(Saga amores impossíveis.)
Livro completo, porém, sendo repostado.
A inocente Sofia, quando recém-nascida foi abandonada cruelmente no portão de um orfanato com uma caixa de música enrolada entre sua manta. Durante anos não houve respostas, ou até...
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"Seus olhos mostravam o vazio profundo da sua alma. O seu corpo mostrava o quanto ela estava condenada ao sofrimento."
Pietro Montserrat
Duas semanas depois...
As semanas seguintes foram cheias de preocupações e desgasto físico e um tanto psicológico. Em poucas horas vou conhecê-la, e cumprir a ultima vontade do irresponsável do Marco Montserrat. Eu estava arrependido pela decisão sem pensar, havia receio de coloca-la dentro da minha casa, e o pior deixa-la entrar na minha miserável vida. Passei longas semanas complicada resolvendo a situação dessa bastarda, e conseguindo os documentos necessários para sua guarda provisória. Maldito momento que aceitei tamanha responsabilidade.
—Espero que tenha terminado a decoração? — Falei, entrando em um dos quartos de hóspedes que em breve será da bastarda.
—Fiz o melhor que pude. —Jordan brincou.
Havia contratado Jordan, que além, de amigo era também o meu decorador particular, e funcionário da minha empresa. O contratei para reformar o quarto do segundo andar. Foi feito esse sacrifício especialmente para Sofia, que não tinha culpa do que aconteceu no passado do Marco Montserrat. Em diversos momentos da semana pensava em como ela sofreu durante anos por ser abandonada sem nenhuma explicação. Contudo, não fraquejaria, a trataria com o devido desprezo que a bastarda merecia.
— Nada mal para um trabalho de alguns dias, Jordan. —Falei surpreso com a decoração neutra e infantil.
— Fico lisonjeado que o grande arquiteto Pietro Montserrat, tenha gostado do meu trabalho. —Ergueu suas mãos para cima.—É difícil agrada-lo com alguma coisa.
—Não disse que havia gostado. —Comentei.
—Também não disse que não havia gostado. —Respondeu estendendo o valor dos custos num papel.
—Noventa mil dólares? — Questionei incrédulo, olhando para o papel.
—Sim. —Respondeu tranquilo.
—No mínimo esses pequenos reparos teriam custado cinquenta mil dólares. Porque está cobrando quarenta mil a mais de diferença?— O questionei.
— Você disse que tinha interesse em um trabalho rápido, pratico, e sem demora, isso custa dinheiro.—Rebateu irônico. —Além disso, esse quarto estava arruinado. Havia infiltração por toda parte, e tudo se encontrava inutilizável. Precisei contratar os melhores profissionais para deixa-lo habitável para uma adolescente, e comprei os melhores moveis.
— Não vou discutir com você sobre esses valores absurdos!. — Levei minhas mãos até meus cabelos. — Pegue o cheque com a minha secretaria amanhã. —Informei a ele.—Essa reforma me estressou e se fosse por mim, daria o quarto de empregados a bastarda!.
