Capítulo 169

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Não muito longe dali Sophia estava em outro corredor e em outro andar, deitada em uma maca especializada, a blusa levantada e um aparelho deslizando em seu ventre, o gel super gelado lhe arrepiando, e logo a imagem de seu bebê veio a aparecer no monitor ao seu lado.

- Você ainda está de dias, o que é ótimo para o desenvolvimento do bebê - a obstetra sorriu.

- O que é isso? - franziu a sobrancelha e apontou ao monitor.

- O coraçãozinho - voltou a sorrir - você deve estranhar no começo mas vai se acostumar.

Sophia encarava o monitor, nunca tinha visto aquilo na vida, uma parte de Micael estava ali, em seu ventre, crescendo.

- Eu sei, você está sem palavras - a obstetra largou o aparelho colocando de volta ao lugar.

- Não é algo normal, não pra mim - disse fria.

- Indesejada?

- O que?

- Sua gravidez, é indesejada?

Ela pensou bem antes de responder.

- Não - encarou sua barriga enquanto a mulher tirava o gel que havia sobrado.

- Demora um tempo até que se acostume, seu corpo vai entrar em uma grande mudança também - tirou o ultrassom envelopando - está sentindo muito enjoo?

- Sim, isso também é normal?

- Super normal, faz parte de toda a gravidez - entregou a Sophia.

- Então não preciso ficar surpresa - silabou baixo.

- Coloquei dentro do envelope seu ultrassom e toda a dieta que precisa fazer, andei olhando seu estado físico e como você era, o peso do bebê vai te chocar um pouco.

- Nada que não me deixe mais aflita - riu falsa.

- Te vejo no mês que vem, e cuide bem desse bebê.

- Obrigada, até mais - saiu da maca com o envelope na mão, deixou a sala da obstetra e entrou no elevador.

Assim que ia saindo deu de cara com Ethan e Micael rindo, os dois pararam automaticamente.

- Sophia - Ethan sorriu.

- Sophia? - Micael franziu o cenho.

- Eu vou subindo, te vejo lá - o amigo bateu nas costas de Micael e entrou ao elevador, Sophia saiu encarando o noivo.

- O que faz aqui? - estava preocupado.

- Ultrassom - balançou o envelope.

- Por que não me chamou?

- Eu não quero que ninguém saiba.

- Por que? Por Deus, Sophia. Que infantilidade.

- Chega desse assunto, por favor - apertou os olhos.

- O que a obstetra te disse?

- Tudo que eu já tinha que saber, ou que você mentiu pra mim.

- Em qual parte eu menti pra você?

- Na parte em que meu corpo vai sofrer alterações - imitou a obstetra.

- Você acha que vai ficar com essa barriga definida até o final da gestação? - achou graça.

- Você entendeu o que eu quis dizer.

- Entendi sim - cruzou os braços - mudanças são só uma pequena fase da gravidez, fora o seu humor que também vai mudar.

- E quem disse uma baboseira dessa? - foi a vez dela achar graça.

- Seu humor já está mudando, só você que não vê.

- Quer saber? Eu vou embora - encarou os lados.

- Como você veio?

- Táxi.

- Eu já te disse que quando precisar é só me ligar.

- Você estava trabalhando, eu não quero atrapalhar.

- Você nunca atrapalha - chegou perto da loira.

- É pequeno, e parece um feijãozinho - Micael riu.

- É? - sorriram.

- Sim, ela me disse que estou com dias. E me passou uma dieta por conta dos problemas que eu tive.

- No caso a coluna, é - coçou o maxilar - ela pensou bem.

- É estranho ver que está dentro de você, não sei - ficou pensando, Micael só observava - é tão pequeno.

- Mas vai crescer, e quando mais crescer mais você vai se apaixonar.

- Eu acho que não.

- Pode apostar que sim - sorriu dando um beijo em seus lábios.

- De verdade, eu preciso ir.

- Eu vou te levar.

- Você está em horário de trabalho.

- Que se dane, eu falo as meninas que fui levar você.

- Espertinho - se beijaram.

Micael acompanhou Sophia até a porta do hospital, iria levar a loira até em casa.

Em casa tudo mudaria.

As Sessões - The SessionsOnde histórias criam vida. Descubra agora