Muitas foram as vezes em que desejou a morte de Oliver em pensamento e agora que isso tinha-se concretizado não se sentia feliz, isto pois não era o género de pessoa que ficava feliz com a morte alheia, ainda para mais se, dadas as circunstâncias, ele era o seu marido. Mesmo que fosse a pior pessoa do mundo era casada com ele, a contragosto mas era.
Passou a noite em claro, por causa da morte do duque e devido à carta que ele lhe deixou, carta esta que dizia:
"Fiona,
Eu sei que a minha morte está breve, e sei que com ela terás finalmente paz na tua vida pois estou ciente do inferno que te fiz passar, e quero que saibas o quanto lamento.
Quero dizer-te que sei o quão apaixonada estás pelo rei, e não quero privar-te de viveres a tua vida junto daquele que realmente amas. Nunca me iludi com a esperança de que me viesses a amar, e de cada vez que via o ódio estampado nos teus olhos sabia que isso nunca iria ocorrer, por isso e por o teu coração já estar ocupado.
Tenho um pedido a fazer-te: caso um dia decidas abandonar Orleans para regressares a Versalhes, o que creio que pode vir a acontecer, quero que deixes o comando do ducado ao meu primo Antoine pois sei que ele fará um bom trabalho a administrá-lo. Caso queiras dar um término definitivo ao nosso casamento tens ao teu dispor os contactos necessários que resolverão a questão rapidamente, assim estarás livre de vez da família Bernier e de tudo o que passaste aqui.
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A Rainha Camponesa
Ficción históricaA revolução do coração já começou. O medo da morte e o desejo proteger a família valem qualquer risco. Era com este pensamento que Esteban Rodríguez decidiu que a melhor coisa a se fazer naquele momento crítico pelo qual passavam, era fugir...