Maria Laura narrando...
Estávamos estacionados a alguns metros da entrada da favela, mas da distância que estávamos, dava para ver os soldados em seus postos, como sempre. Meu coração estava à mil, mas era a adrenalina, a vitória, correndo por minhas veias. Eu estava com sede de vingança e tudo que eu mais queria era acabar com ele e sua família tão perfeita. Mas de hoje não passaria, ele e todos que me viram ser humilhada pagariam por este erro.
Mão leve: E aí, pronta? — Mão leve me perguntou.
Maria Laura: Mais do que nunca. Vamos, hoje quero ver o sangue daquela família escorrendo pelas minhas mãos.
Descemos do carro quase ao mesmo tempo e rapidamente seguimos para a entrada. Mão leve e seus capangas logo foram na frente, pegando de surpresa os soldados da favela. Pedi para não matá-los, não ainda, então eles só renderam os soldados e os deixaram ali mesmo, com dois capangas de guarda.
Mão leve: Vamo, vamo, vamo!!
Corremos e logo entramos na favela, fortemente armados e com muita munição. Segui na frente junto com ele e alguns capangas seus para minha proteção e peguei os becos mais desertos que eu conhecia. Tudo estava indo bem, o que estava me deixando mais confiante. O bom de ter me envolvido com aquele bicho, foi ter todos os privilégios na favela, incluindo saber de alguns pontos estratégicos. Logo uns soldados de ronda apareceram e os primeiros tiros começaram. Nos escondemos atrás de algumas casas e começamos a trocar tiro incessantemente. Dois dos soldados do mão leve foram baleados e outro havia morrido ali mesmo, não me comovendo. Não sendo eu, não estou nem aí.
Mão leve acertou dois, e eu um, dando passagem para seguirmos com o plano.
— Tem alguma coisa errada... — Falou, com cara de suspeito.
— Como assim? — Perguntei, não entendendo onde ele estava chegando.
— Você não me falou que o tiro iria comer solta aqui? O lugar esta praticamente vazio. — Bufou
— O imbecil deve estar dando alguma festa no alto do morro. Tanto é que só estamos vendo alguns soldados. — Falei.
— É... Pode ser.
— Mas se preocupa não, não vamos sair daqui sem a cabeça dele em um saco preto.
Passado 5 minutos, começamos a ouvir música alta, dando a confirmação da festa. Estava a algumas ruas do topo do morro, quando o rádio toca.
[ Rádio On ]
Maria Laura: Quem é? — Pergunto desconfiada.WM: Sou eu gatinha. Aqui tá tudo certo, to no ponto onde você me pediu pra ficar. O Cuzão do DG esta fazendo uma festa aqui, o que vai facilitar e muito pra nós!
Maria Laura: DG e sua mania de achar que manda na porra toda. Mas pode pah que hoje sua alegria acaba. — Sorri. — Se liga hein, quero atividade no baguio, bota pra fuder no aço. Não quero ninguém vivo.
WM: O seu pedido é uma ordem princesa.
[ Rádio Off]
Guardei o rádio e continuei com o caminho, agora lentamente, já que ali seria uma zona de perigo.
Maria Laura: Alerta hein, aqui nada passa despercebido. Eu quero agilidade e precisão. — Informei para todos. Tudo que eu não precisava agora era algo errado.
Mão leve: Você esta falando com o melhor, meu bem. — Disse, me dando um beijo molhado.
— Vamos.
Subimos até onde estava rolando a festa, prontos para atirar, mas quando entramos, a merda toda fedeu!
Maria Laura: O quê?
***
Agatha narrando...
Estava tudo estranho aqui. Meu pai informou para todos não saírem de casa, mas não explicou se era invasão ou outra coisa. Estou com medo, e com uma sensação péssima. A minha sorte que minha cunhada e sua amiga estão aqui comigo.
Tiffany: Sempre é assim? — Minha cunhada pergunta, roendo as unhas ao meu lado.
Agatha: Sim, mas na maioria das vezes é a polícia. O que eu acho que é um dos motivos. — Digo, para acalma-lá.
Tiffany: Entendi. Mas não se preocupe. Seu pai e seu irmão sabem se cuidar muito bem. — Sorri gentilmente para mim.
Agatha: Eu sei cunha, mas estou com uma sensação ruim. E minha mãe ainda não dá notícia! — Digo tristonha. Desde o dia que a vi toda produzida eu não a vejo. Eu sei que ela anda saindo com outro homem, mas ainda sou sua filha, ela querendo ou não.
Maya: Mas você não tem idéia de onde ela possa ter ido? Pode ser que ela esteja na casa de alguma parente ou amiga mais antiga que você não conheça — Maya diz, me fazendo pensar.
Agatha: É... Talvez seja isso, e eu que esteja me precipitando. — Afirmo, meia tristonha.
Tiffany: Olha, não sei como é aqui no Brasil, mas nos EUA, a gente sempre procura pensar em coisas boas. Isso ajuda na maioria das vezes. — Diz, me fazendo dar um sorriso verdadeiro.
Agatha: Você tem razão. Talvez seja algo bom mesmo. Obrigada meninas, sem vocês aqui eu estaria enlouquecendo! — Afirmo, dando um abraço nas duas. Eu gosto muito delas e estou muito feliz em saber que meu irmão arrumou alguém que valha a pena, assim como o Pedro. Eu estava cansada em ver eles apenas pegando essas piranhas do morro que só quer fama e o dinheiro deles. A Tiffany e a Maya são diferente, e mesmo quem não a conheçam, sabe o quanto elas faz bem aos dois.
Tiffany: Não agradeça, só relaxe. — Diz, se levantando. Na mesma hora ela fecha os olhos e cambaleia um pouco, me deixando preocupada.
Agatha: O que foi? Esta passando mal? — Pergunto, ajudando ela a se sentar. — Vou pegar um copo d'água!
Tiffany: Não, eu estou bem. É nada demais, apenas uma leve tontura.
Agatha: Tontura? — Pergunto estranhando.
Maya: É o calor, eu quase morro aqui. Principalmente agora que estou grávida.
Tiffany: É... Deve... Ser o calor. Hoje esta muito quente. — Diz, com um sorriso nada confiante.
Agatha: É... Pode ser! Já sei, vamos assistir uma série. Topam? — Sugiro, mudando o assunto e tirando essa baboseira da minha cabeça.
Tiffany: Série? Agora você falou minha língua.— Diz, fazendo maya e eu gargalhar.
Colocamos em uma série da Netflix e aproveitamos e fizemos pipoca. Ou melhor, eu fiz, já que a Maya e a Tiffany pegou salgadinhos, chocolates e mais coisas que nem em uma semana eu conseguiria comer.
Será que é realmente o que estou pensando? Será que... Vou ser titia?
Oi lindas. Hehe'
Eu não sei se já deixei avisado aqui, mas eu sou uma pessoa impaciente. E eu não vou conseguir deixar mais um capítulo pronto guardado, né? Então TOMAM mais um, em desculpas pelo atraso hahaha'Espero que gostem, e qualquer erro, por favor avisem que eu arrumarei! Até outro dia, ou quem sabe amanhã, não sei... Haha'
Bjos!!
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Sangue nos olhos ( Concluído)
Teen FictionNão se iluda com o meu sorriso. Estava apenas pensando em qual seria a forma mais prazerosa de te ver Morrer. A forma mais prazerosa é vê o inimigo vivendo o seu pior pesadelo ao vivo e em cores. PLÁGIO É CRIME!