DG narrando...
Senti uma dor de cabeça horrível quando abri meus olhos. Estava meio grogue ainda, e tive que olhar pro local para saber onde estava. Tentei me levantar, mas senti uma dor do caralho do lado direito da minha barriga, então permaneci deitado. Estava com uma agulha no braço recebendo soro e um aparelho no peito, onde os batimentos cardíacos eram ouvido.
Vi algumas vozes do lado de fora e no mesmo momento a porta sendo aberta, revelando dois soldados com armas na mão em cada lado do batente da porta e um médico entrando.
Xxx: Que bom que está acordado senhor Douglas. Como se sente? — O médico pergunta.
DG: Um merda nessa porra de cama. Quando vou receber alta? — Pergunto impaciente.
Xxx: Calma, precisamos fazer alguns exames para saber. O senhor levou um tiro de fuzil no abdômen, e por sorte sobreviveu. Não afetou nenhum órgão importante do corpo, mas o senhor precisará tomar alguns cuidados para não ter uma piora ou até mesmo pegar uma infecção.
DG: Já ouviu falar que vazo ruim não quebra doutor? Porque eu sou o vazo ruim e nem infecção ou bala me tira de cena, tá ligado?
Xxx: Pode ser, mas melhor se precaver. Bom, eu vim avisar que tem visita para o senhor, mas já aviso: Só por alguns instantes. Eu vou pedir para uma enfermeira avisar quando o tempo acabar ok?
DG: Pode pah!
Xxx: Com licença.
Alguns minutos depois a porta novamente se abre, e vejo meu filho entrar. Sua aparência estava horrível, mas eu não poderia dizer nada, já que a minha estava na mesma situação. Ou pior!
Pesadelo: E aí, como você ta? — Pergunta.
DG: To legal. E você?
Pesadelo: Vivendo um pouco de cada vez.
DG: Valeu por ter salvado a vida desse velho chato.
Pesadelo: Não precisa agradecer. Era o mínimo que... que eu podia fazer! — Ele passou as mãos na nuca, sem graça.
DG: Bandeira branca? — Disse, fazendo uma careta apreensiva.
Pesadelo: É... Bandeira branca, meu coroa. — Da de ombros, sorrindo.
Nos abracamos e pela primeira vez dentre todos esses anos, eu chorei de alegria. Era como me libertar de algo preso que estava em mim, algo do qual só palavras verdadeiras pudessem desprender. Ele se afastou e neste momento a enfermeira entrou, avisando que mais visitas tinham chegado. Ele se despediu e saiu. Tentei parecer o mais natural possível e esperei o próximo chegar.
Estava distraído, quando senti um tapa no meu ombro.RM: Acorda vacilão. Ta sonhando com as guenga que você quer pegar quando sair daqui? — Diz brincando. Entro na brincadeira também.
DG: Para lindo. É só você que meus pensamentos pertence. — Pisco várias vezes com as mãos abaixo do queixo, imitando uma mocinha.
RM: Sai fora, vai se fuder. — Ele gargalha e eu também.— Mas e aí irmão, pronto para a próxima?
DG: Cê sabe que eu sempre tô pronto. E o morro? O que aconteceu? — Pergunto, querendo mais informações.
RM: Ah, o de anos né? Mas seu pivete mandou muito bem. Ouvi muitos moradores falando bem dele.
DG: Eu sempre soube que ele seria um bom lider. — Sorri.— E o pessoal?
RM: O pessoal ou a Isa?
DG: Você entendeu!
RM: Todos estão bem, inclusive ela. Apenas ansiosa para te vê na sala de espera.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sangue nos olhos ( Concluído)
Teen FictionNão se iluda com o meu sorriso. Estava apenas pensando em qual seria a forma mais prazerosa de te ver Morrer. A forma mais prazerosa é vê o inimigo vivendo o seu pior pesadelo ao vivo e em cores. PLÁGIO É CRIME!