Capítulo 11

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DG Narrando

Esse moleque deve ta perdendo a noção do perigo, quem ele pensa que é para falar comigo daquela maneira? Ele acha que ta falando com algum soldado ou funcionário da Maré?  Não digo amigo porque aquele infeliz só tem o Pedro para chamar de amigo.

Sair da casa do RM na onda, qualquer pessoa que me falasse um um aí se quer ia rodar legal. Literalmente hoje não é o meu dia ou melhor o dia de ninguém. Cheguei no Borel e fui direto pra boca e eu precisava distraí a mente e já fazia ideia de como fazer isso.

Estacionei minha R1 e fui entrando sem cumprimentar ninguém e assim que entro em minha sala sinto alguém atrás de mim.

Darlan: Iai meu bebê - Disse me abraçando por trás.

DG: É melhor parar com essa viadagem, não tô afim de brincadeira hoje não. - Me sentei e peguei um saquinho de pó fazendo três carreirinhas.

Darlan: Qual foi irmão? Manda o verbo aí.

DG: Me diz onde foi que eu errei Darlan?

Darlan: Como assim? Papo torto do caralho.

DG: Porque o Bernardo me odeia tanto? Eu nunca deixei faltar nada pra ele. Nem me respeitar aquele merda me respeita, sinceramente? Se fosse outro já teria matado.

Darlan: Mano, deve ser porque você não deixou o moleque crescer igual às outros crianças, ta ligado? Você criou uma máquina. Desdo dia que rolou o enterro da Isabela você mudou e quem pagou o pato foi ele. O leke cresceu com sede de vingança, ele cresceu com sangue nos olhos para vingar a morte da mãe que ele nem teve a oportunidade de conhecer.- Eu escuro o que ele disse e não digo nada, apenas cheiro as divisas do pó que estavam na mesa.

DG: Eu espero que essa desgraçada esteja queimando no inferno, porque Dr eu bato de frente com a Vanessa eu nem sei o que sou capaz de fazer. Ela tirou a mulher da minha vida Darlan.

Darlan: Eu sei DG, mas porra já faz tanto tempo que essa guria sumiu. Você não acha que ta na hora de esquecer esse assunto e seguir a sua vida não?  Mano, agora você tem a Maria Laura e tem a Agatha. Elas precisam de você.

DG: Porra de esquecer parceiro, eu sei que essa miserável ta viva em algum lugar. Ela não pode se esconder pra sempre, ela é esperta porém  nem tanto, uma hora ou outra ela vai aparecer e vai pagar por tudo que fez, a ferida que existe em mim ainda não cicatrizou.

Darlan: Então Jaé irmão. Vou voltar para o meu trampo, se liga nessa porra aí e pega leva você sabe o que tu fez com a Maria Laura depois que se drogou. - Ele fez o toque e saiu logo em seguida.

Eu preciso relaxar mais ainda e tá um calor dos infernos, resolvi tomar um litrão. Peguei dois cigarros de maconha e um frasquinho do lança perfume, sair da minha sala e fui em direção a minha moto, tirei a chave do pescoço e liguei a moto indo em direção ao bar da dona Jacira.

Depois de alguns minutos cheguei no bar e me sentei em uma das mesas vazias. Chamei a mina que trabalhava lá e mandei ela trazer uma cerveja.

DG: Aproveita e trás uns salgadinhos- Disse a encarando

Ela trouxe tudo qua eu pedi e fiquei lá pensando na vida e curtindo a brisa do lança. As horas se passavam e quando dei por mim já estava fazendo o maior samba com a galera e tinha uma morena em meu colo.

DG: Trás mais uma rodada aí loirinha. - Ela sorriu e saiu de requebrando.

Eu já tinha perdido das contas de quantas garrafas de cerveja eu tinha bebido. Fiquei passando a mão na coxa da morena que estava em meu colo e a mesma sorriu e porra sorriso lindo. Puxei a mesma para um beijo mas não durou muito tempo pois sente ela sendo puxada.

DG:Que porr...Maria Laura? - Olhei a mesma que tinha um olhar de raiva

Maria Laura:  Parece que eu to te atrapalhando né? - Cruzou os braços na altura do ombro.

DG: Pra ser sincero? Tá sim- Disse bebendo mais um gole da cerveja.

Maria Laura: Você só pode tá de palhaçada com a minha cara né Palhaço?  Me respeita porra. Sou eu quem durmo com você, sou eu a mãe da sua filha. Eu fico em casa o dia inteiro e quando eu saio para te procurar você ta aqui se beijando  com essa vagabundo.

DG: Tu ta maluca sua desgraça?  - Me levantei e coloquei o dedo da cara dela- A única palhaça aqui é você. Eu não te devo satisfação não, rala daqui antes que eu perca a minha paciência.

Maria Laura:  As vezes eu acho que certa foi a cachorra da Isabela que preferiu a morto do que ficar ao lado de um mostro  igual a você.

DG: Repete- Ela me olhou assutada ao perceber que falou merda- anda porra, fala de dono o que você disse.

Maria Laura : Eu disse que ainda bem que aquela vagabunda...- Parti pra cima dela  sem pensar duas vezes.

Ela gritava por socorro e ninguém era doido de separar, soquei a cara dela e a mesma tentava defender. Me levantei e chutei sua costela fazendo a mesma gemer de dor. Ela já não gritava e mesmo assim eu não queria parar de bater nela, eu não admito que ninguém fale da Isabela. Quem ela pensa que é pra chamar a minha mulher de vagabunda?

DG: Da próxima vez eu estouro a sua cabeça. Vagabunda é você sua puta.

Todos me olhavam incrédulos com a cena que acabou de vê, peguei 400 reais em minha carteira e deixei no balcão. Olhei para a morena que viu toda aquela cena e chamei a mesma.

DG: Bora ali no Barraco morena. - Ela veio e eu subi na moto ajudando a mesma e desce para o meu barraco.

Sangue nos olhos ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora