Talvez Nunca Mais

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Tem criança inocente lendo essa fanfic não, né?

Beleza, só pra checar, boa leitura ♥️

Heheheheheh

*******

"Onde ela está?" - Perguntei de assalto assim que Dean abriu a porta do bunker para me receber no meio da chuva forte do bosque; mesmo que na realidade o fato fosse que eu não estava disposto a lhe dar tempo para responder - Saí entrando antes que ele dissesse qualquer palavra, tirando o casaco encharcado e removendo o cabelo ensopado do meu rosto para encarar o momento com o qual eu sonhei e tive pesadelos pelos últimos dois anos.

Ainda assim ele não se deu por vencido.

Murmurou nas minhas costas, enquanto eu já descia as escadas apressadamente, quase correndo - "Tudo bem cara, se acalma. Não vai com tanta sede ao pote".

"Dane-se a sede e dane-se o pote. Cadê a Nina?" - Rebati na lata vasculhando a sala de leitura tremendo atrás de algum sinal dela e já adentrando o corredor seguinte assim que não achei nenhum.

Mas ele continuou vindo atrás de mim incansavelmente.

"Sam, para. A gente tem que conversar" - Advertiu, tentando acompanhar meu passo na ala que dava para os quartos.

"Conversamos depois. Ela está aqui, não está?" - Eu não tinha conseguido falar com Dean mais nenhuma vez depois que ele ligou dizendo que precisava da minha ajuda; nenhuma vez nas dezoito horas de viagem de volta para casa que se seguiram e eu bem tentei. Mas ele não atendeu mais nenhuma das minhas ligações.

Isso me tirou do sério.

Mas também só confirmou ainda mais para mim que ele estava com ela.

"Não. Nós temos que conversar agora, para e me escuta" - Ele respondeu firmemente e eu o ignorei sem dificuldade, soltando um grito no corredor:

"Nina!" - A chamei sem hesitar, confuso por ela não ter vindo me encontrar ainda; mas ao invés de uma resposta, tudo o que eu ganhei foi Dean agarrando meu braço e me empurrando contra a parede.

"Cala essa boca!" - Mandou baixo, quase sussurrando, num rosnado; com verdadeira irritação nos olhos. Livrei-me da mão dele na mesma hora, mas ele insistiu - "Eu não vou deixar você chegar perto dela assim, você tem que se acalmar".

"Não me diga o que fazer. Eu quero vê-la. Agora. Me diz onde ela está" - Mandei, perdendo a paciência também.

"Sam..." - Suspirou, tentando achar as palavras certas - "Só vem comigo até a cozinha por cinco minutos, eu quero te explicar as coisas".

"Que coisas?!".

"Nada é mais como era antes, está bem? Se você entrar lá assim vai acabar assustando ela, e se isso acontecer você vai estragar todo o progresso que eu já fiz".

"Chega" - Respondi na hora e dei-lhe as costas para deixá-lo falando sozinho, sem o menor saco para ter calma e tentar entender o que ele queria dizer com aquilo. Avancei na direção da porta do quarto dela, que estava há dois metros de mim.

"Ei! Para! Você tem que..." - Ele tentou agarrar meu braço de novo, mas eu fui mais rápido; alcancei a porta entes que ele pudesse me deter e a abri sem cerimônias, já tremendo dos pés a cabeça.

Mas tudo o que eu vi lá dentro foi uma cama impecavelmente feita e todas as outras coisas dela. Nem sinal da Nina.

Travei a mandíbula.

Fechei as mãos em punhos.

Olhei para trás devagar e sem planejar nem por um instante encarei Dean com acusação e repulsa - Claro que ela não estava no quarto dela, e sim no dele.

A Menina Dos WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora