na universidade, ambos tem em seus destinos traçados a mesma garota, que tende a criar entre os dois as maiores desavenças existentes pelo ódio.