- Ainda não acredito que fez aquilo com Alisson - Sophia riu.
- Ela aprendeu - Micael terminou de comer o churros - que tal ver um filme?
- Ah não, eu estou cansada - mentiu - com dor nas costas, pode ficar pra outro dia?
- Tudo bem, vamos embora então - o moreno levantou-se da mesa e foi até Sophia empurrando a cadeira. Saíram do shopping em pura harmonia, Micael dirigiu até a casa da loira.
- Você ainda não me mostrou os aparelhos novos - Sophia disse calma.
- Aparelhos?
- É, os da caixa.
- Nós vamos usá-los, mas não agora - virou o volante.
- Fiquei curiosa - sorriu encarando o moreno.
- Curiosidade matou a gata - brincou.
- Cheio de segredos, senhor Borges - encarou as mãos - você poderia pintar as minhas unhas.
- De novo?
- As mãos.
- Seus movimentos voltaram, isso é um ótimo exercício - Sophia bateu de leve no ombro dele que riu.
- Micael - o chamou.
- Sim?
- Você acha que vão achar um doador pra mim? - ele parou o carro no gramado chegando na casa.
- É meio delicado dizer, princesa - coçou a nuca e saiu do carro.
- Por que é delicado? - abriu a porta de Sophia a tirando de lá.
- Porque é delicado, isso é um processo lento - explicou colocando Sophia na cadeira - precisamos achar alguém compatível com seu sangue, fazer um checape no doador pra ver se ele não tem doenças, essas coisas.
- Tradução, vai demorar uma eternidade - revirou os olhos.
- Nem tanto - entraram em casa - prontinho, estamos em casa.
- Precisamos falar algo sério.
- Então me fale - sorriu enquanto se sentava na frente de Sophia.
- Seu terno, onde vamos comprar?
- Terno?
- Sim, pra formatura.
- De novo essa conversa? Meu Deus - revirou os olhos - você consegue ser mais insistente que a minha mãe.
- Minha sogra combina comigo, agora me diga onde vamos comprar o seu terno - a palavra sogra fez Micael sorrir a beça.
- Não vamos, está decidido.
- Micael, temos tempo até a formatura. Você tem que ir.
- É uma festa como todas as outras, acabou.
- Não é não, eu gostaria de fazer uma formatura - jogou um truque - acho que você iria gostar também.
- Meu Deus você quer muito que eu faça isso, não quer?
- Quero, de verdade - sorriu - por favor, me diga que vamos comprar um terno ou alugar.
Micael respirou fundo.
- Tudo bem - Sophia vibrou super animada.
- EU SABIA - bateu palmas toda contente - você vai ser o mais lindo de todos.
- Não me diga que você vai me vestir?
- Fiz algumas aulas de moda, pode ficar tranquilo - Micael negou com a cabeça, rindo.
- Eu amo tanto você, de verdade.
- Eu também amo muito você, de verdade - sorriram.
Micael aproximou-se dando um beijo nos lábios de Sophia, terno como ela gostava. A loira riu diante dos selinhos assim como ele, se amavam demais e não tinham dúvidas.
- O que vamos fazer agora? - Sophia perguntou a Micael que arrumava algumas de suas roupas na gaveta da loira.
- Está um sol de rachar.
- Aqui dentro está meio frio, pode ser o ar.
- Pode ser sim - assentiu.
- Tive uma ideia - sorriu.
- Seja lá qual for, tenho certeza que é...
- Super divertida e ninguém vai nos ver - sorriu cúmplice.
Seja lá o que estava pensando, viria merda.
Sophia pediu pra que Micael a levasse até a piscina, foram até o local, a loira brincou com ele antes de contar o que realmente iriam fazer.
- Isso é bom, é ótimo - riu consigo enquanto estava deitada na espreguiçadeira.
O sol batia em seu corpo totalmente nu, assim como no corpo de Micael.
- Você acha? - perguntou ainda de olhos fechados.
- Fazíamos muito isso quando ficávamos sem aula - Sophia lembrou - eu, Karen e Alisson.
- Qual é a graça disso aqui?
- Tomamos sol pelados, oras.
- Isso é uma forma educada de dizer a palavra tesão?
- Não, isso é algo comum pra mim. Nosso corpo pega sol onde não pegamos sol.
- Você é doida - riu leve.
- Não vale ficar excitado, senhor Borges.
- Não vale ficar com os mamilos duros, senhorita Abrahão.
Riram.
- Além das suas loucuras, eu amo você.
- Eu também amo você, e muito.
Deram as mãos, era algo inexplicável.
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As Sessões - The Sessions
RomanceRodeada de amigos, Sophia era a mais popular do grupo da faculdade. Em um acidente fatal acaba perdendo o movimento do corpo, tudo que precisava era de um doador para ter seus movimentos de volta, e um fisioterapeuta que cuidasse o máximo. Mal sabi...