Capítulo 62

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Júlia: Aí cacete! – Pragueja.

Solto o móvel e respiro fundo.

Eu: Eduardo! Levanta essa bunda daí e vem ajudar a gente. Você não é feito de vidro, anda logo! – Ordeno, e ele relutante, vem.

Seus passos pesados podem ser ouvidos no corredor.

Edu: Por que eu? quase passando de fase. Chamem o Miguel e o Vitor pra ajudar vocês. – Retruca, e eu quase saio daqui pra dar na cara dele.

Estamos tentando levar uma mesa de madeira que tinha de reserva pra baixo, já que nosso "jantar" não será aqui, e sim no espaço ao lado do lago. O Marco contou que é uma experiência incrível ver a queima de fogos na água (submerso).

Júlia: Acontece que o Miguel foi com o Vitor na cidade comprar algumas coisas que estavam faltando na cozinha, e você é o único disponível. – Explica.

Ele bufa e vem até a gente.

Edu: Ceis são moles viu! – ele tenta erguer a mesa em uma extremidade enquanto eu e a Júlia tentávamos em outra. – Puta merda! Isso aqui é madeira mesmo? Dá não fio.

Eu: Quem é mole agora? – Provoco.

Ele revira os olhos e volta a postura normal.

Edu: Como vocês planejavam levar isso aqui lá pra baixo? – Aponta pra porta e as escadas.

É muito obvio saber que a gente não se moveu nem meio metro com essa mesa dos infernos. E não dá pra ir arrastando por causa do piso, que também e de madeira. E a última coisa que queremos é deixar prejuízos a família do Vitor. E de qualquer jeito, não conseguiríamos descer nenhum degrau com isso.

Júlia: Lascou!

O Edu vai em direção ao quarto.

Edu: Forra um pano no chão e bota as comidas. Ou esperem os outros chegarem, vocês que lutem! – Dito isso, ele deixa o recinto.

Bufo.

Vou matar a Luísa que teve essa ideia idiota. Mais idiota é a gente que faz o que ela diz.

Júlia: E agora? – pergunta.

Eu dou de ombros.

Eu: O jeito é esperar mesmo. – Digo por fim, e me sento no sofá.

Eu mal dormi essa noite. Fiquei até tarde assistindo série e mal vi a hora passar. Me sinto tão cansada. Acho que não vai fazer mal dormir um pouco.

Me espreguiço e me deito confortavelmente no sofá.

...............

Acordo com cafuné na cabeça, alguém mexendo no meu cabelo. Só pela movimentação eu já sei quem é.

Eu: Oi. – Digo, ainda de olhos fechados.

Miguel: Oi princesa – Gemo em protesto com o apelido. – Cansou?

Balanço a cabeça positivamente.

Abro os olhos e o flagro sentado no braço do sofá. Levanto e me espreguiço.

Eu: Que bom que tu chegou. – Bocejo – Preciso de ajuda.

Ele franze o cenho.

Miguel: E eu achando saudade. – Rio, por sua expressão decepcionada.

O levo até o corredor, onde ficou a maldita mesa, e explico faço um breve resumo.

Miguel: Tem certeza que vocês querem levar isso aqui lá pro lago? – Questiona duvidoso.

O Garoto do CaféOnde histórias criam vida. Descubra agora