- PORRA, EU FALEI PRA VOCÊ FICAR LONGE DISSO - Ethan gritava com Micael enquanto andava de um lado para o outro - VOCÊ FOI PROCURAR A ALISSON?
- ERA O ÚNICO JEITO DE DESCOBRIR - cerrou os olhos bebendo seu uísque - E VOCÊ NEM PRA ME CONTAR QUE ELAS TINHAM UM CASO.
- NEM EU SABIA, E DEVIA SER EXCITANTE PRA PORRA.
- ETHAN!
- Cara, olha como você está - encarou Micael, parecia derrotado - eu disse que não era...
- Você disse isso, você disse aquilo. Me esquece um pouco, Ethan - encarou o copo - quem era essa Sophia pelo amor de Deus.
- Desculpa mas eu disse - falou com um pouco de medo - você agora deve reconhecer ela, sentar pra conversar.
- Eu não quero conversar nada, eu ainda estou atordoado.
- Foi um baque pra você mas olha, quando ela realmente quiser contar, você não vai querer escutar tudo de novo, ou vai?
- Eu nem sei o que eu quero mais, Ethan - respirou fundo.
- Não tem porque de ficar magoado, ela fez isso a milênios de anos atrás. E a Alisson é uma vagabunda, você deveria ter batido nela e trancado ela no banheiro.
- Agora eu vejo porque todo mundo odeia ela, se fosse eu não tiraria a razão.
- Ela mudou muito com esse acidente, por isso eu falo que a gente sempre tem um plano.
- Ethan, você tem ideia de quantos casamentos a Sophia destruiu?
- Eu não tenho mas deve ter sido vários - fez uma careta - não fica assim cara, deixa isso no passado, você gosta dela.
- E se alguém me parar um dia e apontar esse monte de merda na minha cara, como se eu fosse o culpado?
- porra, aí você está sendo dramático - pausou - ninguém vai fazer isso com você, eles nem sabem da existência da Sophia, só quando ela aparece pra pedir ajuda.
- Por isso, Ethan. Eu quero construir uma base com a Sophia, eu não quero ficar nessa frescura só, eu quero unir os laços.
- Você está me deixando com medo.
- Está entendendo o que eu estou falando? Eu amo a Sophia e eu não quero deixar ela sozinha.
- Tudo bem, mas o passado não vai interferir nada. Aquilo lá morreu, tá legal?
- QUE PORRA - gritou quebrando o copo na mão. O amigo arregalou os olhos.
- Sua mão já estava boa, né? - disse irônico indo buscar a vassoura e pá de lixo.
Micael não se importou enquanto via os cacos de vidro no chão, aquilo simbolizava o passado de Sophia e o líquido o futuro deles. Se aquilo se rompesse não daria mais pra voltar, só as lembranças a atormentaria, era cruel.
- Eu vou cobrar dez dólares por isso - o amigo varreu os cacos e jogou um pano absorvendo o uísque.
- Obrigado por cuidar das minhas loucuras.
- Amigo é pra essas coisas, só me prometa que não vai atazanar a Sophia com essa história.
- Se ela estiver pronta a dizer, eu vou escutar - engoliu seco - não querendo mas eu vou.
- Assim que se fala, agora arruma essa cara e chega de bebida - andou até a cozinha mas parou no caminho escutando a campainha.
- Pediu pizza? - virou-se ao amigo que tinha uma expressão engraçada.
- Não - franziu o cenho indo atender.
- Surpresa - a mãe de Micael sorriu passando pela porta. Ela, o pai e a irmã - pensou que não íamos comemorar a sua formatura?
Era a pior visita que poderia receber.
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As Sessões - The Sessions
RomanceRodeada de amigos, Sophia era a mais popular do grupo da faculdade. Em um acidente fatal acaba perdendo o movimento do corpo, tudo que precisava era de um doador para ter seus movimentos de volta, e um fisioterapeuta que cuidasse o máximo. Mal sabi...