Capítulo 61

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- Meu Deus, eu estou muito bêbada - a menina segurou no balcão.

- O bar já está fechando - Micael também estava bêbado.

- Que bar inútil.

- Vamos, vamos - escorou ela em seus ombros.

- Pra onde vamos? - segurou o tênis nas mãos.

- Vamos comer em algum lugar - optou antes do celular da mesma vibrar novamente.

- Merda, ele quer transar - mostrou a foto do homem em que mandava mensagens.

- Me dá isso aqui - pegou o celular dela que sentiu graça, digitou - estou ocupada comendo nuggets, trepamos depois.

Ela gargalhou.

- Não acredito que mandou isso - ficou boquiaberta - ele vai ficar confuso.

- Ele vai bater punheta - segurou ela novamente enquanto andavam cambaleando sobre a calçada.

- Onde vamos comer? - encarou Micael.

- Em qualquer porra que estiver aberta.

- Tá, mas em qual porra? - riu.

- Que horas são? - encarou o celular dela - que merda, passou muito rápido.

- Podemos achar alguma porra vinte e quatro horas, que tal? - o moreno riu novamente da graça que ela fazia.

- É uma boa - assentiu procurando um restaurante que estivesse aberto.

Pegaram o carro do moreno indo até a um restaurante a duas quadras do bar. Entraram bêbados e morrendo de fome, pegaram uma mesa fazendo os pedidos.

- Essa porra é muito chique pra gente jantar a essa hora - ela encarou o cardápio.

- Eu estou morrendo de fome, e bêbado.

- Somos dois - o garçom veio - eu quero isso aqui, eu não estou conseguindo ler, mas eu quero.

- Isso é risoto de camarão com abóbora - o garçom sorriu gentilmente - e você, senhor?

- Eu quero o mesmo que ela, digerindo está ótimo - sorriu ao garçom que teve graça nos lábios. Já sabia que estavam bêbados.

O garçom retirou os cardápios deixando os dois a sós novamente.

- Onde você mora?

- Moovit.

- Traduzindo, lá na puta que pariu - ela riu.

- Ainda bem que você sabe.

- Isso é nostálgico e louco.

- Por que acha isso? - sorriu.

- Faz anos que não me sinto assim.

- Assim de que jeito? Me contar seria mais fácil.

- De um jeito louco, e adolescente.

- Você diz, beber com uma estranha e comer risoto de camarão as quatro e quarenta da manhã? - riram.

- Tecnicamente isso - se relaxou na cadeira.

- Senhores, a comida de vocês - o garçom trouxe os pratos - bom apetite.

- O cheiro me deu tesão - ela riu consigo pegando os talheres. Micael observou cada detalhe, o que estava fazendo? Era obsessivo de bom, tinha uma paz grande com ela ali.

Os dois terminaram de comer, Micael com seu cavalheirismo de bêbado pagou a conta. O teor alcoólico tinha passado um pouco de suas veias, nada que uma boa comida superasse. Andaram até o carro do moreno que partiu pro seu apartamento, afinal ela morava muito longe, e o dia já estava nascendo, o céu claro e nublado começava a surgir.

- Mi casa su casa - Micael abriu a porta de seu apartamento dando passagem a ela que sorriu, largou a bolsa delicadamente no sofá.

- Você mora aqui sozinho? - encarou a grande janela com o clima admiravelmente delicioso.

- Eu moro - escorou no balcão observando ela que tinha os braços cruzados.

- Eu amei o seu apartamento, tem a sua cara - sorriu.

- Eu não acho - tinha graça nos lábios.

- Já sei - encarou Micael - você é médico, mas não sei qual.

- Como sabe que sou médico? - esperta.

- O troféu ali em cima diz tudo, e o certificado também - andou até eles - fisioterapeuta. Micael.

- Você é muito esperta, e agora sabe o meu nome.

- Gab - deu as mãos brincando com ele - prazer.

- Prazer é meu, Gab - ela riu.

- O prazer é todo nosso, nunca se esqueça disso - encarou o moreno que estava quieto observando seus lábios.

Se entreolharam como faziam iniciando um beijo calmo, tão calmo que o barulho das línguas se chocando era mais forte naquele apartamento vazio. Micael colocou as mãos no corpo da menina que enrijeceu toda, subiu a blusa em que usava chegando na carne de seus seios pequenos e durinhos, retirou o pano não parando de beijar Gab.

Fez questão dela mesma tirar a calça jeans em que estava despachando pelo chão, o moreno enlaçou as mãos no pano fino da calcinha puxando pra si, passando pelas pernas torneadas da menina que agora estava nua em seu braços.

- Vem, vamos pro quarto - disse ainda aos beijos.

- Me leva pra onde você quiser - sussurrou em seu ouvido fazendo o moreno se arrepiar.

No quarto a luz perfeita do clima nublado amanhecendo permaneceu o local, Gab encaixou em Micael enquanto o moreno estava sentado na cama alisando seu corpo, os beijos quentes e envolventes dos dois dava mais vontade e desejo, se deliciaram, ela era um mar de emoções. O moreno alisou suas costas enquanto ela se movimentava calma e lentamente contando que cada segundo fossem horas, alisou o cabelo de Micael que cheirou seu pescoço em tom de permanecer ali. Arqueou as costas e sentiu a boca carnuda e quente dele sugar seus mamilos túmidos, massagear um e se deliciar em outro. As sucções frenéticas em que transavam foram pausando os beijos, Gab tinha um silêncio desejável fazendo Micael perder a noção, era como se morresse e diretamente fosse pro céu. Sentiu os cabelos molhados de suor dela bater nas costas da mesma, a palma de sua mão tocou levemente, apalpou a bunda da menina enquanto ela cavalgava naquela mesma tranquilidade.

Não importava mais nada a Micael ali.

As Sessões - The SessionsOnde histórias criam vida. Descubra agora