Meu sábado com minha mãe foi muito bom. Conseguimos encontrar um lugar bem no centro de Portland para montar o Pet Shop. Dona Elena estava empolgada e esperava que essa empolgação não passasse. Eu quero que ela tenha uma renda garantida pelo resto da vida, sem depender de ninguém.
Christian havia me ligado irritado por eu não ter acordado ele. Vai entender esse homem. Faço o que ele quer, e o mesmo ainda me xinga. Eu não sei como lidar com ele. Fica parecendo que eu estou pisando em ovos sempre que é para eu tomar alguma decisão ou atitude. Fiz de tudo para vir cedo para não demorar e termos mais uma vez uma discussão, mas nada do que eu faço está bom, sempre tem algo errado. Achei que ele tinha me ligado para agradecer à mesa de café da manhã que deixei arrumada, porém nem isso ele se lembrou. Não que isso tivesse sido importante, mas como ele se liga em pequenos detalhes achei que era sobre isso que ele estava me ligando.
Cheguei em casa era duas da tarde. Depois de acharmos o lugar, eu almocei com mamãe e ainda revir alguns amigos e amigas da faculdade. Fomos todos para o restaurante e conversamos sobre tudo, até mesmo sobre eles não terem sido convidado para meu casamento. Dei uma desculpa qualquer e ficamos bem. Combinamos de nos encontrar novamente, seja em Seattle ou Portland. Eu fiquei muito feliz e animada com isso. Pelo menos não perdi minhas amizades. Trocamos telefone para sempre termos contato.
Assim que cheguei liguei para Christian, mas ele não me atendeu. Liguei três vezes e nada. Achei melhor deixar uma mensagem para ele saber que eu já estava em casa. Aproveitei e tomei um banho e me vestir com um short e uma blusinha de alcinha. Mesmo que o tempo lá fora esteja frio, aqui dentro está quente graças ao aquecedor que tem pela casa toda. Não tinha muito o que fazer então resolvi ver um filme.
Christian chegou e conversamos sobre minha ida à Portland. Ele queria saber de tudo que eu fiz com à minha mãe. Depois acabamos transando. Posso dizer que ele sabe como tratar uma mulher na cama. Isso eu não posso reclamar. E agora estávamos aqui no restaurante que ele fez questão de fechar só para nós. Fico impressionada com as coisas que ele faz.
- Me fale do seu pai? Ele pede curioso. Achei que ele sabia tudo da minha vida e da minha família. Mas vamos lá.
- O que você quer saber? Uma atendente aparece trazendo à carta de vinhos. Ele escolhe e logo ela nos deixa à sós novamente.
- Como ele era, quando conheceu à sua mãe. Não sei. Fale um pouco dele.
- Era o melhor homem do mundo. Desde criança ele sempre fazia minhas vontades e de Kate. Digo lembrando de como ele nos tratava. Mesmo não sendo filhas da mesma mãe, ele não fazia diferença. Claro que convive com ele até os quatros anos, era somente Mamãe, ele e eu. Depois à mãe de Kate morreu e ela foi morar com à gente. Éramos uma família muito unida, feliz. Mesmo minha mãe e Kate não suportando uma a outra nos saímos bem. Eram tempos bons e eu sinto falta disso. Sinto falta do meu pai. Queria entender algumas coisas, porém não tem mais jeito.
- Porque Kate e Elena não se suportavam?
- Kate nunca aceitou o fato do meu pai ter largado à mãe dela para ficar com à minha. E minha mãe nunca aceitou o fato de Kate ter ido morar com à gente. Mas era inevitável. Mamãe tinha que aceitar.
- E como eles se conheceram?
- Mamãe diz que ela trabalhava como secretária do papai na empresa que ele tinha, eles se apaixonaram e daí mamãe engravidou de mim e eles se casaram.
- Mas ele já estava separado da mãe de Kate? Eu não me orgulho de falar dessa história. O que minha mãe fez não foi certo. Jamais me envolveria com um homem casado.
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Vida Roubada.
FanfictionNos tempos antigos as famílias que eram bem vistas eram as famílias que tinham posse. Famílias ricas, com bens Inestimaveis. Enquanto as famílias pobres, ou famílias que perdiam seus bens recorriam a métodos de casar seus filhos para ter um pouco de...