Lá fora Ethan e Micael pegavam lenhas pra fogueira, o moreno conseguiu o triplo do que Ethan, afinal o amigo estava cansado de cortar tocos das árvores.
- Você é muito boiola - Micael riu.
- Boiola? Isso aqui está difícil de cortar - deixou as lenhas em um carrinho.
- Que tal fazermos a fogueira aqui?
- Você acha uma boa opção?
- Não sei, preciso ver com as meninas.
- Traduzindo, você precisa ver com Sophia.
- Ciúmes?
- Cuidando do que é meu.
- Acontece que Karen ainda não é sua.
- Eu quem o diga com Sophia.
- Meu Deus - revirou os olhos.
- Brigando com o ex dela? Está a esse ponto, Micael?
- Nem me fale - pausou - ele é um escroto, mas ela acabou com ele.
- E toda essa briga começou por que?
- Por um simples comentário que Karen fez lá na casa dela.
- Que tipo de comentário? - franziu a sobrancelha.
- Sorvete de napolitano na hora do sexo.
- Na hora do sexo? - fez uma cara estranha - tipo uma preliminar?
- É.
- E por que a Karen disse isso?
- A gente estava tomando sorvete dai ela riu sozinha, lembrou a Sophia que esse ex dela praticava sexo com sorvete de napolitano.
- Mas ele passava no pau e metia junto com o sorvete?
- Ethan, você tomou aquele remédio que te deixa lerdo de novo?
- Você não explica - gesticulou - achei maneira essa ideia.
- Ah, super maneira - Micael levou a última lenha até o carrinho.
- Me diz que não? Imagine, a sua mina deitada toda peladinha pronta pra você - esfregou as mãos - aí você passa o sorvete de creme no bico do peito dela, depois o sorvete de morango pela barriga até descer lá em baixo, e depois...
- Caralho Ethan, já chega - o moreno desviou o olhar.
- Ficou com vontade, não é?
- Pega o carrinho de lenhas, estou indo pra casa - saiu andando deixando Ethan sozinho.
- Seu filho de uma égua - xingou - olha o tanto de lenha que eu vou ter que levar.
- Você consegue.
Micael andou até a casa novamente, entrou na sala e não viu as meninas, o mesmo na cozinha. Decidiu subir as escadas e procurar nos quartos.
Karen não conseguiria subir com Sophia no colo, as duas eram frágeis demais.
- Meninas? - saiu na varanda - KAREN a gritou - SOPHIA - gritou novamente.
Ficou alguns minutos gritando, nada delas.
- Está berrando por que? Perdeu alguma coisa? - Ethan apareceu meio cansado.
- Elas sumiram - disse preocupado - não estão aqui dentro.
- Pra onde foram?
- Se eu soubesse não estaria gritando feito um louco.
- Fica calmo, tá legal? A gente vai achar elas, não devem ter ido muito longe.
- A questão é - encarou o redor - a fazenda é enorme, quando juntam as duas coisa boa não sai.
- Elas não devem ter ido muito longe, e Karen deve saber do lugar como a palma da mão dela.
- Que merda - Micael pegou o celular discando o número de Karen.
- Micael, a gente está na fazenda - Ethan achou o cúmulo.
- Merda - grunhiu - não têm sinal.
- Eu disse - cruzou os braços - o que vamos fazer agora?
- Vamos sair por aí e procurá-las.
- Você acha mesmo que eu vou entrar nesse matagal todo com você?
- Está com medo de eu colocar a cabeça do meu pau na sua boca? - Ethan revirou os olhos.
- Eu vejo muito filme de terror e geralmente aparece alguma coisa.
- Ah claro, vai sair um E.T do milharal.
- Aconteceu isso no Texas.
- Você é muito boiola - riu consigo - vem, vamos achá-las.
- Tá bom, tá bom - se acalmou - por onde vamos primeiro?
- Vamos nesse sentido aqui - apontou - tem um gramado grande, lá em baixo tem alguma coisa que eu não consegui identificar ainda.
- Acho que é um celeiro.
- Karen tem cavalos? - mostrou o beiço como fazia quando tinha alguma dúvida.
- Deve ter - deu de ombros - vamos logo, jaja anoitece e não conseguimos fazer nada.
- Quer saber, vamos nos separar.
- AH QUE LEGAL, AÍ A GENTE SE PERDE - Ethan ficou desesperado.
- Tudo bem, Ethan - Micael respirou cansado - fique aqui, onde estamos, não saia daí. Eu vou procurá-las.
- E se você demorar pra voltar?
- Eu não vou demorar, juro - saiu andando atras das duas.
Afinal, onde se meteram?
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As Sessões - The Sessions
RomansaRodeada de amigos, Sophia era a mais popular do grupo da faculdade. Em um acidente fatal acaba perdendo o movimento do corpo, tudo que precisava era de um doador para ter seus movimentos de volta, e um fisioterapeuta que cuidasse o máximo. Mal sabi...