Capítulo 48

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Narração por Heloisa.

Eu estava em um campo, grama verdinha, uma sensação de paz inundando meu corpo e meu coração, eu morri?

- Oi mamãe! - eu virei e ela correu me abraçando e sorrindo sapeca, logo senti um impacto me virei.

- Oi mamãe! - ele sorriu e eu sorri, não estava entendendo mais eu sei que são meus filhos, meu casal.

- Oi meus amores, que felicidade estar aqui. Achei que tinha perdido vocês. - sorri.

- mamãe você precisa ser forte, o papai precisa muito de você!

- é mamãe nos estamos bem, a vovó está cuidando muito bem da gente viu. Tô até gordinho já! - sorriu sapeca e uma lágrima escorreu dos meus olhos, ali estava minha mãe, eu a vi depois de tantos anos, ela estava igualzinha da última vez que eu a vi viva, sem a barriga de grávida da Tati, mas igual, mesmo cabelo e sorriso cativante.

- agora volta mamãe e seja feliz, estamos aqui cuidando de você e ao seu lado todos os dias. A vovó disse que não é sua hora ainda, sua missão ainda não acabou! - eu assenti.

- eu amo muito vocês! - falei.

-nos te amamos mamãe! - falaram juntos. Comecei a escutar uma música e era a voz do Diogo, que voz linda... serena, ele está chorando... eu preciso acordar!

Narração por Diogo

Não acreditei quando vi a Heloísa caída no banheiro com os pulsos totalmente abertos, e mais um vez eu chorei de medo, desespero, chorei de dor, eu não podia perder mais ninguém meu Deus, ela não!

Estamos aqui desde 9:15h da manhã, agora são 19:35h da noite e até agora ela não acordou, só sabemos que ela não corre risco de vida, a Tia Nanda esta lá e eu vou entrar no quarto agora para ver ela e ficar aqui com ela, ela levou 17 pontos em um pulso e 14 no outro.

Sentei ao lado dela na cama, beijei sua bochecha, acariciei seus cabelos, e cantei bem baixinho em seu ouvido.
( música na mídia).

-
Amor, quando o nosso vinho amargar ou perder o sabor.
Quando a maquiagem borrar e as fotos perderem a cor.
Tu ainda vai querer me aquecer quando não me restar nem calor?
E, quando o cigarro apagar, vai ter valido a pena as cinzas e o frescor?
Quando a nossa música tocar, tu ainda vai lembrar do ritmo?
- chorei baixinho mas eu escutei.

Helo: Quando o mundo me machucar, tu ainda vai querer curar minha dor?
Tua voz e tua respiração são meus sons preferidos
Mas, quando eu esquecer de viver, teu olhar ainda vai me lembrar quem eu sou. - ela chorou também e eu continuei.

DG: Ainda vai querer acordar com meu toque e minha voz no ouvido?
Tua vida ainda vai ter sentido se a nossa for tudo o que te sobrou?
Quando chegar o cansaço, meu abraço ainda vai ser teu abrigo
Mas, quando a vida acabar, ainda vai querer ir pro mesmo lugar onde eu vou?
Ainda vai sorrir quando eu for teu único motivo?
Ainda vai ouvir o que eu digo, mesmo quando eu só quiser falar de amor?
Ainda vai tentar me entender quando eu não fizer mais sentido?
E ficar comigo quando tiver visto o pior lado de quem eu sou? - sorri e ela também.

DG: Não faz isso comigo não Morena, se eu te perdesse, eu morreria junto, não vivo sem você!

Helo: Eu tô cansada! - chorou baixinho e eu a abracei.

DG: Por favor, vamos enfrentar isso juntos, volta pra mim, eu prometo fazer de tudo pra ser melhor, pra te fazer sorrir, vamos cuidar dessa dor juntos, eu também sofro e sofro mais ao te ver assim, a carga não tá leve mais eu jamais vou desistir de tudo isso, tudo que somos e que Deus está planejando pra nós. - ela sorriu.

Helo: Eu vi nossos filhos, e minha mãe também. Eles me disseram que você precisaria de mim, que minha missão ainda não acabou e tudo pra Deus é propósito. - eu não acreditei, sorri um sorriso de paz, de felicidade.

DG: Fica bem Amor, por nos! - ela assentiu. - vou chamar o médico.

Chefe do Crime Perfeito - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora