Capítulo 52 - Duquesa viúva

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Louis nunca se considerou uma pessoa impaciente, sabia esperar com calma e cabeça fria mas no momento não era o que parecia

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Louis nunca se considerou uma pessoa impaciente, sabia esperar com calma e cabeça fria mas no momento não era o que parecia. Já não conseguia aguentar mais a espera de uma resposta quanto à anulação do casamento, e ansiava muito que a resposta fosse positiva.

Outra coisa que também já o deixava sem paciência era Chadd a saltitar pelos cantos e a cantar para as paredes a mesma ladainha, "eu vou ser pai, eu vou ser pai!". Estava feliz pelo irmão ir ter um filho, mas ele há já uma maldita semana que andava naquilo! E já tinha as orelhas a doer.

Falou no diabo e ele apareceu, isso e com um sorriso largo no rosto e a mesma cara feliz que tinha ontem, e antes de ontem, e nos restantes dias que tem uma semana. Mas o que lhe chamou à atenção foi a carta que ele tinha em mãos.

- Interessado na cartinha? - disse Chadd e Louis bufou irritado. - Pelo selo é do Vaticano.

Louis praticamente voou até ele a arrancou-lhe a carta das mãos, apressou-se a romper o lacre e a ler o seu conteúdo. Aos poucos um sorriso formou-se no seu rosto à medida que lia.

- Ele aceitou. O papa anulou o casamento. - disse sem esconder o sorriso no rosto. Nem conseguia fazê-lo.

- Então isso significa que a Kira já não é tua esposa?

- Sim.

- Nem rainha da França?

- Sim.

- Nem minha cunhada?

- Sim! - Louis começava a irritar-se com a lerdice de Chadd.

- GLÓRIA A DEUS! ALELUIA!

O rei revirou os olhos com o exagero do irmão, mas de facto até ele queria gritar a plenos pulmões um grande e redondo aleluia, finalmente! Agora faltava que ela fosse julgada pelos crimes de rapto e tortura, mas antes disso teria que reunir provas e redigir argumentos. Mas ela seria condenada, nem que a sua vida dependesse disso.

Dirigiu-se às marmorras de modo a informá-la da resposta do papa, ou melhor, para lhe atirar à cara que já não eram casados. Postou-se em frente à sua cela com uma postura ereta e feições sérias enquanto a observava encolhida num canto.

Ela estava num estado deplorável, mas não era capaz de sentir pena dela depois do que ela fez a Fiona, e dificilmente sentiria antes disso pois ela o género de pessoa nefasta e cruel que numa situação de vulnerabilidade não conseguia arrancar a pena de ninguém.

Assim que ela o viu correu até às grades da cela com uma expressão de alívio no rosto.

- Louis! Vieste soltar-me? - a sua voz estava carregada de esperança, esperança essa que ele deitaria por terra.

A Rainha CamponesaOnde histórias criam vida. Descubra agora