Bônus

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Bom dia!!!

Meninas farei uma maratona hj. Postarei cinco CAP. Então aguardem mais tarde posto os outros três. Um ótimo domingo pra vcs. 😙😙😙😙😙

Há vinte um anos eu perdi minha menina dos olhos azuis. Depois de ter dois meninos, fiquei eufórico por saber que Carla estava esperando uma menina. Nós quatro ficamos felizes, porque os meninos também estavam animados por ter uma irmãzinha. Mas essa alegria durou pouco, quatro meses depois de ter ganhado nossa menina, de ter pego ela no colo e de ver aqueles olhos azuis que só me deixava feliz e realizado, à roubaram de nós. Sofremos muito. Anos após anos nos víamos cada vez mais afundados pela dor e pela tristeza de não vermos e nem termos mais à nossa garotinha em nossos braços.

Carla e eu fizemos o possível e o impossível para encontrá-la. Não sabemos o que na verdade aconteceu. No dia Carla estava na praça com nossa menina. Mirela, era um bebê lindo, de quatro meses, sempre risonha. Carla não trabalhava, mas nesse dia ela queria ir na empresa para almoçarmos juntos, então ela foi pra pracinha passear com nossa filha. De lá iríamos os três almoçar, já que os meninos estavam em suas atividades escolares. Carla disse que no dia uma mulher chegou perto dela e começaram à conversar sobre crianças. Essa mulher à chamou para conhecer sua bebê que já andava e estava brincando na areia, mas o que Carla não sabia era que assim que ela voltasse nossa menina já não estaria mais no carrinho de bebê dela. Alguém à levou e ninguém sabe quem foi.

Carla todos os dias ia na pracinha pra ver se encontrava à nossa filha, mas não tinha mais jeito. Alguém tinha à levado e não sabíamos de nada que pudesse nos levar ao paradeiro dela. À mulher que ela estava conversando parecia que não existia, pois ela sumiu do mapa. Nem detetive, nem à equipe de segurança, polícia, ninguém conseguiu encontrar parte da minha vida.

Elliot e Ethan viveram fora muito tempo, assim que completaram à maioridade não suportaram tanta pressão, e nem o sofrimento que expunhamos para eles. Foram morar fora e estudar. Mas voltaram cobrando que Carla e eu voltássemos as nossas vidas. E eu os entendia, estávamos anos sofrendo pela nossa menina, não dando atenção à eles, sendo que os mesmos merecia nosso amor, carinho e também atenção. Não deveríamos ter concordado com à ida deles para Londres, mas não tínhamos forças para dizer não, já que estávamos sofrendo. Então deixamos eles tomarem à decisão de irem embora e nos concentrar na nossa dor.

Carla havia se isolado definitivamente no quarto da nossa menina. E eu no nosso quarto. Vivemos assim durante anos, e quando os meninos voltaram pedindo para reagissemos. À cobrança foi tanta por parte deles, de Grace, Carrick e meu afilhado Christian que tivemos que fazê-lo. Mas ainda não tínhamos à felicidade na nossas vidas. Mesmo ali sentados durante o jantar com nossos filhos, à felicidade não estava completa. E eu sei que eles sentem. Ethan demonstra mais, porém sei que Elliot também sofre com nossa falta de atenção à eles. Ainda mais que tudo aconteceu quando eles ainda eram novos e precisavam demais da gente, porém nos importamos mais com o sumiço da nossa filha do que com eles.

Depois de tanto falar, eu resolvi ir à Fundação. Elliot havia me dito que Anastásia, esposa de Christian estava colocando ordem no lugar. Ela estava fazendo um ótimo trabalho com o lugar que nós criamos e deixamos abandonados. Eu queria conhecê-la e agradecer à mesma pela dedicação. Sair de casa deixando Carla ciente que estava indo à fundação.

Cheguei na Fundação e uma confusão estava na porta. Eu não estava entendendo nada. Sair do meu carro e fui direto para à porta de entrada. Um dos seguranças não queria me deixar entrar, mas à Fundação é minha e ninguém tem o direito de me impedir de entrar aqui.

- Me larga, essa Fundação é  minha. Entro nervoso por ele está me impedindo de entrar. Olho para um homem à minha frente e depois olho para à garota de olhos azuis. Esses olhos são únicos. Não é possível. Carla? Grito olhando pra ela. Cocei meus olhos parecendo não acreditar no que estava vendo. Mas sim, é ela, é à nossa menina. Parecida com à mãe quando mais nova. Carla? Começo à chorar caindo no chão. Eu não acredito que encontrei você. Digo chorando. Ela voltou pra mim, pra nós, Pra nossa família.

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