Olhava aparvalhada para a mulher deitada em cima da cama, envergando apenas uma chémise praticamente transparente, os cabelos ruivos soltos e um olhar interrogativo.
- Louis, quem é esta? - perguntou a ruiva e Fiona não pôde deixar de reparar que ela o tratou pelo nome. Certamente ela tinha muita intimidade com o desgraçado.
- Alguém que está prestes a ir embora. - respondeu Fiona virando-se para sair, sendo impedida pelo corpo de Louis.
- Tu não vais a lado nenhum, ela vai. E eu não te dei confiança nem autorização para me tratares pelo nome! - alvitrou Louis virando-se para a ruiva desconhecida.
- Vá lá, já faz imenso tempo que não estamos juntos, já tenho saudades. - disse a ruiva com voz manhosa.
- Eu deixei bem claro que não te queria voltar a ver, permiti que continuasses a frequentar a corte com a condição de nunca mais te aproximares de mim.
- Porque tanto mau feitio Louis, eu pensei que o que tivemos tivesse sido especial. - disse a ruiva ofendida e Fiona estava prestes a entrar em erupção tamanha era a sua ira.
- Se pensaste então pensaste mal e foi apenas uma noite, agora daqui para fora! - disse Louis e a ruiva pegou num robe de seda que estava aos pés da cama e dirigiu-se à saída, com Fiona logo atrás, porém não foi rápida o suficiente pois mais uma vez Louis barrou-lhe a passagem e trancou a porta.
- Não, tu ficas! - disse Louis olhando para Fiona desafiando-a a contrariá-lo.
- Não, não fico coisíssima nenhuma, abre a porta! - alvitrou Fiona porém Louis permaneceu irredutível. Fiona começava a ficar mais furiosa do que já estava pois a visão daquela mulher na cama de Louis era a prova de que ele ainda mantinha os casos e que não tinha deixado as amantes.
- Dá-me uma oportunidade de me explicar. De te fazer ver que isto não é o que pensas. - pediu Louis.
Fiona riu em descrença.
- Não é? Pois temos pena mas não te darei oportunidade para explicares seja o que for. E aquilo que eu penso é exatamente o que está a acontecer, tu ainda manténs os teus casos e mentiste-me descaradamente ainda há pouco pela segunda vez. - cuspiu Fiona com raiva latente.
- Eu não te menti em nada na conversa que tivemos, e que ainda não terminámos. Eu já não tenho uma amante à um mês, aquela mulher que tu viste foi uma mulher com quem eu dormi à já um ano atrás. O que a levou a fazer isto eu não faço ideia, agora eu não te menti, está é a verdade.
- Vindo de ti já não sei o que é verdade e o que é mentira. - disse Fiona com expressão desiludida.
Um suspiro escapou dos lábios de Louis, para si mesmo já admitiu o erro, mas Fiona não mostrava estar com vontade de acreditar em si.
- Muito sinceramente não sei o que fiz para te causar tamanha desconfiança. - assumira uma expressão desolada no rosto, não sabia o que fazer para remediar a situação.
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A Rainha Camponesa
Fiction HistoriqueA revolução do coração já começou. O medo da morte e o desejo proteger a família valem qualquer risco. Era com este pensamento que Esteban Rodríguez decidiu que a melhor coisa a se fazer naquele momento crítico pelo qual passavam, era fugir...