Flashback

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DG Narrando

Se passaram 6 anos que o grande amor da minha vida morreu. 6 anos do qual vivo com um ódio mortal cravado em mim. Hoje eu cumpro com a minha promessa de fazer vingança com a responsável pela morte de Isabela, responsável essa que ninguém nunca mais ouviu falar. Mesmo assim eu to criando o meu filho para matar, nem que ele mate todos que ela ama.

DG: Mira Direito nesse caralho Bernardo. - Disse firme.

Bernardo: Papai, eu to tentando. É difícil - murmurou

DG: Porra de papai, fala direito nesse caralho. Você é homem ou o que?

Bernardo: Eu sou homem...

DG Então pronto. Mira daquele jeito que te ensinei. Olha pro alvo com atenção e solta o aço, entendeu?- Perguntei enquanto ele balança a cabeça em concordância. - Fica aí treinando que eu vou resolver umas paradas lá na boca. - Disse e saí

Eu tratava o meu filho como se fosse um adulto, coloquei ele pra trabalhar comigo também. Minha mãe era contra mas quem manda nele sou eu. Coloquei a Maria Laura como minha fiel mas nada e nem ninguém consegue tirar a Isabela da minha cabeça. Bernardo, ta trabalhando como aviãozinho, ele vai aprender cada passo que eu der. Quando ele estiver pronto vou passar o morro da Maré pra ele, ele vai ser dono daquela porra toda lá e ser assim como eu, nem que tenha que força-lo.

10 anos depois..

Bernardo Narrando

Hoje eu tenho uma missão, e vai ser essa missão que vai me tornar o homem mais respeitado da favela. Vou assaltar o banco central, isso mesmo o maior banco do Rio de Janeiro. Eu to ciente de que não vai ser nada fácil, mas eu entrei nessa e é pra ganhar. Vinte homens vão colar comigo ao todo são vinte e um, saímos do morro em direção ao banco. Depois de 15 minutos chegamos lá e eu passei a visão pra eles.

Bernardo: Se liga, posiciona a 50 no tripé, mas não deixa ninguém desconfiar, se um chefe estiver lá dentro mete bala que o bonde vai passar pesadão. - Falei e ele balançou a cabeça.

Costela: Aqui já ta tudo afiado.- Passou a mão na AK-12

Bernardo: Na cautela a gente pega o gerente, com os clientes vamos tentar ser educados. Buscapé, você pega as armas do vigia mas  devolve tudo descarregado se ligou né? A proveita e vai recolhendo o dinheiro do caixa.

Buscapé: Sim mano.

Bernardo: Boladão, você cai pra dentro da tesouraria e zera a Porra toda lá.

Passei a visão pra todos ali e agora é só esperar o momento certo.

Mermão, carro forte pra mim agora é passado, esse é o segundo banco que eu assalto e porra já to viciado. Esses desacreditados não peitam comigo porque eles sabem que não podem com a onda, eu sou eu e esse é o lema.

Entramos de mansinho e uns seguranças já ficou na visão, qualquer movimento errado a missão ia pro espaço, mas qualquer vacilo desses putinhas eles iam pro inferno. O banco tava até movimentado e por isso tivemos que dá logo a voz. Buscapé já havia feito a sua parte e a essa hora Boladão ta lá dentro.

Dei um tiro pra cima e todos ficaram assustado, a típica cena de terror. Todos deitaram no chão enquanto os funcionários colocavam o dinheiro nas mochilas. Pude vê o olhar de desespero na cara de cada um ali, mas eu não tava nem aí.

Bernardo: Bora, eu quero o celular de todo mundo aqui e se algum filho da puta tentar alguma gracinha vai sentir o ferro. - Passei e todos colocaram os pertences em na bolsa

Tava passando e uma mulher gritou chorosa.

Xxx: Acaba logo com isso, você só pode ser um PESADELO! - Encarei aquela coroa e sorrir. Deu até pena de matar.

Xxx: Esse cara é o Satanás isso sim, como pode roubar gente trabalhadora?  Isso é um absurdo! - Falou outra

Bernardo: Se liga donas, eu já to sem paciência. Ou vocês calam a porra da boca ou eu vou estourar a cabeça de vocês.

Quase 40 minutos ali, saímos e entramos no carro blindado e saímos dali antes que os vermes venham atrás.

Boladão: Foi um sucesso Bernardin. - Olhei pra ele e lembrei do que a mulher falou.

Bernardo : Te liga caralho, Bernado morreu, agora eu sou o Pesadelo. - Sorrir e eles me olharam.

Chegamos no morro do Borel dando tiro pra cima, hoje era dia de festa. E hoje sim, meu pai iria sentir orgulho de mim. Eu vou ser igual a ele, mas pior que ele. Se eu quiser alguma coisa eu vou conseguir nem que eu tenha que matar apesar que minha missão é essa, matar e principalmente matar aquela vagabunda que matou a minha mãe no passado.

DG: Meus parabéns, você mostrou que é competente. Pode ir e manda um dos moleques organizar um baile pra hoje a noite.

Bernardo: Sim senhor. - Disse e saí da sala.

Porra, só isso? Eu pensei que ele iria me subir de cargo ou sei lá, parece que meu pai não gosta de mim, eu quero comandar igual a ele. Chega de ser soldado. Eu realmente pensei que o meu pai iria me dizer mais alguma coisa por eu ter completado a missão mas eu me enganei.

Bernardo : Se liga ai Rubens, meu pai mandou organizar um baile pra hoje.

Rubens: Pode deixar Bernardo.

(....)

O baile tava fogo, muita mulher gostosa, muita cachaça e muito tudo. Estávamos comemorando por mais uma conquista, meu padrinho foi o único que me parabenizou da maneira que eu mereço, as vezes eu acho que meu padrinho RM me considera mais que o meu próprio pai.

Tava de boa no camarote quando vejo minha irmã chegando com aquela amiga dela, te contar se ela não fosse gorda eu traçava legal. Assim que ela me viu, abriu um sorriso e veio em minha direção.

Agatha: Maninho! Parabéns - Me abraçou - Por mais que eu não goste que você faça isso e..

Bernardo: I nem começa, hoje é de de curtir.- Falei beijando o rosto dela- Iai Paula.

Paula: Oi Bernardo, parabéns aí

Bernardo: Valeu!

Ficamos ali conversando e foi a hora que eu vi meu pai passar por mim e eu levei meus olhos até ele, ele foi em direção ao palco e todos gritaram quando viu o mesmo.

DG: Fala ai rapaziada, firmeza? - Geral respondeu- É o seguinte, todos sabem que eu tenho uma missão, missão na qual é de vingar a morte da mãe do meu filho. E por isso, eu criei ele do meu jeito, ensinei tudo o que meu pai me ensinou. Hoje meu filho me mostrou que é competente e eu me sentir orgulhoso e por isso eu vim aqui te dizer meu filho - vi ele olhando pra cima- Eu tenho o maior orgulho de tu moleque e a partir de hoje, eu só vou reinar no morro do Borel pois o morro da Maré agora é seu. Fé pra geral. - Disse e saiu

Caralho, eu não tava acreditando naquilo, eu via a galera gritando e os camaradas no camarote me parabenizando e mano, eu to  feliz pra caralho. Desci e fui dá uma palavrinha.

Bernardo: Queria agradecer ao meu pai por essa oportunidade, e dizer ao mesmo que eu vou honra-lo e seguirei cada passo que você me ensinou. E mais uma coisa. Bernardo acaba de morrer e hoje nasce Pesadelo, então eu não quero ouvir ninguém me chamando de Bernado,  aliás só meus familiares e amigos. É isso. Vamos curtir essa porra!  - Geral me aplaudiu e o som voltou a tocar.

(...)

E foi assim que eu me tornei Pesadelo. Me mudei para o morro da Maré um ano depois, antes eu era um menino doce e que todos gostavam, mas com o tempo ódio e a escuridão me perseguem. Não gosto de ninguém e muito menos gosto de gracinhas, se errou vai ter que pagar. Em minha comunidade todos me respeitam e baixam a cabeça quando eu passo, Pedro virou meu sub mas é totalmente ao contrário de mim, as vezes eu acho que ele é gay na moral mesmo.

Sangue nos olhos ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora