Luísa: Ele fez o que?! – Exclama, me fazendo contorcer o rosto em uma careta.
Júlia: Meu bem, estamos perto, não precisa gritar. – Avisa.
E é completamente ignorada por minha prima.
Eu: Você quer que eu repita? – Ergo as sobrancelhas.
Ela bufa.
Luísa: Não minha filha. Eu só questionei novamente pra dar ênfase. Porque parece que você não se deu conta ainda da situação. Mia, é o primeiro encontro de vocês! – Exclama novamente.
Desde que entrei na casa, as meninas me encheram o saco pra que eu dissesse o porquê de o Miguel ter me trazido, e sobre o que estávamos conversando na porta. E como elas descobriram isso? Graças ao sofisticado sistema de segurança do pai da Júlia, e obviamente, as câmeras estão incluídas nisso.
Então elas meio que me OBRIGARAM a contar tudo. E isso graças a curiosidade delas sobre como eu e ele estávamos ultimamente, já que agora que não convivemos na mesma frequência de antes, elas não têm como saber de nada.
Palavras delas, não minhas obviamente.
Logo, eu contei tudo de modo bem resumido, e agora elas estão surtando. Bem mais que eu. E eu nem sei se eu deveria.
Eu: Não é exatamente o primeiro. – Digo, com expressão duvidosa.
Luísa: Ah sem essa! Escola, as férias, e uma vez ou outra se esbarrando nos lugares não conta. Agora é oficial. – Ela sorri maliciosamente. – Mal posso esperar pra saber o que vem pela frente.
Reviro os olhos.
Júlia: Enfim, por que você acha que ele te chamou? – pergunta, mudando o foco.
Dou de ombros.
Eu: Sei lá. Parece ser um encontro casual, não tenho muitos palpites.
A Lu estica as pernas na cama enorme da Júlia.
Luísa: Ele não disse pra onde vocês iam? – indaga.
Balanço a cabeça.
Eu: Ele disse que íamos jantar. Mas não deu muitos detalhes. – Respondo, pensativa.
Agora eu tô começando a ficar nervosa.
Júlia: Ui! Fazendo surpresas. Não sabia desse lado romântico do Miguel. Sortuda você em! – ela solta um sorriso malicioso, que não tem absolutamente nada a ver com o comentário dela.
Rolo os olhos novamente.
Eu vou enlouquecer com essas meninas.
Eu: Ele não é exatamente romântico. Mas sei lá, eu gosto disso. Eu também não sou uma grande fã dessas coisas.
Minha prima volta ao diálogo.
Luísa: Mas será que vai ser em um restaurante mesmo? Daqueles chiques? – questiona sugestiva.
Júlia: Não! Ele chamou ela pra jantar em uma barraquinha de cachorro quente! – diz irônica, rolando os olhos. Rio por sua expressão. – Lógico que vai ser em um restaurante! E se bem sei, o Vitor disse que o Miguel é super viajado e tem um paladar impecável. Mas isso você já deve saber. Recapitulando o que eu disse antes; ele não vai te levar pra um lugar qualquer.
Mordo o lábio.
Ela tem razão.
Eu: Agora que você falou isso, eu não faço a mínima ideia do que vestir! – confesso, e logo me sinto um pouco fútil por estar pensando nisso.
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O Garoto do Café
Ficção AdolescenteDois jovens que se esbarram por um acaso e começam uma grande amizade com direito a segundas intenções. No que isso vai dar? Mia, uma garota carismática, personalidade forte e que causa admiração. Já no ensino médio, super louca ela não abaixa a cab...