P.O.V Justin
Minha cabeça doía pra caralho e podia sentir um peso enorme nela. Acordei e dei-me conta, que havia dormido no chão do quarto perto da cama, olhei em volta e notei cigarros e o litro de whisky vazio.
— Porra! — resmunguei, impaciente e fiquei de pé, me aproximando do meu espelho. Me olhei de cima a baixo e notei a minha aparência muito diferente, realmente eu tava mais magro e bastante diferente.
Toquei no meu rosto, enquanto me olhava no espelho e o notei mais fino. Tirei a camisa e desci a calça, ficando apenas de boxer preta. Me olhei mais uma vez e pensei em fazer mais tatuagens, já tava cansado das mesmas de sempre.
Fui fazer a minha higiene e depois de um bom tempo terminei, voltei pro quarto com uma toalha em volta do meu abdômen e enxuguei meus braços.
Pensei na Scarlett, enquanto me vestia e respirei fundo... sentindo o meu peito apertar mais uma vez.
— Volta pra mim... por favor. — sussurrei, com os olhos já cheios de lágrimas e ajeitei meu cabelo.
Peguei minha carteira e saí do quarto, dando de cara com Luke saindo do dele. Ele me fuzilou por um tempo e meu punho se fechou sozinho, fazendo a minha mão coçar pra acertar em cheio no seu rosto, mas quando vi minha mãe no sofá da sala, desistir ou teria mais complicações.
— Oi mãe.
— Bom dia mãe. — revirei os olhos e me aproximei do chaveiro. — Bom dia, vai sair filho? Vai a clínica? O diretor ligou pra saber se você ainda ia.
— Não, eu não vou pra aquele caralho. — respondi, grosso.
— Pois devia ter responsabilidade e falar pra ele. — o Luke falou, me olhando e eu jurava que não tinha ouvido nada disso.
— O que você falou? — perguntei, me aproximando dele já querendo quebrar a sua cara a socos.
— Que se você não quiser ir mais pra clínica, tenha responsabilidade e avise pro Arnold cancelar o seu contrato, pra ele não ficar esperando feito um idiota.
— Isso não é da sua conta, portanto cala a sua boca. — falei, rude e ele me fuzilou.
— Justin fica calmo amor, mas seu irmão tem razão.
— Esse infeliz não é meu irmão, eu já falei. — falei, olhando pra ele com sangue nos olhos.
— Mas pensa nisso que ele falou, se você não quer ir mais pra clínica, tenha consciência que você precisa falar pro diretor. Você não pode simplesmente saí sem falar nada pra ninguém.
— Eu não vou falar porra nenhuma, que se dane ele, a clínica dele.
— Mas você tem um diploma filho, deve honra-lo.
— Que se foda meu diploma, eu não tô nem aí pra caralho de estudos, eu não quero mais essa porcaria de medicina. Pra mim já deu. — falei, bruto e saio daquela casa com os olhos ardendo em fogo.
Entrei na minha Ferrari e saí de lá cantando pneu, indo pra algum lugar que me fizesse esquecer ou pensar em alguma coisa pra ferrar com o Luke, antes que eu perca a porra da minha paciência e o mate com as próprias mãos.
P.O.V Luke
Minha mãe pôs as mãos no rosto e começou a chorar novamente. Passei a mão na cabeça e me sentei do lado dela.
— Mãe, olha pra mim. — pus minhas mãos no seu rosto, vendo ela chorando sem parar. — Tá tudo bem, fica calma.
— Não, ele não vai mudar... isso tá dificultando cada vez mais, ele não é o mesmo.
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Enemy Brothers (BITP)
Teen FictionJustin e Luke são dois irmãos gêmeos, que se amam independente de tudo. Cursando o último ano na universidade, ambos tem em seus destinos traçados a mesma garota, que tende a criar entre os dois as maiores desavenças existentes pelo ódio.