Capítulo 55

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Gabala narrando...

Estava na caça do meu alvo, andando por becos e ruas da favela, tentando dar de cara com aquele filho da puta, mas só quem encontrei foi algumas pessoas correndo do tiroteio e alguns vira latas. Droga, cade aquele viado?
Chamei no rádio o carniça, um dos soldados e inimigo da favela do borel e maré.

Gabala ( Rádio): Se liga cuzão. Quero que vocês facam um pente fino ao redor e encontre o pesadelo. Se virem, me avisem rapidamente. Eu quero fazer questão de ver aquele arrombado agonizando na minha frente.

Carniça ( Rádio) : Pode pah chefia. O cuzão vai morrer hoje mesmo.

Gabala ( Rádio): E mais uma coisa... Não quero um disparo contra ele. Deixa que eu mesmo descarrego um pente no filho da puta por todos!

Carniça ( Rádio) : É nóis porra!

Desliguei e fui cortando caminho, chegando na praça do morro, que estava completamente vazia. Droga, além de não encontrar o desgraçado, ele ainda havia escondido sua putinha gringa de mim. Poxa, estava doido pra fuder aquela vaca e depois estourar seus miolos.

Pesadelo: Me procurando gabala, meu FIEL soldado? — Falou, enfatizando o fiel no final. Olhei para trás, e ele estava parado, encostado na banca de jornal, me esperando.

Gabala: Claro CHEFINHO, mais do que você imagina.— Disse, sorrindo falsamente para ele.— Esta gostando do espetáculo? — Perguntei, olhando com fúria e sarcasmo para sua cara.

Pesadelo: Sim, só falta uma coisa... — Levantou o dedo indicador.

Gabala: Que é... — Incentivei a falar.

Pesadelo: Sua cabeça rolando, o que eu acho que será a atração principal. Você não acha?

Gabala: Não tanto quando a sua quanto rolar e servir de troféu.

Pesadelo: Se eu fosse você não contava com isso, sabe por que? — Avisou, chegando perto de mim.— Porque você, não passa de um verme imundo, do qual apenas uma pisada pode matar. Você gabala, é apenas mais um olho gordo, que quer chegar no topo, do modo mais sujo e escroto possível. E sabe o que é pior e engraçado nessa história toda? — Disse, agora de frente pra mim, olhando no meu olho com o mesmo ódio que eu tinha. — Que você apenas se aliou a falsos como você, que na primeira oportunidade ira te arrancar tudo, sem pena e muito menos lealdade. — cuspiu as palavras, me deixando com mais ódio ainda.— O seu erro gabala, foi me trair, mas o pior ainda foi me desafiar, porque uma coisa da qual você não viu em mim, foi o prazer em ver filho da puta como você do outro lado, ajoelhado prestes a ser morto, como muitos que você viu. Mas não se preocupe, seu momento acabou de chegar campeão e espero que você aproveite ao máximo antes de conhecer o inferno.

Saquei a arma, e apontei na cara dele, pronto para atirar. Estava puro ódio e eu estava a pouco para não estourar seus miolos. Ele ao contrário tinha um sorriso zombeteiro no rosto, um sorriso sarcástico.

Pesadelo: Achei que fosse homem o suficiente, mas pelo jeito me enganei. — Abriu os braços com um sorriso sarcástico no rosto, aqueles que te deixam de sangue fervendo.

Gabala: Não seja por isso. — joguei a arma no chão assim como ele.

Não esperei nenhum segundo a mais e avancei para cima dele. Nos enroscamos entre socos e chutes, rodando pela praça. Dei vários socos em seu rosto e em seu abdômen, mas parecia que quando mais eu batia, mas ele ficava forte. Mas eu não iria desistir. Nao tão perto da vitória.
Em certo momento, ele se distraiu e foi a minha deixa. Chutei atrás do seu joelho, o fazendo cair e dei um soco certeiro em seu rosto, fazendo o cair no chão sem forças. Sem perder tempo, dei uma mata leão nele, o deixando sem defesa alguma. Eu estava bem machucado também, mas agora, com ele nas minhas mãos, a forca da qual eu precisava voltou, e o cheirinho da vitória também.

Sangue nos olhos ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora