Capítulo 14

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Volto pra casa e encontro todo mundo almoçando.

Lívia: Onde você foi – Pergunta minha mãe visivelmente irritada por eu não ter comparecido à mesa antes.

Eu: Fui levar a Lexi no Pet shop. – Respondo já me sentando a mesa.

Lívia: Dá próxima vez leve outra hora, que eu não sou filha do Satanás pra fazer comida e vê ela esfriar porque uma certa pessoa não chega na hora certa. – Exclama minha mãe.

Eu: Viu mãe – Respondo com tedio.

Meu pai e meu irmão seguravam o riso, e eu só de olhar pra eles fico na mesma situação.

Eu tenho um certo problema; quando alguém ri, eu começo a rir também. Principalmente quando a risada é bem contagiante. Minha mãe olha pra gente e fala:

Lívia: Tão rindo do que? Tem uma palhaça aqui é? – Coloca as mãos na cintura.

Meu pai que até agora estava calado, se pronuncia.

Ricardo: Nada – Diz pondo a mão na boca pra segurar – ou tentar – o riso.

Lívia: Quem nada é peixe, fale logo do que tu ta rindo?

O próximo a se pronunciar é meu irmão que até agora, estava quieto.

Bruno: Jura mãe? – Zomba meu irmão.

Lívia: Vão se ferrar os dois, mas comam antes que eu não fiz comida atoa – Diz já pegando o garfo e comendo.

Acabei primeiro pois não estava com muita fome, e fui pro meu quarto, fiquei conversando coma a Julia - que eu já conhecia – e com a Bia por mensagem até umas 15:00, até que recebo uma mensagem da Luísa avisando que já estão chegando. Vou até o quarto do Bruno, bato na porta e vejo ele só de tolha com umas gostas de agua caindo no seu abdômen trincadíssimo.

Eu: Que isso meu – Pergunto analisando de cima a baixo.

Bruno: Tire o olho que já tem dona, e fale logo o que você quer? – Pergunta dando espaço pra mim entrar e indo até o guarda roupa.

Eu: A Luísa mandou mensagem e disse que já estão chegando. - Digo sentando na sua cama.

Bruno: Mas é o voo da Luísa ou o da Tia Emma? – Pergunta deixando uma muda de roupa sobre a cama.

Eu: O da Luísa mesmo, o da tia Emma é só depois, e quem vai buscar eles a mamãe – Respondo dando uma “olhadinha” nas roupas que ele pegou. – Meu filho, você só tem cueca preta é? – Estico uma cueca pra demonstrar.

Bruno: As cuecas são minhas né? Então eu uso o que eu quiser – Responde com escárnio – E cai fora daqui que eu quero me vestir.

Eu: Oxe, se vista. Eu to empatando por acaso? – Respondo no mesmo tom.

Bruno: Mia. – Adverte – me.

Eu: Ta bom seu chato.

Saio porta a fora em direção ao meu quarto onde providencio meu banho e em seguida, o tomo.

Procuro uma roupa simples (Multimídia) e a visto. Em seguida vou em direção a sala esperar a boa vontade do meu irmão de adiantar. Uns minutos depois ele desce e vamos em direção á garagem, mas no meio do percurso recebo outra mensagem da Luísa avisando que chegaram.

Bruno: MÃE VAMOS BUSCAR A LUÍSA – Grita meu irmão abrindo a porta do carro.

Saimos sem esperar por resposta. Uns 100 anos depois chegamos no aeroporto (porque minha gente, esse negócio é no fim do mundo) e ficamos procurando a Luísa até que ouvimos um berro.

Luísa: QUE DEMORA FOI ESSA, EU TO AQUI FAZ 1000 ANOS E VOCÊS NÃO TIVERAM A CONSIDERAÇÃO DE VIR LOGO, ENQUANTO EU FRITAVA NESSE CALOR NÉ? – Pergunta minha prima em mais uns dos seus chiques.

Quando olhamos em direção a voz, vimos a Luísa com 3 malas (típico), o Edu que provavelmente ta carregando mais malas da Luísa que dele. A Julia com 3 malas também, o Vitor com apenas 2 malas, e o uma garota que eu não conheço, provavelmente é a namorada do meu irmão; Ela é bem alta, eu diria que tem 1,75 ou mais sei lá, tem um corpo bem definido e é morena com os cabelos na altura dos seios, é bem branquinha e os olhos são castanhos.

Assim que á vê, meu irmão vai correndo em direção a ela. Primeiro ele á abraça e gira ela no ar, em seguida dá um beijo daqueles de cinema. Eu vou pra perto deles, cumprimentado todos com abraços. Quando chegou a vez da garota que eu não conheço eu fiquei tímida – Não me julguem – cheguei perto dela de mansinho e puxei uma conversa.

Eu: Oi eu sou Mia – Falei acenando com a mão.

Mas ela me puxou pra um abraço e disse.

Samantha: Eu sou Samantha, namorada do seu irmão que por sinal falou muito de você – Diz se desfazendo do abraço mexendo no meu cabelo.

Eu: Espero que bem - Digo olhando de reenlace para o meu irmão que poe a mão na cabeça num gesto nervoso que ele usa frequentemente.

Samantha: Sim muito bem – Diz mexendo no cabelo do meu irmão também.

Meu irmão parece incomodado com isso.

Bruno: Sam, eu não disse que não gosto que você fique mexendo no cabelo de todo mundo. Só no meu – Diz meu irmão ciumento.

Samantha: Não ligue pra ele querida, aposto que você também sofre com esse ciumento.

Eu: Eu que o diga – sussurro pra mim mesma me afundando em pensamentos.

Luísa: Mas afinal vocês vão ficar de papo furado? Eu quero ir embora? – Diz fazendo bico.

Eu: Oxe, ninguém ta segurando suas pernas. – Digo e todos caem na gargalhada.

Ela me mostra seu dedo do meio e diz:

Luísa: Tinha esquecido de como você é chata. – Diz pondo a mão na cintura, um gesto típico Luísa.

Sim. Essa família é cheia de manias.
Vitor: Sério gente, eu preciso de um banho, vamo logo puifa (porfavor). – Diz se abanando.

Júlia: Subiu fogo foi? – Diz zoando o namorado.

Vitor: Mais tarde eu lhe mostro o fogo – Diz semicerrando os olhos.

Eu: Deixem pra depois, que horror, ninguém precisa ver isso.

Luísa: Falou a virgem. – Brinca minha prima.

Eu: Eu sou de Áries. – Devolvo a piadinha

Edu: Já toma essa – Diz gargalhando da cara da namorada.

Luísa: Xiu você, e vamos logo – Diz pegando sua mala.

Fomos em direção ao carro, a Luísa e as meninas foram me atualizando das novidades durante o caminho pra casa. O meu irmão deixou a Julia e o Vitor em suas respectivas casas e logo depois foi a vez do Edu. A Luísa – que ia ficar na casa do namorado mas o apê do Edu não estava mobiliado ainda – ficou lá em casa, até que os pais chegassem – o que aconteceria no dia seguinte – juntamente com a Sam que ia dormir lá.

Assim que chegamos levamos as malas da Luísa para o quarto de hóspedes, e depois fui tomar banho e vesti uma roupa confortável; uma blusa de seda e uma calça pijama, logo em seguida a Luísa e a Sam bateram na minha porta, me chamando pra assistir um filme.


Eu estava na cozinha fazendo brigadeiro enquanto as meninas estavam escolhendo um filme que todas gostássemos. Quando terminei o brigadeiro coloquei na geladeira e fiz pipoca - suficiente pra 10 pessoas – e levei pra sala.

Eu: Eai, qual foi o escolhido? – Pergunto sentando no sofá e colocado uma mão CHEIA de pipoca na boca.

Sam: A gente ta em dúvida entre dois. – Põe a mão no queixo e senta no sofá.

Eu: Quais?

Luísa: “Cidades de papel” e “Antes que termine o dia” – Fala mostrando pela Netflix.

Eu: Na dúvida, assistimos os dois – Digo resolvendo a situação. Ou não

Sam: Tá, mais qual assistimos primeiro?

Eu: Aff vocês são muito complicadas – Pego uma moeda atrás de uma das decorações da sala – Se der cara vai ser Cidades de papel, se der coroa vai ser Antes que termine o dia.

Faço o típico movimento de jogar a moeda pro alto, ela cai e eu pego ela jogando nas costas da mão em seguida, faço um típico suspense pra dramatizar a cena e por fim digo;

Eu: Cidades de papel – Digo e a Luísa coloca o filme enquanto a Sam vai na cozinha pegar mais pipoca e eu aproveito pra pegar o brigadeiro junto.

Enquanto pego observo meu irmão encostado no balcão mexendo no celular.

Bruno: O que estão fazendo? – Pergunta sem tirar os olhos do celular.

Sam: Assistindo – responde por mim.

Bruno: O que?
Eu: Um filme – respondo o obvio, que não é tão obvio já que não dá pra assistir só filmes.

Bruno: Qual filme? – Revira os olhos.

Sam: Anjos da noite – Ilude minha cunhada

Bruno: Sério? – Pergunta com os olhos brilhando.

Meu irmão é simplesmente viciado em TODOS os filmes de Anjos da Noite, ele já assistiu todos umas 20 vezes. E o pior é que quando ele assiste um, ele assiste todos. Eu também gosto – apesar de achar muito violento – mas eu já enjoei.

Eu: Não, estamos assistindo Cidades de Papel.

Bruno: Na verdade vocês estão na cozinha agora falando comigo. – Brinca sem humor.

Sam: Jura amor, ninguém percebeu – Ironiza minha cunhada.

Ele dá uma risadinha baixa e diz que vai nos acompanhar no filme – apesar de todas sabermos que ele só vai pela comida.

Chegamos na sala e a Luísa aperta o play e o filme começa.

----------------------O Filme todo depois-------------------

Neste momento estamos fazendo os comentários pós filme, e eu estou emburrada porque não aceito que o Quentin e a Margo não ficaram juntos.

N/A: Desculpem pelo spoieler pra quem nunca assistiu.

Eu: Eu não me conformo – Cruzo os braços na altura dos seios.

Sam: Com o que Mia?

Eu: O final não prestou. – Comento

Luísa: Eu achei muito vago o final.

Sam: Luísa você acha vago todos os filmes de drama, e olha que esse não é tão dramático – Diz revirando os olhos.

Bruno: Eu só quero saber como vocês conseguem assistir um filme tão chato como esse. Pow velho eu dormi metade do filme.

Eu/Luísa/Sam: Cala boca Bruno.

Ele levanta as mãos pro alto em sinal de rendição.

Eu: Sua opinião não conta.

Bruno: Poxa, obrigada pela parte em que me toca maninha – Diz piscando e eu reviro os olhos.

Sam: Eu queria ver o final dos outros personagens - Comenta triste.

Eu: Bora ver o outro? – Sugiro sem ter o que falar.

Ricardo: Nada disso. – Fala enquanto desce as escadas.

Luísa: Porque?
Bruno: Eu mais o velho vamo ver o jogo. – Diz já colocando no jogo.


Meu pai dá um tapinha no ombro do meu irmão.

Ricardo: Eu não sou velho, qualquer um diria que eu sou seu irmão. – Se gaba

Todos começamos a tossir freneticamente.

Eu: Claro pai, o senhor com 42 anos ta na flor da idade – Digo ironicamente.

Ricardo: Bando de traíras, nem parece vieram de mim. – Cruza os braços.

Bruno: Pai menos, bora ver o jogo logo – Diz se sentando no sofá.

Chamo as meninas pra irmos pro quarto e colocamos o filme, depois que acabou ficamos conversando, Sam tava contando como conheceu meu irmão.

Sam: Foi até que bem engraçado; eu tava numa festa de uma amiga minha e o namorado dela era amigo do Bruno, no meio da festa eu comecei a dançar e já estava bem alegre, aí ele veio dançar comigo, eu achava ele bem gato e 99% das garotas solteiras da festa dariam tudo pra estar no meu lugar. – Faz uma pausa pra pentear o cabelo.

Eu: Nossa, ele devia ser bem popular. – Digo surpresa.

Sam: Pois é, ele era bem concorrido. Continuando, aí uma dessas garotas veio e tentou me afastar dele me puxando pra longe dele, ela começou a alisar ele e dizer que ele merecia coisa melhor, nos começamos a discutir e ela me chamou de puta e eu surtei e fui pra cima dela, começamos a brigar e eu tava com vantagem porque ela era muito mole pra brigar, só sabia gritar eu ia dar um soco na cara dela mas seu irmão entrou no meio tentando apartar a briga e quem acabou levando o soco foi ele.

Eu comecei a rir imaginando meu irmão levando um soco da Sam. Aí aí como eu queria ver isso.

Sam: O soco não foi tão forte, mas sem querer, com minhas unhas eu aranhei o queixo dele e começou um sangramento de leve. Nessa hora já tinham levado a perua pra longe dali toda machucada. Eu pedi desculpa e pedi pra ajudar, ele concordou e eu levei ele pra minha casa e fiz o curativo. A partir dali começamos a conversar e viramos amigos. Uns meses depois ele me pediu em namoro e aqui estamos.

Me surpreendi com a historias deles. Mas antes de eu falar alguma coisa a Luísa saiu do banheiro.

Luísa: Eu lembro dessa história, era pra eu ter presenciado essa cena mas a dona da festa não ia com a minha cara.

Eu: Vocês duas juntam não presta – Elas jogam os travesseiros em mim e ali se inicia uma guerra.


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Oiiii. Gente, eu sei que faz uns dias que eu disse que ia postar capítulo. Desculpem, eu odeio fazer desfeitas mas com a volta as aulas eu tenho estado sem tempo, não se preocupem eu vou organizar meu tempo melhor, e até o fim da semana eu vou postar outro capítulo, só não sei quando.

Ahh e eu não esqueci da surpresa que prometi, vocês vão amar. Maaas enquanto isso quero ver as sugestões pra se você adivinham o que é. E digam o estão achando da história.

Não se esqueçam de VOTAR e de COMENTAR muito.

Bjos

O Garoto do CaféOnde histórias criam vida. Descubra agora