Capítulo 133

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Lá estava Sophia no banheiro, sentada com as pernas abertas na tampa do sanitário, sem calcinha, tinha o indicador roçando em sua intimidade não aguentando aquela agonia, franziu o cenho e abriu os lábios se aliviando, aquilo estava a matando.

Voltou o dedo olhando a pele, uma gotícula de sangue desenhou o local, Sophia ficou pasma. Se entortou até o gabinete pegando um pequeno espelho, centrou no meio das pernas e verificou.

O tesão estava saindo caro. Estava machucada.

Balançou a cabeça mas não ligou, apenas pegou um absorvente diário no gabinete arrumando na calcinha, vestiu-se e saiu do cômodo.

- O que estava fazendo? - Micael a parou no corredor, estava sem blusa, apenas com uma calça jeans e o cinto frouxo. Cruzou os braços.

- No banheiro, oras - riu incrédula - me especulando até aí, que horror.

- Desculpe, eu pensei que estivesse acontecido alguma coisa.

- Por minutos pensei que estivesse querendo cheirar - olhou com graça ao namorado que mostrou a língua.

Sophia riu.

Andou com dificuldade o corredor, Micael prestou a atenção.

- Você está bem? - o tom de preocupação era alto.

- Estou sim, são só alguns cortes - engoliu seco, ele queria se matar por isso.

- Eu vou na farmácia comprar alguma pomada pra aliviar.

- Não precisa - o parou - eu estou bem, é como se fosse uma assadura.

- Você está sentindo alguma coisa? - cruzou os braços.

Sophia entendeu a tática da pergunta, não tinha mais vergonha de Micael, não poderia esconder se não ele descobriria, o negócio era contar.

- Estava me masturbando - piscou os olhos azuis em transe - e sangrei.

- Muito?

- Bem pouco, coloquei um absorvente - encarou o chão fugindo do assunto.

- Eu sinto...

- Está tudo bem, conversamos sobre isso. O que fica no quarto é restrito - sorriu leve.

- É, restrito - coçou a nuca - Karen ligou enquanto estava no banheiro.

- O que ela queria? - andaram até a cozinha.

- Perguntar, saber se você estava bem.

- E o que você disse? - pegou uma banana a descascando.

- Disse que você estava - disse óbvio - quer visitá-la?

- Não sei, parece uma boa ideia?

- Você é quem sabe - cruzou os braços novamente - se quiser, estou disponível.

- Acho melhor não, ela quer descansar um pouco da viagem - terminou de comer - eu estava pensando em outra coisa.

- Que coisa? - arqueou a sobrancelha.

- Podíamos ir no seu apartamento, não sei. Essa casa está me dando um tédio - escondeu os ombros.

- Tédio? - achou graça.

- Sim, a gente fica aqui o dia todo.

- Você está diferente - Micael tinha uma cara engraçada.

- Como assim?

- Não sei, esta estranha, de um jeito bom.

- Onde você quer chegar? - sorriu.

- Já sei, está com cólica?

- O QUE? - Sophia morreu de rir.

- Está ansiosa pra alguma coisa?

- Não - cruzou os braços.

- Você achou alguma coisa antiga e agora está feliz?

- Não, não e não - riu - você é doidinho mesmo - andou até o moreno beijando seus lábios.

- Você que está diferente.

- Eu só quero sair pra algum lugar, o que você acha?

- E você quer ir pro meu apartamento? - semicerrou os olhos.

- Uma boa opção, parece que você não gosta de me levar lá.

- E quem disse uma besteira dessas?

- Eu - riu, Micael a abraçou.

- Você é muito boba, meu Deus - eles riram após os beijos apaixonados.

- Aprendi com o melhor.

- Hum, então está bem - sorriu - vou te levar no meu apartamento, mas com uma condição.

- Qual? - umedeceu os lábios.

- Vamos fazer uma brincadeira.

- Me conta - estava muito curiosa.

- Eu vou ir no meu apartamento e te deixar aqui, quero que se arrume e tente ficar mais linda do que já é - ela sorriu.

- O que você vai aprontar?

- Vamos fingir que esse é o nosso primeiro encontro, como em um site de relacionamentos.

- Safado - bateu de leve nos ombros do namorado.

- Você topa?

- Com certeza - o beijou - me pegue ás sete e meia.

- Combinado, sete e meia.

Tinham um encontro, ás sete e meia.

As Sessões - The SessionsOnde histórias criam vida. Descubra agora