Estripador

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Oi meus lindões e lindonas, então:
O capítulo "Estripador" foi se escrevendo de um jeito beeem fácil, mas pra fechar do jeito que eu queria ele acabou ficando naturalmente mais curto que o normal.

Então, pra fazer um agradin, decidi postar mais cedo e acabar logo com o suspense heheheheh

Espero que gostem (e comentem muito pra fazer essa escritora carente feliz) ♥️

Beijos

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O dia começou como já era de costume.

O despertador tocou naquele bipe grave e estridente feito uma buzina - E eu me levantei na mesma hora, quase que involuntariamente. Tomei um banho frio, e troquei de roupa.

Fui para a cozinha, preparei ovos mexidos com bacon e café... E comi sozinho - Desde que Sam tinha ido embora eu sempre comia sozinho.

Preferia assim.

Assistir ele descontando toda a raiva do porre no café da manhã, dia após dia, simplesmente acabava com o apetite de qualquer um.

Chequei o celular para ver se havia alguma mensagem dele.

E de novo... Não havia nada.

Recolhi o prato e os talheres.

Lavei a louça.

E comecei a limpar todo o resto da cozinha; tirei o pó quase inexistente de todos os eletrodomésticos, passei pano no chão e organizei de novo algumas panelas no fundo dos armários.

Saí de lá e fui direto para os quartos.

Limpei o meu primeiro, depois o de Sam, e o dela por último - Sempre tentando deixar tudo exatamente como ela deixou: O violão azul no canto... Os livros do Nicholas Sparks que eu sempre tinha zoado e tentado fazê-los sumir, dessa vez bem guardados e limpos na estante, feito troféus.... E os boxes das séries que ninguém assiste em cima da penteadeira que deveria servir para guardar maquiagem.

Mas ela achava desperdício de espaço.

Tranquei a porta assim que acabei, guardei a chave no meu bolso, de onde ela nunca saía, e fui para a sala de leitura.

Recolhi os livros que eu tinha lido na noite passada e varri o chão; espanei os abajures e as estantes; tirei as pequenas teias de aranha que tinham se formado nos lustres de ontem para cá, e então, finalmente, fui para a última parte da rotina do bunker.

Levei todos os materiais para o banheiro e joguei água com sabão em tudo - Esfreguei os azulejos, os vidros, os espelhos... E troquei todos os tapetes que eu já tinha trocado antes pelo menos 6 vezes naquela semana.

Eu trocava todos os dias.

Eu limpava tudo... Todos os dias.

Assim que terminei fui no meu quarto pegar uma jaqueta e as chaves do carro; no caminho fui ao banheiro de novo para escovar os dentes mais uma vez; sempre de costas para o espelho, é claro. Eu já não conseguia mais me olhar diretamente nele há meses.

Eu sempre acabava vendo ela no meu reflexo.

Apaguei todas as luzes do bunker, subi as escadas e saí na quase tempestade de neve do lado de fora.

No caminho para o carro ainda olhei de relance para o Impala estacionado próximo às moitas... Já estava ali há sei lá quantos anos, parado. E eu ainda não tinha ideia de quando iria querer entrar nele de novo.

Na verdade, eu sabia bem.

Só não queria pensar a respeito.

Não era bom que eu pensasse demais a respeito de nada - A última cidade pequena que eu tinha tentado exterminar que o diga.

A Menina Dos WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora