Capítulo Vinte e Seis.

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"Milhões de borboletas voaram quando encontrei seus lábios sobre os meus."

Sofia Montserrat.

O senhor Pietro, chutou a porta do seu quarto com o pé que ficava no segundo andar. Nossos lábios permaneciam conectados um ao outro. O beijo retornava mudando de forma para algo calmo e sereno. Com delicadeza ele havia se deitado comigo na cama espaçosa e confortável, ficando por cima do meu corpo. 

—Sofia, tenho noção do perigo que estou correndo ao deseja-la igual uma adolescente idiota!.—Sussurrou entre os beijos.—Não posso mais conviver com a vontade que tenho de estar perto de você. Preciso tê-la ao meu lado.—Confessou apertando minha cintura com volúpia.—Preciso que seja minha!.—Declarou convicto. 

—P...Pietro.—Disse baixinho, enquanto retribuía os beijos.—Eu..Te. 

Não tive tempo para completar a frase que fazia presente em meu coração, pois ele me calou com um beijo profundo. Eu o amava, e o queria perto de mim, mesmo que para isso enfrenta-se muitos obstáculos, inclusive o seu coração empedrado que não o permitia nutrir nenhum sentimento. Passei meus dedos de leve sobre seus cabelos pretos, o puxando para mim. Suas mãos seguravam a minha cintura apertando-a com brutalidade na medida que me beijava.

Seus lábios não desgrudavam dos meus, e ouvia involuntários gemidos da parte dele, enquanto provava seus beijos. Aos poucos ele havia desgrudado sua boca da minha e começou a deposita alguns beijos sobre o meu pescoço e ombros.

—Como você pode ser tão perfeita, Vênus?.—Questionava, beijando levemente meu pescoço, e ombros em seguida.

Fiquei em silencio aproveitando a sensação agradável do seus beijos na minha pele, e seu toque suave que me causava arrepios. Sua mão direita foi até uma das minhas coxas, e aos poucos foi levantando a bainha do meu vestido. Metade de mim entrou em desespero, por que existia a possibilidade de que eu me entregasse ao senhor Pietro, que depois do ato sexual me desprezaria expressando-se a sua insensibilidade. Contudo, a outra parte queria ser entregar, e correr todos os riscos, apenas para ser dele de corpo e alma.

—Por favor, pare...Não posso.—Murmurei munida de coragem, e afastei sua mão da minha coxa em seguida, antes que o acontecesse algo que pudesse me arrepender.—  Eu não posso ser sua dessa maneira.—Expressei a minha opinião.  

Subitamente ele parou de beijar o meu pescoço, e levantou seu rosto, olhando confuso para mim.

—Lamento muito.—Sussurrou.—Não queria que as coisas entre nós chegassem a esse ponto.—Firmou suas duas mãos no meu rosto.—Sou o seu tutor, e deveria protegê-la ao invés de querê-la como.—Ele não completou a frase.—Peço perdão pela minha imprudência. 

—Eu...Gostei do que aconteceu só que não podemos.—Balbuciei trêmula, devido a forma intensa que ele me olhava.—Por favor, não seja malvado como a ultima vez que me beijou e depois se manifestou com palavras que me ofenderam profundamente.—Supliquei baixinho. 

—Não serei, Sofia.—Respondeu, fazendo alguns carinhos sobre o meu rosto.—O culpado fui eu, e não você. Espero que nunca mais isso aconteça, por que isso é imoral da minha parte, e proibido.

—É proibido por causa da sua namorada?.—Indaguei num fio de voz.

—Terminei com a Jennifer, como você mesma ouviu, e não tem volta. Só que ainda assim preciso me manter afastado, por quê você é proibida para mim, e não posso me dominar por um capricho que causaria consequências graves para ambos.—Declarou, saindo de cima do meu corpo, e levantando-se da cama.

—Que tipo de consequências?.—Perguntei, me sentando na cama e pegando um dos travesseiros de plumas, que contém o cheiro dele e o abraçando em seguida.

(Proibida Pra Mim)Onde histórias criam vida. Descubra agora