Capítulo 50 - De esperanças

2.1K 179 36
                                    

Françoise, Janelle e Stephanie observavam a duquesa com expressões preocupadas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Françoise, Janelle e Stephanie observavam a duquesa com expressões preocupadas. Nos últimos dias Fiona não apresentava boa cara, estava pálida como a cal, quase não comia, o pouco que comia vomitava e vivia a desmaiar pelos cantos. Decidiram trazê-la para o jardim de modo a poder apanhar um pouco de sol, março revelara um tempo ameno e bom para um passeio no jardim.

- Devíamos chamar um médico, como não tem comido quase nada pode ter alguma doença. Quem sabe não lhe receita umas vitaminas ou algum medicamento que a ajude a devolver as forças. - sugeriu Françoise.

- Sim, e para começar vai comer mais, aliás, comparado com aquilo que tem vindo a comer não será difícil aumentar a quantidade.

Fiona apenas assentiu em concordância, a sua saúde era o menor dos seus problemas, com tanta tristeza na sua vida uma doença seria o mínimo dos mínimos da sua preocupação.

Quem também não andava bom de saúde era Oliver. De há três dias para cá ele vinha a sofrer de uma tosse compulsiva e seca, apresentava uma dificuldade em respirar que refletia-se numa respiração mais acelerada e superficial. O seu médico já o viera consultar e recomendou que ele não saísse da cama, tendo em conta que a tosse não parava e já era o terceiro dia que estava com febre e esta não dava ares de baixar.

Desde a infância que o duque sofria de problemas respiratórios e não via muitas esperanças numa cura, embora continuasse a ser visto pelo médico a verdade é que via os medicamentos que lhe davam como uma forma de adiar a sua morte, mas não podia dispensá-los, nem queria. A sua mãe estava ao seu lado nestes últimos dias, e uma vez ou outra Fiona também. Aquilo alegrava-o um pouco pois agora conseguia ter uma conversa e convivência mais amenas com a esposa, porém a adversão de Fiona por si não passara e ele notava que ela só era simpática por se vir na obrigação de tal, mas ainda podia detetar um certo ódio no seu olhar, e quanto a isso não a podia censurar.

O médico viera à mansão Bernier para mais uma consulta de rotina ao duque, e a pedido das damas Fiona também foi vista por ele.

O médico examinou-a durante algum tempo, tornava-se aborrecida e irritante a espera, as suas damas estavam com ela e estavam igualmente ansiosas pelo que o médico diria.

- Eu não encontro sinais de uma doença. - disse o médico ao fim de alguns minutos, mas pareceu lembrar-se de algo. - Permita-me observar os seus olhos vossa graça.

Fiona estranhou o pedido mas deixou que ele visse os seus olhos.

- Pálpebras ligeiramente caídas, pupilas pequenas, olhos um pouco fundos, veias salientes. - dizia o médico mais para si mas audivelmente. - Posso fazer-lhe uma pergunta? Isto sem querer ser muito evasivo.

- Claro. - disse Fiona e o médico pigarreou um pouco envergonhado.

- Vossa Graça tem... As suas regras estão em dia?

A Rainha CamponesaOnde histórias criam vida. Descubra agora