Capítulo 69

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Luísa: Ah Mia! Eu tô tão animada! – Comenta empolgada, enquanto saímos da sala para o intervalo.

2 semanas de aula, período de adaptação já foi. Agora é só a derrota.

Eu: Se eu fosse você não se empolgava tanto. – Digo, e sento no nosso costumeiro banco na extremidade do refeitório.

Nem vou me arriscar a ir pra essa fila, seria perder todo o meu tempo.

Luísa: Por quê? – pergunta, e abre um salgadinho. Pego alguns pra mim. – Ei!

Ignoro, e prossigo com meu relato.

Eu: Lembra daquela briga entre o outro terceiro ano e alguns meninos da nossa sala? – pergunto. Ela assente. Cerca de 5 dias atrás houve um atrito entre as turmas, por causa de alguma coisa que envolve dois caras e o time oficial da escola, só que essa treta acabou envolvendo mais gente, e até alguns alunos resolveram soltar as asinhas e entrar na briga. O que resultou em várias discussões em corredores, brigas internas em salas de aula e até alguns saíram no soco. Obviamente a diretora ficou furiosa. – Então, ouvi boatos que por causa disso, o comitê de organização resolveu cancelar o baile a pedido da bruxa.

Sua boca se abre em um O, em pura perplexidade.

Luísa: NÃO ACREDITO! – berra, chamando a atenção de algumas pessoas a nossa volta.

Olho para os lados preocupada.

Eu: Fala baixo porra! – Digo. Ela me ignora, se levanta e sai andando a passos firmes em direção a sala da coordenação/direção. Acompanho ela logo atrás. – O que você tá querendo fazer sua louca?!

Luísa: Evitar que isso aconteça! – Fala decidida.

Eu: Mas eu nem sei se é verdade. – Argumento.

Luísa: Bom, eu vou tirar a prova agora. – Então ela sai na frente e eu paro no meu lugar.

Dou de ombros.

Eu tentei.

Volto pro meu lugar, e pego meu celular. Sorrio ao receber uma mensagem da Bia. Faz tanto tempo que a gente não se fala...

Eu já ia respondendo, mas alguém toma o celular da minha mão e venda meus olhos por trás.

Nem preciso pensar muito pra descobrir quem é. Só pelo perfume com cheiro amadeirado...

Eu: Quem será esse ser? – Sorrio e tateio pelos braços fortes que tanto conheço. – Será que é uma pessoa muito insuportável e chata? – brinco.

Ele para em minha frente com uma falsa expressão de ofensa.

Miguel: Pegou pesado Mia. – Fala, e se vira pra sair.

Rio, e vou atrás dele, o abraçando por trás.

Eu: Sem essa, amor. – Rio. – Dramático.

Ele se vira pra mim com um sorriso no rosto.

Miguel: O que você disse? – comprimo os lábios e nego com a cabeça. – Repete – pede, ainda sorrindo. – Vamos Mia!

Rio, e envolto meus braços em seu pescoço.

Eu: Vamos? Pra onde? – Brinco. Ele revira os olhos e eu lhe dou um selinho.

Seus braços rodam minha cintura, enquanto me ergo mais um pouco pra beijá-lo de verdade.

Somos interrompidos por uma voz azeda e irritante atrás de nós.

Vivian: Olha só. Parece que aqui virou cabaré! – comenta, e sua trupe atrás dela soltam risadinhas. – Falta de respeito – balança a cabeça em negação.

O Garoto do CaféOnde histórias criam vida. Descubra agora