Tinha passado um mês desde que chegara ao palácio e a sua situação divergia, tinha feito amizade com os restantes criados, tinha-se tornado "conselheira" da duquesa, recebia olhares tortos da rainha e quanto ao rei... Nem sabia o que dizer ou achar.
Fiona notava que o ambiente entre ela e Louis, embora estando no mesmo local poucas vezes, ficava cada vez mais intenso, o problema é que não sabia o motivo para tal acontecer. Desde o episódio do seu quarto no dia da sua chegada não voltaram a estar sozinhos na mesma divisão, mas tinha que admitir que se sentia frustrada por isso. Só não sabia o porquê.
Tirando isso a sua estadia e trabalho no palácio estavam a correr às mil maravilhas. Algo que Anastácia lhe falara era que regularmente as cortes do rei reuniam-se no palácio para convívio.
- É assim mesmo que funciona Fiona, uma dama de companhia não pode estar condenada apenas ao reconhecimento do cargo pelos outros criados do palácio, também tem que ter esse reconhecimento por parte da corte. Assim, já no próximo encontro eu te apresentarei à corte como minha dama de companhia oficial. - disse Anastácia decidida enquanto Fiona retocava o seu penteado.
- Não compreendo tal necessidade, apenas trato da sua roupa, cabelo e por aí além, não preciso de reconhecimento de outras pessoas, pessoas que mal conheço, para continuar a fazer o que faço. - discurdou Fiona.
- Pois mas é necessário pois não tratas apenas da minha vestimenta e afins mas também me acompanhas para onde eu necessitar ir, além disso uma dama de companhia necessita de um cargo nobiliárquico para poder exercer essa função, podias ficar rotulada como cortesã mas presumo que não o queiras.
- Claro que não! E mais um motivo para não ser apresentada, eu não tenho ascendência nobre pois sou uma mera rapariga do campo e estrangeira, e não tenho intensões de me tornar cortesã.
- Bom, quanto à questão do cargo nobiliárquico, nada que uma conversinha com o rei não resolva. - disse Anastácia recebendo um olhar desconfiado de Fiona.
- Louis. - chamou Anastácia à entrada do escritório do rei. - Posso falar contigo uns instantes?- Claro Ana, entra. - disse Louis prestando atenção aos papéis que tinha em mãos.
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A Rainha Camponesa
Ficção HistóricaA revolução do coração já começou. O medo da morte e o desejo proteger a família valem qualquer risco. Era com este pensamento que Esteban Rodríguez decidiu que a melhor coisa a se fazer naquele momento crítico pelo qual passavam, era fugir...