Capítulo 39

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Os dias tem passado rapidamente, o que é um no mínimo estranho levando em conta a situação atual.

Assim como a mesma rotina de meses atrás. Quando estávamos nos preparando para uma apresentação no colégio, o maldito musical, os dias tem sido completamente iguais. Escola, casa, ensaio. Nada de festa, nada de sair, sem distrações.

Eu particularmente já me encontro completamente entediada e enjoada disso tudo. E não, eu ainda não esqueci do belíssimo show que minha prima fez ao convidar certa pessoa pra ser meu par e acompanhante a exatamente duas semanas atrás;

Show maior foi quando voltamos pra casa. Claro que não medi palavras nem xingamentos pra falar com ela, que ser humano no meu lugar não faria isso? A própria Jéssica teria feito um escândalo mil vezes maior! Nem vou comentar sobre a Luísa.

Por falar na praga, ela conseguiu convencer o Edu a acompanha-la, como era de se esperar, mas isso foi depois de várias brigas e insultos por parte de ambos. O que por sinal me agradou um pouco, me fez rir na monotonia dos ensaios super elaborados e chiques graças as suas péssimas habilidades de dança, e isso também deu nos nervos do nosso coreógrafo.

Ele é uma ótima pessoa, porém muito impaciente com pessoas desastradas, o que soa um grande contraste com sua profissão, até porquê uma coisa que vem incluso nesse pacote é justamente pessoas desastradas.

Nesse momento eu estou no shopping com a Jéssica, a Luísa e a minha mãe. Nós estamos comprando algumas coisas que faltam, paranoia da Jessy principalmente, ela ta muito desesperada e com medo de dar alguma coisa errada, então fez uma lista com tudo o que faltava de decoração, do buffet, roupas e etc. Pra virmos aqui hoje, o que eu acho um exagero essa preocupação toda levando em conta que faltam duas semanas pra cerimônia na igreja.

SIM. Eles já se casaram no civil. Isso foi uns 2 meses antes da Jéssica vir pra cá, e sim ela é muito louca. Já que isso fará com que dê um probleminha a mais, levando em conta que a Igreja, que ela escolheu a mais de 1 ANO, não é exatamente perto do salão da festa. Não é tão longe também, menos de 15 minutos segundo minha prima, mas acho um pouco desnecessário esse deslocamento todo. Ela poderia ter apenas se casado no cívil no mesmo lugar da festa, e daqui a uns anos realizar uma cerimônia, e apenas a cerimônia na igreja. Com apenas uma comemoração mais simples pra os mais íntimos. Ela recusou logo de cara, diz que casamentos dão trabalho demais pra serem organizados duas vezes, sendo pela lei ou religioso. E além do mais ela queria que tivesse a "mágica" do tapete vermelho e de todo o charme que apenas uma igreja pode proporcionar, e olha que ela nem é muito ligada a convenções, na verdade quase ninguém da nossa geração é.

Mas enfim, o casamento é dela então...

Luísa: Ai eu não gostei de nenhum – Diz e cruza os braços com frustração.

Estamos escolhendo os vestidos de madrinha e damas de honra, vulgo; eu, Luísa e Júlia.

Teve um pequeno conflito sobre a terceira dama, o mais aconselhável, segundo minha mãe, é que fosse a Samantha já que ela é mais próxima da família do que a Ju. Porém no momento que minha mãe falou isso a Jéssica se espantou como se tivesse visto um fantasma e cuspiu seu enorme vocabulário de não's.

Depois explicou o motivo; uma briga que elas tiveram na faculdade da época que e a Sam morava na mesma cidade que o Bruno, que por sinal era a mesma cidade da Jéssica, bem antiga. A Sam era caloura e ela e a Jess brigaram por causa de um seminário ou coisa assim. Coisa que eu achei muito ridícula, tanto por parte da minha prima quanto por parte da minha cunhada.

Até hoje elas não superaram isso. Tanto é que a Jessy só a convidou por causa do Bruno.

Enfim.

O Garoto do CaféOnde histórias criam vida. Descubra agora