Capítulo 44

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Pesadelo narrando

Estava atento a tudo que ela dizia do lado do meu pai e do meu tio. Já havia se passado 1 hora e todo aquele papo estava me deixando mais nervoso do que eu já estava. Andava de um lado para o outro enquanto ela falava com aquela voz irritante da porra. A minha vontade era de soltar o aço na cara dela nesse momento. Quando finalmente ela acabou, eu parei de andar e olhei para ela.

Vanessa: Então, o que vocês acham? – Ela disse, olhando para nós três.

DG: acho muito pouco para o que vc fez. Mas melhor que eu ter que sujar minhas mãos com você. O que não seria mau.

Pesadelo: Já eu não importo em sujar as minhas. Sei que no final valerá a pena. – Sorri diabolicamente para ela, que apenas encolheu os ombros.

Vanessa: O que estou dizendo não é nenhuma baboseira. Eu estou disposta a isso, para me redimir do erro que cometi. – Afirmou, com a voz enjoada de patricinha.

RM: Então me fala... Por quê? – RM perguntou, cruzando os braços e encarando ela.

Nessa hora ela ficou em silêncio e abaixou a cabeça. Quando ela levantou, vi seus olhos marejados. Quase chorei também. Só que não! Revirei meus olhos e ela desviou dos meus rapidamente.

Vanessa: Porque eu tenho minha família. Tenho minha filha que é o meu maior tesouro e tenho um marido que me ama. Hoje isso me machuca porque eu tive que destruir uma família para ter a minha agora. – Afirmou, quase me convencendo.

Pesadelo: Que lindo Vanessa. Quase me comove, pena que o ódio que você plantou em mim seja mais forte.  – Afirmo.

Vanessa: Eu sei disso!

DG: Ok. Vamos parar de tagarelar por aqui. Vamos te dar 1 semana Vanessa. Apenas 1 semana, nada mais, nada menos, entendeu? E para você não fazer merda, vai ficar aqui no morro com os soldados te vigiando 24 horas. Qualquer vacilo, e seu maridinho e a sua filha bastarda, ganhará de presente seu corpo todo cortado, como carne no açougue.

Vanessa: Tudo bem. Eu aceito. – Falou rapidamente, balançando a cabeça freneticamente.

Pesadelo: Claro, você não tem outra escolha. – afirmo. – RM, arranja um lugar pra ela e o rato do marido ficar.

RM: Pode deixar DG. Vamos! – Ele falou, pegando no braço dela e arrastando a mesma dali.

Pesadelo: Rala rala rala vadia. – Digo, não suportando mais a presença dela.

Quando ela saiu, virei para o meu pai enfurecido enquanto o mesmo passava as mãos no cabelo nervoso.

Pesadelo: Tá louco porra. Por quê não mata logo essa desgraça? – Grito.

DG: Porque não somos como ela muleque. Mas pode ficar de boa que se ela acha que a vida dela vai ser perfeita aqui no morro, ela está muito enganada. Se eu fosse ela, escolheria a morte.

Pesadelo: E ela vai escolher, porque se depender de mim, eu que vou fazer da vida dela um pesadelo.

Ele concordou e pegou a sua arma, colocando na cintura de volta. Nessa hora Mari e Pedro entram as pressas, olhando para nós como vilões da história.

Mari: Eu estou mesmo vendo aquela mulher, a assassina de Isa, saindo livre leve e solta? – Ela diz, incrédula e enfurecida.

Pesadelo: Sim tia. Mas não por muito tempo. – Afirmo, olhando para o DG.

Pedro: O que vocês fizeram? – Pedro perguntou.

DG: Algo que logo logo todos vão ver. Agora vamos, que eu preciso de um back rápido antes que fiquei louco nessa porra. Você vem? – DG diz, me chamando quando abre a porta.

Pesadelo: Não, tenho muita coisa pra fazer. – Digo. – E também eu só quero ficar sozinho.

DG: Firmeza.

Todos saíram e eu fiquei ali na sala, pensando. Eu estava achando isso muito estranho pro meu gosto. Era fácil demais, simples demais para ela.

“ Se ponha no meu lugar, pense como será a minha vida sem a minha mãe.”

Porra, as palavras da gringa não saiam da minha cabeça. Eu quero muito vingança,quero acabar com quem acabou comigo e minha família, mas eu não sou assim, eu posso até ter sido criado para isso, mas eu ainda não sou tão frio como todos pensam. E envolvendo Tiffany, eu era mais idiota ainda. Porra de paixão. Isso acaba com um homem, viu!
Por mais que ela seja filha da cadela, eu não conseguia fazer mal a ela. Eu sei como dói não ter uma mãe do lado, e ver ela pedindo isso pra mim doeu pra caralho. Ela merecia? Sim e como, mas Tiffany não.

Fiz umas 3 Carreirinhas na mesa com uma nota de 100 e acabei com elas em segundos. Só assim mesmo para esquecer esses problemas do caralho. Pego meus baguio e saio da sala, deixando o comando com gabala, um dos soldados ponta firme do morro.

Subo na minha R1 e sigo para casa, afim de relaxar. Sabe de uma coisa? Vou mandar dar um baile nessa porra. Hoje vou festejar, mesmo não estando no clima. E o resto ladrão...o resto é buraco!

Sangue nos olhos ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora