Ouço um trilin insuportável repetidamente. Sinceramente acho que vou odiar despertadores pelo resto da minha vida. Mesmo assim levanto e faço minha higiene matinal. Deixo minha cama sem arrumar mesmo pois estou de saco cheio dessa rotina miserável. Escola. Casa. Ensaio. Escola. Casa. Ensaio. Quero alguma coisa nova nessa droga. Não suporto mais isso, afffffffff.
Pego a primeira roupa que vejo na minha frente, mas penso bem e troco. Está muito indecente para uma segunda-feira, não que eu me importe é claro, mas não pretendo chamar atenção logo de manhã.
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Termino de tomar café e espero pacientemente (só que não) meu querido irmão ter a boa vontade de descer pra irmos pra escola.
Eu: Aquela praga morreu foi? – Pergunto a Maria.
Mas quem responde não é ela, e sim o motivo do meu constante estresse
Bruno: Eu amo seu bom humor de manha Mia. – Reviro os olhos.
Eu: Porque ainda não ta pronto? A gente vai se atrasar e a culpa vai ser inteiramente sua se não nós deixarem entrar.
Bruno: Coisa linda, não sei se percebeu, mas eu não vou pra escola hoje. – Fala me surpreendendo.
Que??
Eu: Que??? E quem vai me levar? Não sei se tu sabe, mas eu sou sedentária demais pra ir a pé.
Bruno: Eu falei com o Miguel – Ah não – Ele vai te levar – Termina me deixando possessa.
Eu: Não. Não e não. Por que você não me leva?? – Pergunto ainda em choque
Bruno: Vou levar a Sam pro aeroporto. Ela vai visitar os pais – Explica ainda sem apaziguar a minha atual situação.
Eu: Paiiiiiiii – Chamo ele que estava sem prestar atenção na minha suplica e lendo seu jornal calmamente com seus óculos de leitura – Me leva por favor – Imploro.
Ricardo: Sem essa Mia. Hoje é meu dia de folga e vou aproveitar, fazendo absolutamente nada. – Retruca ainda sem olhar pra mim.
Eu: Mãeeeeeee – Clamo por ela, que aparentemente vai na onda do meu pai.
Lívia: Esquece. Vou fazer compras com sua avó e logo depois tenho 3 consultas marcadas – Informa me deixando puta da vida.
E é nessas horas que eu queria saber dirigir. Inferno
Bruno: Olha, deixa de cu doce. Pelo menos você não vai a pé. – Diz me repreendendo.
Eu: Vou chamar um Uber. – Digo sacando meu celular da bolsa.
Abby: Meu Deus que menina teimosa. Onde foi que tu aprendeste a ser assim – Fala a minha QUERIDA e intrometida vó.
Eu: Adivinha – Digo erguendo a sobrancelhas numa tentativa falha de avisar que era ela.
Abby: Añ?? – Pergunta sem entender e eu passo a mão na cara de frustração com a lerdeza dela.
Eu: Deixa quieto – Digo entrando no aplicativo do Uber pra chamar um.
Lívia: Minha filha. Deixa de coisa, guarda seu dinheiro e vai logo com o garoto, anda logo, uma vez não mata ninguém. – Diz enquanto me empurra para a porta.
Eu: Mas mãe. – Choramingo.
Lívia: Anda logo. Não deve ser nenhum sacrifício ir com o rapaz. Ele é um bom partido filha. – Fala. E é possível ouvir as risadinhas de dentro de casa.
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O Garoto do Café
Teen FictionDois jovens que se esbarram por um acaso e começam uma grande amizade com direito a segundas intenções. No que isso vai dar? Mia, uma garota carismática, personalidade forte e que causa admiração. Já no ensino médio, super louca ela não abaixa a cab...