A revolução do coração já começou.
O medo da morte e o desejo proteger a família valem qualquer risco. Era com este pensamento que Esteban Rodríguez decidiu que a melhor coisa a se fazer naquele momento crítico pelo qual passavam, era fugir...
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A mansão de lorde de Vimioso estava ao rubro com o eminente nascimento do seu filho. Os gritos de lady Beatriz eram ouvidos em toda a casa fazendo todos se arrepiarem com o som estridente.
O quarto da lady estava apinhado de criados a mudar constantemente a água, os panos e a tentar acalmar a condessa que ofegava de forma enlouquecida no esforço de trazer o seu filho ou filha ao mundo, porém o seu esforço já se prolongara por quatro horas.
No corredor, lorde Vimioso estava inquieto caminhando de um lado para o outro com as mãos no cabelo, numa tentativa vã de manter a calma, mas cada grito da esposa o deixava mais agoniado. Desde que Beatriz entrou em trabalho de parto de o conde se encontrava naquele corredor, à espera do momento em que o sofrimento da esposa terminasse e finalmente pudesse ver e pegar no seu filho.
- Mas será que isto nunca mais acaba?! - perguntou Vimioso já agoniado e irritado.
- Tenha paciência meu senhor, os partos não se fazem numa hora, tem que ter paciência e esperar que milady finalmente consiga dar à luz o seu herdeiro, forte e saudável. - disse Ana, uma das damas da condessa.
Bufou irritado e voltou a caminhar em círculos enquanto os gritos de Beatriz continuavam, estridentes e carregados de dores.
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Mais uma hora se passara e nada da criança nascer, desta vez o conde encontrava-se à cabeceira da cama onde a sua esposa se esforçava para ter a criança que dava sinais de não querer vir ao mundo. Sentia os ossos da mão quebrarem tal era a força com que ela os apertava a cada contração que surgia, e cada minuto que passava sem nenhuma alteração no ambiente era o que bastava para o deixar agoniado.
Confessava que amava a esposa, mas também tinha que confessar que lhe era infiel, no final das contas trouxera a sua nova amante para debaixo do mesmo teto que a esposa, só que passando-se por criada. Catherine já lhe confessara o seu desagrado com a atenção que ele dava ao parto da mulher, e disse que enquanto a condessa estivesse a dar à luz eles podiam aproveitar a privacidade e divertirem-se um pouco, mas se havia coisa que mais lhe interessava agora do que estar debaixo dos lençóis com Catherine era o bem estar e a saúde da esposa e do seu filho que estava para nascer.
