Capítulo Cinquenta e Seis. {Reta Final}

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"Não existirei sem o seu amor, para me aconchegar nos meus momentos sombrios."

Sofia Montserrat.

—Eu não permitirei que á leve embora daqui!.—Pietro se pronunciou furioso.—Ainda sou o tutor dela, e você não possui autoridade alguma para leva-la!—Ele se colocou na minha frente, como se quisesse me proteger do que veria á seguir.

O advogado Rômulo Belmonte colocou suas mãos no bolso do terno, e andou dois passos á frente antes de prosseguir.

—Essa inocente criança precisa de alguém que possa zela por ela, e você está fazendo o contrario do que foi designado a fazer!.—Retrucou serio.—Se soubesse que você seria capaz de manipular a pobre jovenzinha, jamais a teria deixado sobre os seus cuidados! Marco Montserrat, confiou que você cuidaria dela como um pai, e ao invés disso, abusou da inocência da Sofia Montserrat, e agora as pessoas tem convicção que ela era a sua amante!.—Levantou o seu tom de voz.—Tem ideia do que acabou de fazer?.

 Notei quando os dois se olharam com ódio e rancor, pois, era notável que existia mágoas entre ambas as partes. Eu estava apavorada, e com medo que o meu conto de fadas fosse destruído, existia o receio que Rômulo Belmonte fosse capaz de fazer. 

—Eu nunca abusaria da inocência da Sofia, pelo contrario do que pensa, eu cuidei dela quando o desgraçado do meu tio morreu, e você como grande amigo não quis se comprometer em busca-la no orfanato. Tem ideia do que ela sofreu durante dezessete anos? Ela foi maltratada pela gestora que além de tê-la submetido a humilhações contastes também deixou danos psicológicos.—Pietro respondeu a altura.—Nunca deveria ter aceitado o acordo idiota que me fez! Fui um tolo em presumir que o meu amor pela Sofia, fosse algo proibido. Eu a amo e me casarei com ela, e não vou me importar com as consequências dos meus atos!.  

—Sofia Montserrat, ainda é menor de idade, por tanto posso em questão de horas arruiná-lo se não conceder que ela vá embora comigo.— Rômulo Belmonte ameaçou.

—Faça o que bem entender Rômulo!.—Declarou entre os dentes.— Para leva-la de mim será necessário muito mais do que uma mera ameaça! Terá que me matar primeiro!.

—Parem, por favor.—Me pronunciei trêmula.—Eu estou cansada de tantos desentendimentos e brigas.—Me coloquei na frente dos dois.—Em questão de dias serei maior de idade, e terei direito as minhas próprias decisões! Não falem de mim, como se não estivesse presente!.—Olhei para os dois impetuosa. 

Ambos não esperavam a minha reação, pois, olharam para mim complexados e ficaram em silêncio, apenas observando as lágrimas que transbordaram dos meus olhos. Eu chorei por que estava cansada de tudo que aconteceu, e ainda estaria por vir. A minha relação com o Pietro Montserrat, era vista como proibida perante Rômulo Belmonte, e algumas pessoas que nos julgavam sem ter conhecimento dos obstáculos que enfrentamos para finalmente ficarmos juntos, e parecia que tudo que sonhei desmoronaria me levanto para o abismo sem fim do sofrimento.

—Vênus.—Pietro se pronunciou baixinho, colocando seus dedos no meu rosto e limpando minhas lágrimas.—Me perdoe, a minha intenção nunca foi deixa-la nesse estado.—Ele me abraçou forte, e beijou o topo dos meus cabelos.

Rômulo Belmonte, permaneceu parado no mesmo local pensativo, apenas olhando atentamente para mim, enquanto me afastei do abraço do Pietro. 

—Sofia Montserrat, não me apresentei devidamente.—Rômulo Belmonte, proferiu calmo.—Fui amigo do seu pai durante anos, e o advogado dele de confiança. Eu espero que no futuro possa ajuda-la em seus negócios, e também ensina-la como a administrar a herança que recebera em poucos dias.—Ele se aproximou de mim.—Peço desculpas por fazê-la chorar, mas existe situações que precisamos resolver.

(Proibida Pra Mim)Onde histórias criam vida. Descubra agora