CAP48- Farei da melhor maneira que eu puder

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Tokyo

Teikoku Hotel

01 de outubro, 11:34pm

Minha cabeça tinha ficado a mil depois daquele encontro com Taehyung no restaurante, tanto que permaneci quieta durante o resto da noite. Minhas ultimas palavras tinham sido um pedido para que Taehyung cuidasse da minha mãe, até que estivesse de volta.

Depois me tranquei dentro de mim mesma, em conflito sobre querer e poder.

-Olhe para cima.- disse Suga, ao surgir atrás de mim.

Eu estava com os braços cruzados, apoiados no parapeito da sacada da nossa cobertura. Fazia alguns minutos que tínhamos voltado para o hotel.

Encarava o nada, enquanto procurava uma forma de sair daquela encruzilhada em que tinha me colocado, quando a voz de Suga surgiu fazendo os pelos do meu pescoço se eriçarem com a sua aproximação.

Ele envolveu a minha cintura, depois apoiou o queixo no meu ombro e olhou para cima, exatamente no momento em que eu fiz o mesmo.

-Todo mundo ama os dias ensolarados, quando esta quente e se pode ver o céu com clareza.- começou Suga, enquanto encarávamos o céu juntos.- Mas o que todo mundo esquece é que somente na ausência do sol é que podemos ver uma dos coisas mais lindas do mundo. É o equilibro no seu exemplo mais simples e perfeito, mostrando que não podemos ter tudo ao mesmo tempo, mas que se tivermos calma e perseverança poderemos aproveitar o sol, sem necessariamente precisar perder o brilho das estrelas em seguida.

Virei na sua direção, o obrigando a se afastar de mim.

-Eu não vou deixar nada acontecer com a sua mãe.- disse ele.- Quando a gente voltar para Las Vegas, vou procurar uma forma de tirar Brad da sua vida para sempre.

Eu não disse nada, apenas fiquei o encarando com uma ruga marcada em minha testa. Estava confusa com a sua metáfora, mas sabia exatamente aonde ele queria chegar com aquele assunto.

-Amanhã vamos arrecadar tudo que pudermos no torneio, e depois vamos comprar a liberdade da sua mãe.- Suga segurou meu rosto, tentando suavizar a ruga de preocupação que eu insistia em manter.- Eu tenho muito dinheiro guardado, além é claro dos bens da minha família.

-Você pediria dinheiro para o seu pai para ajudar a minha mãe?- perguntei surpresa.

-Eu faria qualquer coisa para ficar com você.- ele me deu um sorriso fraco.

Rapidamente o abracei, percebendo só então que pela primeira vez eu não precisava resolver tudo sozinha. Apoiei minha cabeça no seu peito magro, e me permiti relaxar por um momento.

Suga me envolveu com os seus braços, e acariciou meus cabelos, sem nenhuma pretensão além de me acalmar.

-Estive pensando hoje, enquanto a gente observava o sol morrer no horizonte...- disse ele pensativo.-... quando tudo isso acabar, e a gente for livre para fazer o que quiser, quero que você venha morar comigo.

Mesmo contra seu peito, meus olhos se arregalaram ao ouvir aquilo, tanto que me afastei dele com incerteza expressa no meu olhar.

-Você esta me pedindo em casamento?- perguntei confusa e incrédula.

O semblante dele era sério, e não havia nenhum sinal de que ele estava brincando comigo ao dizer aquilo.

-Ainda não. Não assim.- disse Suga.- Quando o momento chegar, farei da melhor maneira que eu puder, você acrescentar o sobrenome Min ao seu nome.

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