A sua mente estava cada vez mais confusa, não sabia o que pensar sobre toda a situação. Ainda naquele corredor, a troca de beijos e afetos continuava, permanecendo o risco eminente de alguém os ver e começar a especular. A última coisa que Fiona queria era alimentar intrigas e falatório.Se alguém a questionasse "Tem algum interesse no rei? Tenciona ter qualquer tipo de envolvimento íntimo com ele?", a estas perguntas Fiona não saberia responder pois ela mesma não sabia a resposta. Temia as reais intensões de Louis e temia que se sentisse magoada por isso, já não sabia o que devia ou não saber.
Completamente agarrados, com o vestido de Fiona parcialmente levantado, nenhum dos dois pensava em mais nada, mas um burburinho próximo fê-los afastarem-se e apressarem-se a recompor as suas vestimentas. Fiona ainda pensou em sair a correr dalí, mas infelizmente já não foi a tempo pois duas damas surgiram à sua frente, e para seu desalento uma delas era a rainha.
As duas mulheres fitavam-os, porém o olhar da rainha variou, um olhar mais cobiçoso para o rei e de nojo e desprezo para Fiona, e esse último certamente a incomodou. Desde que chegou ao palácio teve que lidar com a hostilidade da rainha sem saber o porquê, mas a partir de agora, e com a situação onde se encontravam previa que iria piorar.
Quanto à outra dama, uma marquesa do sul de França, de Montpellier mais concretamente, olhou e sorriu de modo cortês para ambos, sem desdém nem ódio. Madame Collete, assim se chamava a marquesa, fora uma de algumas das nobres que a receberam bem na corte, e gostava dela por isso.
- Lamentamos se interrompemos o vosso passeio ou conversa majestade. - disse Collete com um sorriso simpático.
- Não tem problema excelência. - disse Louis muito cortês.
- Se me permite majestade, gostaria de levar Fiona num pequeno passeio pelos jardins. Se não for impeditivo claro. - pediu a marquesa com a sua voz gentil.
- Claro que não há problema. - respondeu Fiona e Collete sorriu radiante.
- Excelente. Vamos?
Fiona assentiu afirmativamente e assim as duas percorreram o longo e largo corredor até saírem de vista, deixando Louis e Kira sozinhos.
Louis estava prestes a ir embora, até Kira o impedir.
- Eu sem bem o que estavam a fazer e certamente que não era "conversar". - disse em tom acusatório.
Virou-se para a esposa com uma expressão de indiferença no rosto.
- Se me queres trair então fá-lo num local onde estejam a sós, não num corredor onde a qualquer momento pode aparecer alguém e ver-vos aos dois. Já é humilhante toda a gente saber que o meu marido me é infiel enquanto eu estou aqui, em celibato perpétuo, à espera que o meu marido se digne a procurar-me como esposa e amante!
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A Rainha Camponesa
Ficción históricaA revolução do coração já começou. O medo da morte e o desejo proteger a família valem qualquer risco. Era com este pensamento que Esteban Rodríguez decidiu que a melhor coisa a se fazer naquele momento crítico pelo qual passavam, era fugir...