Capítulo 45

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Narração por Heloisa

Eu poderia culpa-lo, mas a quem eu quero enganar, só tem um culpado disso tudo, e é a Jessica.
Não terei meus filhos comigo, essa sensação de impotência é a pior que alguém poderia sentir!
É triste, é pesado, é doloroso, eu sei que vai passar, mas antes de passar vai doer, está doendo e não é pouco, a partir de ontem meu coração foi tirado pela metade, não tem mais, nao existe, tiraram de mim, arrancaram de mim e Eu não fui capaz de segurar eles comigo, que mãe eu sou? Que mãe eu seria pra eles? Se na minha barriga eu não consegui protege-los quem dirá fora dela!

Já estou de alta, com várias recomendações da Dra. Patrícia que foi um amor comigo todos esses dias.
Diogo tem ficado ao meu lado o tempo todo, assim como eu ele também está sentindo, ele chora o tempo todo e isso me agonia porque, eu sei que ele se sente culpado, mas a culpa não foi dele!

Estou esperando ele que foi assinar minha alta para ir pra casa, eu vou passar em consulta com Psicólogo pra ajudar na aceitação, eu entendo mas não tenho cabeça pra isso, porém eu vou né.

DG: Vamos? - apenas assenti e fui saindo do quarto com certa dificuldade pra andar, pois ainda foi um pouco.

Entramos dentro do carro e ele subiu o morro em silêncio. Parou em frente à casa da Tia Nanda e me ajudou a descer, algumas pessoas me olhavam com pena e outras me olhavam com sorriso acolhedor, eu retribui o sorriso e entrei em casa.

Tia Nanda: Seja bem vinda meu amor, fiz strogonoff de Frango pra tu com batata palha e coca cola, você precisa comer, depois sobe pra descansar ok? - eu assenti, não sinto vontade de conversar, parece que se eu abrir a boca minha alma vai doer.

DG: Eu vou indo então! - eu o olhei, eu queria pedir pra ele ficar comigo, mas apenas o olhei e baixei a cabeça. - Você quer que eu fique com você? - perguntou triste e eu apenas assenti com a cabeça.

Tia Nanda: Fica meu filho, eu fiz comida pros 2, você mal tem se alimentado Diogo, vocês precisam ser fortes! - ele assentiu e sentou na mesa em minha frente.

Almoçamos, levantei e coloquei a louça na pia, olhei para o Diogo e ele levantou, criei forças e subi.
Sei que é injusto com ele, mas não sei como agir, tô mal e não quero ficar bem sem meu filhos!

Tomei um banho, vesti algo leve e deitei na cama, ali eu desabei, ali eu chorei e não tinha nada que me fizesse parar de chorar, de me culpar por não ter evitado tudo isso, em meio às lágrimas eu adormeci.

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Acordei e vi que já estava escuro, continuei ali deitada, coberta, sem vontade de nada e de ver ninguém.
Ouvi o barulho da porta e fechei os olhos, não quero falar nem ver ninguém!
Senti uma presença ao meu lado e me mantive de olhoa fechados, era o Diogo eu senti pelo seu cheiro.

DG: Minha princesa, me perdoa por não ter protegido vocês. - ele já chorava. - tá difícil pra mim também e não tô sendo suficiente pra ti, me perdoa morena, me perdoa!

Eu comecei a chorar, fraquinho, triste e ele me abraçou apertado e deitou ao meu lado, eu o abracei de volta, eu precisava disso e novamente dormi.

Chefe do Crime Perfeito - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora