Capítulo 9 - Gatinho irritado

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Dez minutos mais tarde Giuseppe parou a carroça no centro em frente a uma estalagem já um pouco antiga, porém movimentada

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Dez minutos mais tarde Giuseppe parou a carroça no centro em frente a uma estalagem já um pouco antiga, porém movimentada. Desceu da carroça, agradeceu a Giuseppe e seguiu para a estalagem. Ao entrar caminhou até ao balcão e dirigiu-se para o senhor que lá estava:

- Boa tarde, queria saber se têm quartos vagos.

- Tem sorte, ainda temos alguns quartos vagos. É para ficar por quanto tempo? - perguntou o senhor educadamente.

- Não sei, acabei de chegar e ainda não tenho onde ficar. - explicou Fiona.

- Não tem problema, pode ficar pelo tempo que precisar. É emigrante?

- Mais ou menos, acabei de vir de Marselha, vim de Espanha.

- Muito bem, como é que se chama?

- Fiona Rodríguez.

O senhor virou-se de costas e afastou-se, quando regressou entregou-lhe uma chave, a chave do seu quarto.

- Segundo andar, terceira porta à esquerda. - disse.

- Obrigada. - agradeceu Fiona. - Mais uma coisa... Não sabe onde eu posso encontrar um emprego?

O senhor coçou a nuca e pareceu pensar por largos minutos, até dizer:

- Bem, nós temos um bar ligado aqui à estalagem e a nossa última funcionária demitiu-se, se quiser o emprego é seu.

- Claro que quero! Obrigada.

- Mais logo falamos sobre o horário e o ordenado, agora deve precisar de descansar.

Fiona agradeceu mais uma vez e subiu para o quarto. Subiu dois lances de escadas e percorreu o corredor estreito até abrir a porta do seu quarto. O quarto em si era um pouco deprimente, o chão era em soalho sem tapete, as paredes e o teto eram cinzentas e o cheiro a mofo impregnava o ar, ou nunca abriam as janelas do quarto ou então já não era usado há algum tempo. Pousou a mala em cima do colchão e abriu a janela deixando entrar o ar frio exterior. Uma jovem mais nova que Fiona entrou no quarto e deixou os lençóis para a cama, um cobertor e uma almofada e saiu sem dizer nada.

Depois de fazer a cama desfez a mala guardando a roupa no armário, pousou o livro numa pequena escrivaninha perto da janela e a foto dos pais em cima da mesinha de cabeceira. No canto tinha uma tina para banho e dois baldes de água que outra rapariga trouxe pouco tempo depois da primeira ter saido. Encheu a tina, despiu-se e tomou um banho demorado.

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A Rainha CamponesaOnde histórias criam vida. Descubra agora