Capítulo 23

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Termino de comer e demoro mais tempo do que o necessário pra voltar pra sala, aquilo lá é um inferno.

........

Depois de mais aulas chatas eu finalmente estou em casa, mas logo penso que minha felicidade não durar muito, porque mais tarte tenho que ir pro ensaio. Droga. Mas até lá eu vou aproveitar.

Continuo comendo meu meu belíssimo almoço e olhando minhas redes sociais quando escuto um barulho de carro estacionando. E esse carro não é daqui. Na boa, eu sou a pessoa mais paranoica do mundo, eu decoro os barulhos muito fácil, sei todos os sons dos carros daqui e da moto do Bruno, acho que tenho problemas.

Ouço vários passos chegando e umas coisas caindo. Vou averiguar, chego na entra da casa e tenho uma belíssima (IRONIA) surpresa.

Xxxx: Mia!!! Como você cresceu - Ah não, essa voz.

Eu: Vovó? O que faz aqui? - Pergunto a senhora da 3° idade baixinha com óculos de grau armação cor dourada roupas estilosas, chamada Abby.

Eu e Ela somos umas das poucas pessoas da família com nome diferente, nenhum pouco brasileiro.

Abby: Não me chame de Vó, eu não sou velha - Fala arrumando os cabelos

Eu: Ah claro a senhora ta na flor da idade - Ironizo

Abby: Eu sei obrigada. - Passa a mão pelo rosto sem perceber a ironia - Sua atrevidinha - Me da um beliscão.

Eu: Aiiiii - Faço bico

Abby: Me de um abraço - Pede e em seguida me esmaga.

Essa família deve ter suros de bipolaridade.

Bruno: Vovó? - Diz o outro vindo do além

Abby: Meu menino - Vai até ele e enche-o de beijos - Como você cresceu - Reviro os olhos.

Ela sempre fala isso, e olha que nos vemos com uma certa frequência quando ela não está viajando.

Abby sempre amou fazer viagens. Quando meu avô, Fred, estava vivo eles sempre iam pra vários lugares - eu até tentava ir mas tinha medo de andar de avião - juntos. Quando perdemos vovô essa foi a forma que ela achou pra lembrar dele e mantê-lo sempre por perto. Ela ama fazer isso e sempre traz lembrancinhas pra gente.

Bruno: Aii vó minhas bochechas - Diz tirando as mãos da nossa avó que até pouco estavam amassando toda a cara do meu irmão

Abby: Eu já disse pra não me chamarem de vó - Repete.

E eu só pra provocar falo:

Eu: Então VOVÓ - Friso a última parte

Bruno: A VOVÓ é toda diferente - Fala me acompanhando na brincadeira

Ela se irrita e puxa nossas orelhas de uma vez só.

E aparece quem tava faltando

Lívia: O que ta acontecendo? - Diz chegando ao lado do meu pai que estava carregando as malas, provavelmente da Abby

Abby: Seus filhos são mal-educados.

Ricardo: O que eles fizeram? - Pergunta deixando a bagagem no chão

Abby: Me chamaram de velha

Ricardo: Pelo menos não são mentirosos - Dá de ombros

Vejo minha mãe segurar o riso, vovó vai até meu pai e puxa sua orelha.

Abby: Meu genrinho já que está tão prestativo poderia levar minhas coisas até o quarto - Diz e sai puxando ele.

Todos começamos a rir. E o Bruno sai

O Garoto do CaféOnde histórias criam vida. Descubra agora