Capítulo 40

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Gabala narrando

Estava no morro averiguando os beco junto com a tropa. Tudo estava ok para o meu sossego. Depois que o pesadelo descobriu que a patricinha é filha da sua inimiga mortal, ele se tornou um pé no saco, na moral. Só vive dando coice para todos os lados, manda a toda hora alguém fazer algo, não dá descanso e o pior, agora tá dando de ameaçar quem não obedecer.

Hoje mesmo um dos soldados levou umas porrada por não querer fazer um contrabando de armas. Queria ver se fosse ele no lugar. Cada dia eu estava pegando ódio dele e esse ódio só estava me deixando com a mente no pique. Às vezes fico pensando como deve ser bom mandar e desmandar na porra toda tá ligado?

Cheguei na boca no momento que um morador chegou com os soldados o escoltando. Ele implorava para o pesadelo não matá-lo e emprestar uma grana para pagar os polícia para vazar, mas claro, o otário não aceitou. Estava na porta quando ele fez o sinal com a cabeça e mandou a gente dar um fim no carinha. Eu fui perto do cara e apontei a arma na cabeça dele, mas quando o pesadelo entrou no escritório, eu disparei na parede e tapei a boca do cara, para ele não fazer nenhum barulho. O soldado que tinha uns 17 anos que estava comigo perguntou o que estava fazendo e eu apenas falei...

Gabala: Provando um pouco do sabor do poder. – Sorri diabolicamente. – Se eu souber que tu falou para o chefe, tu é um cara morto.

Dentinho: Po..pode.. dei..dei..deixar. – Ele gaguejou, balançando a cabeça.

Levei o cara para fora do barraco e o levei para o meu cafofo.

Chegando lá, joguei o morador para dentro e mandei ele sentar no sofá.

Morador: Mano, valeu mesmo. Tu salvou minha vida. Nem sei como agradecer. – Disse, quase se ajoelhando.

Gabala: mas eu sei muito bem como você pode agradecer. – Afirmei.

Morador: O que eu vou precisar fazer. –  Perguntou confuso.

Gabala: Uma tarefa simples e rápida. – Disse, enquanto pegava uma cerveja na geladeira. – Você vai se alinhar comigo e juntos, vamos acabar com o pesadelo.

Morador: Acabar com o pesadelo? – Falou assustado.

Gabala: Isso mesmo mermão. Esta na hora de ter um novo chefe. Um chefe que vai ficar do lado dos moradores e ajudar quem precisa. O pesadelo não é mais o mesmo e a população já anda reclamando dele. Então porque deixar como está não é?

Morador: É... Você tem razão. Eu topo. Mas acabar com ele como?

Gabala: Pode deixar isso comigo. Eu só quero que você faça o seguinte...

[...]

Estava na atividade quando o morador chamado Sandro passa e me dá o sinal que preciso.

Morador: Eu não tô mentindo pesadelo. Eu sou de bem. Jamais chegaria perto dela, eu juro. – Ele implora.

Pesadelo: Não foi o que me contaram filho da puta. Mas agora você vai ver como vacilão como você acaba quando tenta algo com a mulher dos outros. – Ele gritou.

A população toda estava ali na rua vendo o pesadelo arrastar o cara pelos cabelos. Ele jogou o cara no chão e ali mesmo começou a socar o mesmo, tirando urros dele pelos socos e chutes que dava. Os moradores estavam assustados com a cena que viam.

De repente, uma mulher grita e pede para parar que havia um engano. E ali estava o que eu queria. A mulher mostrou a patricinha inteira, sã e salva como o morador disse. Todos ficaram chocados com o ataque ao homem inocente que o dono do morro fez. Ele parecia assustado e sem acreditar naquilo, enquanto todos olhava para ele horrorizados e com raiva.

Xxx: Como você foi capaz de fazer isso rapaz? Ele não fez nada com a moça e mesmo assim você espancou ele. Que tipo de dono que diz proteger a população faz isso? Você está mudado pesadelo, e para pior. – Uma das moradoras mais velhas disse para ele.

Nessa hora todos começaram a vaiar. A patricinha o olhou horrorizada e saiu no meio da população que estava ali vendo a injustiça que ele cometeu.

Estava escondido gargalhando da cara do cuzão. Ele parecia estar em outro planeta.

Gabada: É pesadelo, eu vou fazer seu reinado cair de vez sem você perceber. – Ri maquiavélico.

Sangue nos olhos ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora