Narração por DG
Acordei com o cabelo da Heloísa jogado no meu rosto, levantei, tomei um banho e sai no sapatinho pra tia dela não me ver. Fui pra casa, fiz uma higiene básica, troquei de roupa e fui pra boca. O LC já estava lá, com uma cara nada boa e o TH também, já mandei na lata:
DG: Se for problema já desenrola logo, tô sem paciência hoje!
LC: To achando que os alemão estão planejando ataque!
TH: Vai dar uma conferida na salinha irmão! - falou.
Parti pra salinha de jogos, lá é a salinha onde digamos que a gente brinca com os inimigos ou com quem vacila. É meu lugar favorito na favela! Entrei e dei de cara com uma mina, loira, alta, gostosa pra caralho, e muito bonita, quando me viu ela se desesperou, estava com as mãos amarradas apenas e sentada na cadeira, logo ela se levantou e foi dizendo:
Xxxx: Pelo amor de Deus DG, não faz nada comigo, eu posso explicar tudo, eu conto tudo que eu sei, eu juro eu conto, mas eles vão matar minha família, não posso correr o risco de perder minha mãezinha e meu irmão, eles são tudo que eu tenho! - suplicou e se ajoelhou chorando!
DG: Levanta e senta! - disse grosso
LC: FJ foi levar a Fiel dele no shopping e quando estava voltando viu o Fernandinho do Alemão sair do carro, ele se entocou pra observar, ele deixou essa piranha a 10 quadras do morro com 4 malas, beijou ela e ela foi andando. Ele como bom cria da Maré e treinado, seguiu a menina até a segunda quadra e quando viu que o alemão foi embora, parou ela e ofereceu ajuda, ela aceitou e ele sondou, ela inventou uma história dizendo que estava vindo de São Paulo e que não conseguiu lugar pra ficar, foi em alguns morros vizinhos mas ninguém poderia deixar ela ficar pelo valor que ela tinha e então ela decidiu tentar aqui! - despejou! - Ele disse que ajudaria ela, trouxe ela pra salinha, deu um esculacho nela, chamou a gente e contou!
DG: Então tú é cria do alemão loirinha? - falei irônico. - Qual teu nome?
Xxxx: Jéssica! - ela disse num sussurro.
DG: Fala mais alto Caralho!
Jéssica: Jéssica, eu e chamo Jéssica! - falou chorando.
DG: Coé Jéssica, tu disse que ia contar tudo, tudo o que exatamente? Que tú veio escoltada de alemão pro meu morro pra pagar de x9, é isso? - falei bruto.
Jéssica: Eu não tô aqui porque eu quero DG!
DG: Tú acha mesmo que vou acreditar nessa história triste sua? - ri irônico. - Tá achando que sou otário ou nasci ontem?
Jéssica: DG, pelo amor de Deus, deixa eu explicar.
DG: Explicar o que CARALHO! Vai, começa a falar e reza pra eu não me invocar a estourar seus miolos aqui mesmo, vai fala PORRA! - gritei.
Jéssica: Eu vim de São Paulo passar uns dias com a minha mãe no Vidigal e levar meu irmão mais novo embora, tenho 2 irmãos um deles tem problema de audição, o mais novo. Eu fui pra São Paulo com 12 anos morar com meu Pai, me formei em Letras de Libras e comecei a dar aula para surdos e mudos, quando cheguei no Rio, meu irmão mais velho tinha sido assassinado pelo Jhonatan dono do Vidigal pois estava passando informações do Morro pro WL o dono do Alemão, eles pagavam bem e como o JT não deixava meu irmão trabalhar na boca a pedido da minha mãe, ele foi pro inimigo. O JT descobriu e matou meu irmão.
DG: Tu é irmã daquele x9? - perguntei. - LC solta as mãos dela e você - apontei pra ela - Continua...
Jéssica: Sou! - disse cabisbaixa. - Então quando cheguei no Rio o JT havia dado 1 semana pra minha mãe sair do morro, então eu me desesperei, eu tinha meu trabalho em SP, não podia simplesmente abandonar tudo e minha mãe não quer ir embora do Rio. Fui até o Alemão atrás do cara que usou meu irmão, quando cheguei la o Fernando me recebeu na sala dele, eu contei quem eu era e disse do que precisava. Ele disse que por ele tudo bem, mas que teria que falar com o WL pra ver se ele liberava, no fim o WL concordou e arrumou um barraco pra minha mãe ficar, eu relutei muito por conta do barraco ser apertado e meu irmão ter necessidades especiais, fui até o Fernando na boca pra conversar e ele foi bruto, e ele... ele, abusou de mim! - pausa e choro. - disse pra eu me contentar que pelo serviço do meu irmão o que a gente merecia era o mesmo fim dele, mas que eles precisavam de mim e que eu faria o mesmo serviço do que ele, só que aqui, ou então eu poderia dar Adeus a minha mãe e meu irmão. Eu fui proibida de sair do morro também! Eu entrei em pânico, eu perdi meu Pai, meu irmão, e agora minha mãe e meu irmão? Não, eu não podia! Eu vim, forçada, essas roupas de Prostituta não são minhas, a amante do WL quem comprou todas e eles me obrigaram a sair desta forma, porque era pra eu seduzir um de vocês 3, e arrancar tudo que eu sei, o ponto fraco de cada um, eles planejaram uma invasão pra essa semana, e eu passaria o nome e foto da mulher de cada um ou mãe, irmão, alguém que seja importante pra vocês! - Dei um soco na mesa.
DG: E porque eu deveria acredita em tu loira? - perguntei com a mão no queixo.
Jéssica: Faço qualquer coisa pra provar, o que tu quiser! - ela fala limpando as lágrimas.
DG: Qualquer coisa né? Tá beleza. - ela assentiu. - TH, leva a loirinha lá pra casa, mostra o barraco pra ela, coloca ela no quarto de hóspede, ela agora é minha convidada. - ele assentiu. - Passa o celular ai loira. - ela arregalou os olhos. - Que foi, ta surda? Anda... - ela entregou.
Arranquei o chip de dentro, exclui o Whatsapp, apaguei todas as chamadas e todos os contatos do celular, devolvi pra ela.
DG: Mais tarde meu vapor vai entregar um chip novo pra tu, sem preocupação vai ser pós pago. Pode ir TH, daqui a pouco colo lá. - ele assentiu, ela levantou e tentou agradecer, mas virei as costas e sai. Depois que eles saíram, ela entrou no carro do TH e foram, ja avisei ao LC:
DG: Não sai do morro sem permissão, vapor 24h hoje na cola dela.
LC: Já tinha avisado ao G2, ele vai ficar na cola. - assenti.
DG: Porra, era só o que faltava, alemão querendo armar pra nós, VAI SE FODER, CARALHO!!!!! - chutei a cadeira que ficava do lado de fora.
LC: Era de se esperar irmão, tu sabe que ali nós não pode confiar, eles trama mesmo, sem aviso, é cobra fiel, cobra em cima de cobra, não da pra fechar o olho! - assenti puto.
DG: Dixava a paranga, quero mesclado, pra ontem! - ele assentiu.
Me passou o baseado, logo fiz 3 carreiras, enrolei uma nota de Cem e pápum, subiu pra mente, copo de Whisky? Já foi a garrafa!
LC: Tá bom já né irmão, bora pra casa! - assenti.
Cheguei lá, aquela puta estava no sofá deitada só de baby dol, Porra, vai ser foda ter essa piranha aqui, me controlar pra não fazer merda e magoar a Heloísa. Foda-se, eu e a Heloísa não temos nada sério mesmo. Dou um tapa na bunda dela e ela se assusta, levanta e fica em minha frente, ela percebe meus olhar e se afasta.
DG: Vem aqui loira, não foi pra isso que tu veio pro meu morro? - ela assentiu assustada.
Jéssica: DG, eu, eu, é, por favor não faz nada comigo! - ela gaguejou.
DG: Vou fazer não loira, nada que tu não queira.
Jéssica: Eu, eu não sei, você pode achar que eu realmente tenho algo com algum deles, eu, não DG, melhor não eu vou subir. - ela disse se virando pra subir as escadas.
Subo as escadas e entro no quarto dela, ela estava saindo do banheiro enrolada na toalha, ela se assustou comigo e deixou a toalha cair, ótima hora!
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Chefe do Crime Perfeito - FINALIZADA
RandomEla? Heloisa Souza, moradora da Maré desde quando nasceu, foi criada por seu Pai junto de sua irmã Tatiane. Sua mãe morreu quando a Tati nasceu, desde então foi criada por seu Pai e sua tia a Fernanda. Aos 20 anos viu sua vida mudar, teve que viaja...