(Proibida Pra Mim)

Capítulo Quarenta e cinco.

"Eu era menos frágil junto a você, mas tudo tratava-se de uma mentira."

Sofia Montserrat.

Continuava abraçando o Horácio, enquanto o Pietro estava se aproximando, contudo, no meio do percurso ele foi impedido pela sua noiva, que o puxou pelo braço o levando em direção há um grupo de pessoas que estavam conversando.

—Ainda bem que ele não se atreveu a vim aqui.—Sussurrei aliviada para mim mesma.

—O que aconteceu ?.—Horácio perguntou confuso.

Me separei do abraço e olhei para ele com alivio e medo da situação.

—Pietro, estava vindo até aqui e fiquei angustiada que uma possível briga pudesse acontecer.—Expliquei sem fôlego.—Não suportaria que ele o machucasse como o fez na noite passada.

Horácio olhou para mim tranquilo e depois sorriu, como se o meu relato não tivesse o deixado afetado. 

—Não fique preocupada comigo, princesa.—Murmurou calmo, pegando na minha mão.—Pietro Montserrat, não é tolo o suficiente para provocar um escândalo na festa do próprio noivado. Além disso, eu não estou com medo das consequências, o importante para mim é que você fique bem e tranquila, e que não pense em nada a não ser ficar comigo durante a noite toda.—Brincou

Mostrei um sorriso amável devido a maneira que ele pensava. Horácio sem duvidas era um homem diferente, o qual eu poderia me apaixonar se me esforçasse.

—Nunca ninguém pensou tanto em mim, como você pensa.—Revelei suspirando.

—Estou sendo honesto com você, a surra que levei não se compara nada com o prazer que tiver por aproveitar a sua companhia durante a noite, e quando beijei seus lábios não restou incertezas que encontrei o amor da minha vida.—Confessou serio.

—Horácio...Não sei o que dizer.—Falei trêmula. —Não acha que é cedo para afirmar que sou o amor da sua vida?.

—Não me resta duvidas que você seja aquela que vou me casar no futuro. Eu sei que ainda é muito cedo para propor um namoro, por que você ainda não me conhecer direito, mas, se possível quero que me conheça melhor em todos os aspectos e também deixe que eu a conheça. Sei que a sua alma é bela, assim como sua aparência, e pretendo lutar para que algum dia me aceite.—Sussurrou, aproximando-se de mim.—Estou entregue a você.—Disse por fim.

Antes que pudesse responder, o garçom apareceu e o ofereceu champanhe e algumas iguarias. Horácio pegou duas taças e entregou uma delas para mim, e depois agradeceu educadamente ao garçom, que foi servir outras pessoas.

—Vamos brindar?.—Sugeriu.

—Brindar a qual motivo?.— Inquiri.

—As pessoas brindam geralmente para comemorar coisas furteis como uma festa de noivado, casamentos, ou formatura e outros motivos. Eu sou diferente e acredito que devemos brindar coisas simples, como o fato de estar vivo, ou que tive muita sorte ao encontrar a mulher que no futuro será a minha namorada e se tudo ocorrer como planejei vai ser a minha esposa, e mãe dos meus oito filhos.—Riu, olhando de forma honesta para mim.

Fiquei com as bochechas coradas, quando ele disse isso. Horácio riu da minha reação, enquanto nossos rostos ficavam próximos um do outro. Meus lábios roçaram nos dele quase de imediato, e segundos depois ele havia me beijado. Existia a certeza dentro de mim, que o beijo dele não despertava nenhum sentimento, ou talvez alguma faísca. Contudo, daria a oportunidade de tentar ama-lo.

Os lábios dele eram macios e beijáveis, também eram habilidosos. Parecia que ele tinha o dom de beijar alguém do outro lado do mundo, e fazer a pessoa se derreter, mas, comigo a sensação era diferente. Não sentia conexão alguma, até parecia que ele nunca se tornaria alguém que pudesse me apaixonar no futuro.