- Amor - Sophia pulou em cima do noivo que a encheu de beijos - estava com saudade de você.
- Eu também estava morrendo de saudade sua - a beijou novamente.
- E aí? Como foi no primeiro dia de trabalho?
- Foi ótimo, atendi uns deus pacientes. Pro primeiro dia está bom demais.
- Meu doutor - selou seus lábios ao dele - eu fui na Karen hoje.
- E aí?
- Ela está mal, ainda. Eu entendo - pausou - o Ethan então, péssimo.
- Imagino, eu encontrei ele voltando ao hospital. Deve ser uma barra enorme.
- Nem me fale, espero que ele saiam dessa.
- Vão sair - abraçou a noiva - agora, será que você pode matar a minha saudade que é muita?
- Posso sim - agarrou Micael dando beijos no moreno.
Como conseguiam esse fogo todo? Era inexplicável.
- Calma, calma - o parou - deveríamos maneirar um pouco.
- Você quer maneirar?
- Claro que não, mas é necessário - sorriu - às vezes, quando a gente não se aguentar.
- Eu fiquei o dia todo fora, eu quero uma recompensa de saudade.
- Nossa recompensa de saudade vai ser bem leve hoje - pegou nas mãos do moreno o levando pra fora.
- Onde estamos indo?
- Fazer uma coisa que eu adorava - andaram até a piscina.
Micael a encarou.
- Você gostava de levar os outros pra piscina? - achou graça.
- Não, bobo - sorriu - gostava de deitar nas cadeiras e ficar conversando, enquanto o dia ia embora, a água da piscina fica surreal.
Ok, Sophia era meio pensadora às vezes, e Micael tentava entender o enigma Abrahão.
- Tudo bem - andou até uma espreguiçadeira deitando seu corpo, esperou pela loira que fez o mesmo.
Estavam encarando a piscina, um silêncio gostoso, a água da piscina muito limpa, e o som de alguns pássaros que passavam por ali.
- Você gostava de fazer isso? - olhou ela.
- Gostava, eu fazia muito isso com um amigo meu.
- Um amigo seu? - arqueou uma sobrancelha.
- Ele é gay, não precisa o ciúme.
- Não sei, você não me disse nada que tinha um amigo gay.
- Para de ciúmes, pode ser? - achou graça.
Ficaram em silêncio novamente.
- Gab está grávida - silabou fazendo Sophia ficar incrédula.
- Como sabe disso?
- Vi ela hoje no hospital, foi fazer uma ultrassonografia.
- E aproveitou pra te ver? - disse irônica.
- Nós encontramos no corredor, ela tinha acabado de sair da consulta.
- De quem é o filho?
- Daquele cara com quem ela estava, você lembra? No hotel.
- Uau, ela foi rápida. Também, aproveitadora do jeito que ela é.
- Coitada dela, amor - riu.
- Você adora defender não é? Micael, Micael...
- Eu não gosto de defender ninguém, pra deixar bem claro - pausou - só defendo você.
- Muito bom mesmo.
O silêncio tomou conta, pela terceira vez.
- Eu quero transar aqui - encarou Micael que arregalou os olhos.
Lá estavam os dois, suados e cansados por terem transado vinte minutos, ajuntaram as espreguiçadeiras assim facilitando, de um lado Sophia, nua e cansada com a respiração ofegante, Micael do outro, nu e com a respiração ofegante também. Onde iriam parar?
Sophia se virou deitando de bruços.
- Eu pensava que era louco.
- Você está me chamando de louca? - o cansaço tinha batido.
- Um pouco - riu leve.
- Eu estou com sono, quer dizer, estou cansada.
- Eu acredito na sua possibilidade de estar com sono.
- Uhum - fechou os olhos - você quer de novo?
- Eu gostaria muito mas estou cansado, preciso de um banho, e de preferência com você.
- Nem pensar, se tomarmos banho juntos iremos transar novamente.
- Isso não é bom?
- É, mas estamos cansados. Vamos descansar.
- Aqui? Tem certeza?
- O que tem? Ninguém está vendo a gente.
- Amor, vamos pra dentro.
- Eu não consigo ir - reclamou ainda de olhos fechados - que tal a gente relaxar aqui, olha o ventinho que está batendo, uma delicia.
- Safadinha - brincou com a loira.
- Tive com quem aprender.
- Vamos, eu te carrego.
Sophia não disse nada, apenas sentiu Micael a pegar no colo a levando até o quarto novamente, estava nua nos braços do moreno, e cansada.
Afinal, transar em lugares diferentes lhe trazia muito cansaço, ainda mais com Micael.
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As Sessões - The Sessions
RomanceRodeada de amigos, Sophia era a mais popular do grupo da faculdade. Em um acidente fatal acaba perdendo o movimento do corpo, tudo que precisava era de um doador para ter seus movimentos de volta, e um fisioterapeuta que cuidasse o máximo. Mal sabi...