//Capítulo 64//

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Dia seguinte...

(...)

Júlia: vocês estão me deixando nervosa. - Fala nos olhando.

Eu: não é uma coisa fácil de falar Júlia. - Falo olhando-a.

Joaquim: nada fácil. - Fala suspirando.

Felipe: falem logo por favor. - Fala nos olhando.

Joaquim: o nosso pai, que estava morto até ontem.. não está morto. - Fala olhando-os.

Júlia: como é? - Pergunta olhando-o.

Joaquim: pois é e a nossa mãe também não estaria se ele não tivesse matado ela. - Fala olhando-os.

Júlia: como ele pôde ser tão filho da mãe? Por que? - Pergunta chorando.

Joaquim: não tem um porquê certo Júlia, ele disse que odeia ela e a gente também, ele está totalmente diferente da última vez em que o vimos. - Fala olhando-a.

Felipe se levanta e sai batendo a porta.

Joaquim: vou conversar com ele. - Fala saindo em seguida e eu me sento ao lado de Júlia a abraçando.

Ela chorou muito e eu deixei, ela precisava disso, colocar pra fora.

Perdi as contas de quantas vezes ela me perguntou e se perguntou "por que?"

*Povs Manu Of*

*Povs Joaquim on*

Eu: Felipe, espera cara. - Falo andando atrás do mesmo.

Felipe: que merda..por que ele fez isso? Por que ele foi tão filho da mãe? - Pergunta se virando pra mim.

Eu: vem cá. - Falo puxando ele pra praça mais perto.

Me sento embaixo de uma árvore e ele se senta ao meu lado.

Eu: eu perguntei isso pra ele.."por que?"...ele disse que nunca quis ter filhos Felipe, disse que nunca gostou de ter pirralhos pela casa, quem queria isso era nossa mãe. - Falo segurando o choro.

Felipe: e por isso ele matou ela? Não precisava disso, era só ir embora..ele foi embora e ainda tirou o que a gente tinha de mais precioso. - Fala me olhando e eu assinto.

Eu: sim, mas aconteceu e não tem como voltar no tempo..eu odeio ele tanto quanto você, tô mal tanto quanto você e é difícil de acreditar que esse é o cara que chamávamos de pai. - Falo suspirando.

Eu: é difícil pra você, que tem apenas 14 anos, eu sei e...apesar de tudo, de não termos respostas concretas pra nossas perguntas..eu tô aqui, eu sei que sou chato, mandão e que vivo brigando com você. - Falo ouvindo ele soltar uma risada fraca.

Eu: mas é porque nessa idade, eu não tinha quem brigar comigo, eu não sabia o que era certo e o que era errado, tive que aprender sozinho e eu me preocupo com você, não quero que cometa os mesmo erros que eu. - Falo olhando-o.

Felipe: por que tá me falando isso Joaquim? - Pergunta me olhando.

Eu: é difícil crescer, ter responsabilidades, e é bom ter alguém que você possa contar, e eu quero que você saiba que eu tô aqui, pro que você precisar, se quiser conversar, desabafar..chorar, pode me procurar que eu vou estar aqui. - Falo e ele assente.

Amor Adolescente. 3° Temporada. (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora