Capítulo 32

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Tiffany Narrando

Eu estava tão feliz na casa nova mas de repente toda a minha felicidade ele levou. O que minha mãe fez com essa gente? E porque eu tenho que pagar por isso? São tantas perguntas que eu tento buscar respostas mas a minha cabeça não colabora de tanta dor que eu estou sentindo.

Maya: Por que ele fez isso com você amiga? - Disse acariciando meus cabelos.

Tiffany: Se eu te disser que eu quero saber, você vai acreditar? Velho, estávamos indo tão bem, eu quero ir embora daqui. O meu pai nunca tocou a mão em mim..

Maya: Vamos embora então. É capaz dele voltar e fazer algo pior com você e se eu te perder eu não sei o que vai ser da minha vida.- Começou a chorar também.

Tiffany: Nada de ruim vai acontecer comigo, vamos ser fortes está bem? Eu te amo muito, amiga.

Maya: Eu também te amo. E lembre-se "you never be alone " ( você nunca estará só )

Tiffany: Eu sei, vamos cuidar uma da outra sempre. 

Estávamos quase adormecendo quando ouvimos alguém bater na porta, levantei assustada enquanto a Maya foi olhar quem era. Não demorou muito para que ela voltasse com uma cara horrível.

Tiffany: Que cara é essa? Quem era?

Maya: Ele quer ver você, não vá amiga. Fique aqui comigo.- Disse me abraçando

Tiffany: O que ele quer agora? Meu Deus, eu não mereço isso.

Maya: Eu não sei..

Vi um dos rapazes de mais cedo parado na porta .

Rato: Vem dona, é melhor tu vim agora por que se não vai ser pior..

Tiffany: O que ele quer?

Rato: Pelo jeito que ele se drogou coisa boa não vai ser. Vem, adianta logo.

Enxeguei minhas lágrimas e calcei minhas sandálias, sinto a Maya segurar em um dos meus braços mas  puxo o mesmo e saio sem olhar pra trás. Mas antes de sair de casa escuto ela dizendo.

Maya: Quando acabar eu estarei aqui te esperando. I Love You sister! ( eu amo você irmã )

(...)

Depois de quase 15 minutos andando chegamos em uma casinha que ficava perto de um matagal,  confesso que eu estava suando frio e minha cabeça doía ainda mais. Rato não dizia uma palavra, ele só caminhava em silêncio. Eu queria fugir dali, mas eu sei que se corresse iria ser em vão. Ele e olhou pra mim.

Rato: Moça, seja forte ok? Eu vou esperar aqui para te levar pra casa.

Tiffany: Eu não quero ir.. por favor me ajude.- Disse chorando novamente.

Rato: Eu queria poder te ajudar, mas infelizmente eu não posso e também tenho um guri pra criar, ele precisa do pai vivo. Vai logo e para de chorar..

Respirei fundo e segui em frente até a casa. Pensei duas vezes antes de abrir aquela maçaneta, meus pensamentos me diziam para não ir e meu coração estava bastante acelerado. Eu precisava acabar com aquilo logo e foi quando criei coragem para entrar. Abrir a porta com cuidado e assim que entrei um calafrio percorreu todo o meu corpo, o lugar era simples e não o vi quando cheguei.

Tiffany: T..tem al..al..alguém aí? - Perguntei assustada

Disse e assim que olho para um pequeno corredor ele aparece apenas de bermuda, ele estava sem camisa e não pude deixar de reparar o seu abdômen completamente definido e suas tatuagens que escondiam algumas cicatrizes.

Pesadelo: Ta esperando o que pra tirar a porra da roupa? - Disse grosso e frio

Tiffany: Eu não quero transar com você.

Pesadelo: E eu te perguntei alguma desgraça? Perguntei? - Gritou

Tiffany: Não - Falei olhando para o chão

Pesadelo: Então, tira a porra da roupa.

Tiffany: Não vou tirar. Você não pode fazer o que eu não quero. -Assim que eu disse isso vi seus olhos ficarem mais vermelhos ainda.

Pesadelo: Não vou mandar de novo.

Fingir que não ouvi e fiquei parada esperando ele dizer mais alguma coisa. Mas em fez de falar ele fez. Sentir um tapa forte em meu rosto e logo depois outro. Seus tapas eram fortes, sentir meu cabelo sendo puxado e meu corpo arrastado em direção ao corredor. Deduzir que ele estava me levando para o quarto. Lá ele me deu mais tapas e murros em minha costela. Cair no chão com a dor e o mesmo me chutou e foi nessa hora que sentir o gosto do sangue. Minhas lágrimas rolaram sem senhuma cerimônia, eu só queria que aquilo acabasse logo..

Pesadelo: Levanta e tira o caralho da roupa.- Disse puxando novamente o meu cabelo.

Comecei a tirar a minha roupa devagar mas como ele estava fora de si arrancou minha blusa fazendo com que rasgasse, eu o encarei com um certo medo, seu rosto não tinha nenhuma expressão o que era estranho, ele não me olhava nem por um minuto. Já que a minha blusa não precisava de sutiã meus peitos pularam para fora e pela primeira vez fiquei com vergonha. Ele me jogou na cama e tirou meu short me deixando apenas de calcinha.

Calada estava, calada eu fiquei. Não demorou muito e ele tirou o short mostrando o seu membro e eu só pedia a Deus para que aquilo tudo acabasse logo. Ele caminhou em minha direção e segurou na barra da minha calcinha tirando a mesma. Fechei meus olhos e segurei o choro, afinal eu não estava acreditando que ele iria me estuprar. Sentir a cama afundar e quando abrir os olhos ele estava ajoelhado na cama e no meio das minhas pernas.

Tiffany: Por favor para..- sussurrei assustada

Vi que ele me encarou e seus olhos se encontraram com os meus. Vi sua pupila dilatando mas antes que eu falasse alguma coisa ele abriu a boca.

Pesadelo: Por que você é filha dela? Por que tudo tinha que acontecer dessa maneira? Saí daqui vai, pega uma camisa que eu tenho ai nesse guarda-roupa e mete o pé mina. Vai antes que eu mude de ideia - Ele disse saindo de cima de mim e caminhou até uma porta que com certeza seria o banheiro.

Agradece muito por ele não ter feito o que ele realmente queria fazer. Eu sei que ele não é esse monstro que diz ser. Caminhei devagar até o armário e peguei uma bermuda e uma blusa que tinha ali. Vesti rapidamente e saí da casa em passos rápidos.

Meu corpo estava totalmente dolorido e principalmente minha costela. Avistei o rato vindo em minha direção.

Reto: Ele abusou de você?  - Chorei e fiz que não com a cabeça.

Tiffany: Ele iria, mas mudou de idéia. Ele apenas me bateu..

Reto: Se ele abusasse de você ele iriam quebrar a promessa que fez quando a irmã dele foi.. bem você sabe.- Encarei o mesmo não acreditando.

Saímos daquele lugar e assim que cheguei na porta de casa agradece pela força que ele me deu e entrei em casa com o maior cuidado.

Sangue nos olhos ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora